Terminais

Um terminal hidroviário é constituído por um atracadouro e uma estrutura de retroporto, com conexão em terra com um ou mais modais de transporte, seja rodoviário, ferroviário ou dutoviário. Funciona como elo entre essas modalidades de transporte, permitindo a realização da transferência das cargas entre embarcações, caminhões, trens e dutos. Apresentando, dessa forma, um sistema de transporte hidroviário interligado às malhas rodoviária e ferroviária.

Os terminais na Hidrovia Tietê-Paraná foram estabelecendo-se desde os anos 70, como elementos integrantes de rotas multimodais e pertencem tanto a operadores logísticos quanto a empresas embarcadoras de carga. Esses terminais são especializados, variando desde simples monta-cargas para cana-de-açúcar ou calcário, até instalações com tecnologia mais avançada de movimentação de grãos, farelos e óleos vegetais, entre outros, associados aos grandes processadores de matéria-prima.

Barragens e Eclusas

A Hidrovia do Tietê-Paraná aproveita os corpos hidráulicos integrados pelos reservatórios de nove barragens: Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava e Três Irmãos, no rio Tietê; e Ilha Solteira, Jupiá e Porto Primavera, no rio Paraná. Para transpor o desnível dos barramentos citados, são utilizadas um total de dez câmaras de eclusas.

Uma eclusa é uma obra de engenharia hidráulica que permite que barcos subam ou desçam os rios em locais onde há desníveis (barragem, quedas de água ou corredeiras). Eclusas funcionam como degraus ou elevadores para embarcações.

As barragens de Nova Avanhandava e de Três Irmãos possuem duas câmaras de eclusas cada uma, em função da altura a ser vencida. A barragem de Ilha Solteira não possui eclusa, sendo a interligação do seu reservatório com o de Três Irmãos realizada pelo Canal de Pereira Barreto.

Canais Artificiais

Canais artificiais são construídos com o objetivo de articular dois ou mais cursos fluviais e/ou melhorar a curvatura de determinados trechos de rios para que os comboios possam se deslocar com maior facilidade e menor risco de colisão com as margens.

Frota

Pelas rotas de navegação nos rios, reservatórios, eclusas e sob as pontes da via, é possível o tráfego de comboios com diferentes composições. O modelo mais utilizado é o comboio de empurra, formado por um empurrador e um número variável de barcaças, que se adapta bem às características da hidrovia. Na Hidrovia Tietê-Paraná, é comum a operação com os chamados “Comboios Duplo Tietê”, compostos por um empurrador e quatro barcaças.

Nas eclusas, pelas suas dimensões de projeto, e nas pontes próximas a elas, podem passar comboios com um empurrador e duas barcaças. Já nos reservatórios e nas pontes em que já foram ampliados os vãos de navegação e protegidos os pilares laterais, é permitido o tráfego com quatro barcaças. Também já é possível navegar com seis barcaças em trechos de rios e reservatórios mais largos e sem pontes para transposição. O DH tem desenvolvido planejamento para adequar novos trechos da hidrovia ao tráfego de composições maiores, que transportam maior quantidade de carga por viagem, propiciando ganho de eficiência para as frotas das empresas.