Administrado pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP), o setor aeroportuário é formado por 31 aeródromos localizados no Interior do Estado e principais pólos de desenvolvimento. Além de proporcionar agilidade às viagens de turismo e negócios, essa estrutura representa um importante elo entre os setores produtivos e de consumo.
Para que essa conexão continue promovendo o desenvolvimento econômico regional, as ações desencadeadas visam diminuir o custo logístico de insumos e, conseqüentemente, tornar o escoamento de produtos industrializados de alta tecnologia ainda mais eficiente. Operacionalmente, isso se dá por meio de investimentos em infra-estrutura que possibilitem duplicar a participação do modal aeroviário no transporte de cargas.
O DAESP investe na ampliação, modernização das instalações, na reforma de pistas e de terminais de passageiros de seus aeroportos, iniciativas que propiciam a integração do sistema de transportes e estimulam a exportação de pólos produtivos do Interior do Estado.
O sistema hidroviário Tietê-Paraná possui 2.400 quilômetros de vias navegáveis de Piracicaba e Conchas (ambos em São Paulo) até Goiás e Minas Gerais (ao norte) e Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraguai (ao sul). Liga cinco dos maiores estados produtores de soja do País e é considerada a Hidrovia do Mercosul.
Em seu trecho paulista, a Hidrovia Tietê-Paraná possui 800 quilômetros de vias navegáveis, dez reservatórios, dez barragens, 23 pontes, 19 estaleiros e 30 terminais intermodais de cargas. Sua infraestrutura, administrada pelo Departamento Hidroviário – DH transformou o modal em uma alternativa econômica para o transporte de cargas, além de propiciar o reordenamento da matriz de transportes da região centro-oeste do Estado e impulsionar o desenvolvimento regional de cidades como Barra Bonita e Pederneiras.
A área de logística e transporte é uma das prioridades do Governo do Estado de São Paulo, por entender que a mobilidade e acessibilidade levam ao desenvolvimento, encurtam distâncias sociais e tornam o produto nacional mais competitivo. Nesse contexto, a Secretaria dos Transportes conta com o Plano Diretor de Desenvolvimento de Transportes – PDDT, um instrumento de planejamento contínuo que, a partir de um diagnóstico do sistema atual, da identificação dos seus gargalos e pontos críticos estabelece as estratégias institucionais, de investimento e gestão, indicando as ações prioritárias das políticas públicas para o setor.
O objetivo do PDDT é construir um sistema de transportes moderno no longo prazo e que funcione cada vez mais integrado, contribuindo ativamente para o desenvolvimento sustentado da economia e atendendo com eficiência logística a futura demanda de transportes. Com sua implantação haverá melhoria substantiva da qualidade do serviço de transporte de cargas e passageiros no Estado de São Paulo em termos de mobilidade, acessibilidade, fluidez, segurança e economia combustível.
Para obter uma visão precisa das demandas logísticas regionais e setoriais, a Secretaria realizou em junho de 2005 uma pesquisa de Origem-Destino de cargas e usuários em diversas rodovias paulistas. As informações levantadas junto a 48 mil caminhoneiros e 66 mil motoristas de veículos de passeio compõem uma base de dados para a atualização do PDDT 2010/2030, servindo de guia para os futuros investimentos operacionais e de infraestrutura para o setor.
Localizado no litoral Norte do Estado, a 200 km da Capital, o canal de São Sebastião é considerado a terceira melhor região portuária do mundo. Para promover a modernização da capacidade operacional do Porto, com o aumento do comércio exterior e de movimentação de cargas do sistema portuário paulista, o Governo do Estado criou, em agosto de 2007, por meio do decreto Nº 52.102, a Companhia Docas de São Sebastião, vinculada à Secretaria Estadual dos Transportes.
Tem por finalidade administrar e desenvolver sistema logístico e de infraestrutura do Porto de São Sebastião, delegado pela União ao Estado de São Paulo, em convênio firmado em 15 de junho de 2007.
A nova estruturação da Companhia permitirá o aumento da capacidade portuária do Estado, promovendo a competitividade entre os terminais existentes e beneficiando os usuários e a economia estadual. O Porto de São Sebastião movimenta cerca de 500 mil toneladas por ano/ano. A meta da nova administração é dobrar esse volume para um milhão de toneladas, até dezembro de 2008. Entre os principais produtos de exportação estão os veículos e animais vivos. Os itens mais exportados são a barrilha, o sulfato, o malte e cevada.
A abrangência econômica do Porto não se limita ao Estado de São Paulo, com destaque para o Vale do Paraíba, Região de Campinas e Capital. Estende-se ao Estado de Minas Gerais, no Triângulo Mineiro, sul do Estado e Região industrial de Betim; ao litoral brasileiro, na Bacia de Santos, grande fornecedora de gás e petróleo, e Campo de Mexilhões, com jazidas de gás. No exterior, a influência abrange os países do Mercosul, importadores de veículos nacionais, como a Argentina; e países da África, importadores de produtos oriundos do agronegócio, como Angola.
Autorizado pelo artigo 175 da Constituição Federal, o governo do Estado de São Paulo implantou, através da lei nº 9.361, de 5 de julho de 1996, o Programa Estadual de Desestatização. A iniciativa teve a finalidade de reordenar a atuação do Estado, propiciando à iniciativa privada a prestação de serviços públicos e a execução de obras de infraestrutura e reservando à Administração Pública a concentração de esforços em áreas em que sua presença é indispensável, como educação, saúde e segurança pública.
Com base nessa lei, a Secretaria Estadual de Transportes instituiu o Programa de Concessões Rodoviárias como solução para suprir as necessidades de investimentos na infraestrutura de transportes, fundamentais ao desenvolvimento do Estado, bem como ao conforto e à segurança dos usuários.
O Estado de São Paulo conta com um quinto de toda malha rodoviária pavimentada do País o que possibilita que cerca de 90% de sua população esteja a menos de 5 quilômetros de uma rodovia pavimentada. Para que a acessibilidade proporcionada seja eficiente e com garantias de qualidade no atendimento às demandas – deslocamento de pessoas entre cidades e logística de seu sistema produtivo com fluxo seguro e preços competitivos – a Secretaria de Logística e Transportes conta com o apoio do Departamento de Estradas de Rodagem – DER, e a Dersa Desenvolvimento Rodoviário S/A. Juntos, esses órgãos mantêm e operam 18 das 20 melhores rodovias do País, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes – CNT 2007.
O Rodoanel Mário Covas (SP 021) é uma obra fundamental para desafogar o intenso tráfego da região metropolitana, principalmente de caminhões. Dividido em quatro trechos – norte, sul, leste e oeste -, ele redefine a plataforma logística rodoviária de formato radial para anelar, interligando 10 rodovias que chegam à capital do Estado: Fernão Dias, Dutra, Ayrton Senna, Anchieta, Imigrantes, Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhanguera e Bandeirantes. Assim, os caminhões que antes trafegavam pela Marginal Pinheiros, ao passarem pela capital, podem cortar caminho pelo Rodoanel, agilizando entregas e melhorando a fluidez do trânsito.
Trecho Leste
O terceiro trecho do anel viário, o Rodoanel Leste, com 48,8 km de extensão, começou a ser construído em agosto de 2011. Em julho de 2014 foram concluídas as obras entre o Trecho Sul e a saída para a Rodovia Ayrton Senna do Trecho Leste. Em 26 de julho foi entregue a segunda etapa da obra, até a Rodovia Presidente Dutra, finalizando o empreendimento. Foram investidos na obra R$ 4,5 bilhões. A construção desse trecho, de responsabilidade da iniciativa privada, não entra na conta de investimentos do Estado. O Rodoanel Leste está disposto entre os municípios de Mauá e Arujá e dá acesso às rodovias Ayrton Senna (SP-070) e Presidente Dutra (BR-116). Há ainda uma alça de entrada da Rodovia João Afonso de Souza Castellano (SP-066) para o Trecho Leste. As obras do novo trecho geraram 3,5 mil empregos diretos e 14 mil indiretos. Com 43,5 quilômetros de extensão, o trecho integra uma importante ligação entre as principais rodovias que passam pela Região Metropolitana de São Paulo. O trecho recebe, diariamente, cerca de 24 mil veículos. Estima-se que entre 60% e 70% desse fluxo seja de veículos pesados, como caminhões. A importância do novo trecho se reflete não só no desenvolvimento econômico do Estado, mas também no trânsito da Região Metropolitana de São Paulo, que deixou de receber tráfego com origem e destino nos sistemas rodoviários interligados pelo Rodoanel. Em conexão com o Trecho Sul e o Sistema Anchieta-Imigrantes, o Trecho Leste também viabiliza uma ligação mais rápida e eficiente com o Porto de Santos e o Aeroporto Internacional de Guarulhos. O traçado do Trecho Leste corta seis municípios: Ribeirão Pires, Mauá, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba e Arujá. A construção foi viabilizada pelo Programa de Concessões Rodoviárias de São Paulo.
Trecho Norte
Trecho Norte Obra que completa o Rodoanel Mario Covas (SP-021), o trecho Norte, com 44 quilômetros de extensão, é umas das obras mais aguardadas no País, devido a sua grande relevância para o modal rodoviário nacional no transporte de cargas de alto valor agregado que passam por São Paulo. Estima-se que 65 mil veículos circulem diariamente pela rodovia, sendo 30 mil deles, caminhões (60% retirados da marginal Tietê). Nos seus 44 quilômetros, o trecho Norte, passando por São Paulo, Arujá e Guarulhos, liga o trecho Oeste, na confluência com a avenida Raimundo Pereira Magalhães, antiga estrada Campinas/São Paulo (SP-332), com o Leste, na intersecção com a rodovia Presidente Dutra (BR-116). Além disso, possui ligação exclusiva de 3,6 km para o Aeroporto Internacional de Guarulhos. A concorrência internacional para as obras do Rodoanel Norte foi a maior licitação de obra rodoviária do País. O processo licitatório teve 25 concorrentes, com empresas brasileiras, sul-americanas e europeias participando do certame. As construtoras vencedoras ficaram assim distribuídas: Lote 1 – Mendes Junior/IsoluxCorsán; Lote 2 – OAS; Lote 3 – OAS; Lote 4 – Acciona; Lote 5 – Construcap/Copasa; e Lote 6 – Acciona. O trecho Norte é uma rodovia “Classe Zero”, com quatro faixas de rolagem por sentido entre o Rodoanel Oeste e a rodovia Fernão Dias. O segmento entre a Fernão Dias e a via Dutra terá três faixas de rolagem de 3,6 m de largura em cada pista. A rodovia ainda é provida de canteiro central com 11m de largura e terá velocidade de 100 km/h. O traçado apresenta 7 túneis e 111 obras de arte especiais (pontes e viadutos). Na implantação do trecho Norte, estão previstos investimentos de R$ 6,85 bilhões, provenientes de três origens distintas: R$ 2,79 bilhões do Tesouro do Estado de São Paulo R$ 2,01 bilhões do BID, empréstimo contraído pelo Governo Estadual, e R$ 2,05 bilhões do Governo Federal.
Trecho Sul
Com 61,4 quilômetros de extensão, o Trecho Sul começou a operar em abril de 2010. Seu traçado começa na Rodovia Régis Bittencourt (no entroncamento com o Trecho Oeste), interliga as rodovias Anchieta e Imigrantes, e segue até o prolongamento da Av. Papa João XXIII. Recebe em média 103 mil veículos por dia e sua operação está a cargo da concessionária SPMar. Trecho Oeste
O Trecho Oeste foi o primeiro trecho construído do Rodoanel, entrando em operação em outubro de 2002. Tem 32 quilômetros de extensão e liga as rodovias Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Bandeirantes e Anhanguera. Faz ligação com o Trecho Sul. Atualmente, recebe um volume diário médio de 245 mil veículos e é operado e administrado pela concessionária Rodoanel.
Os projetos da Secretaria dos Transportes têm no transporte sustentável – busca pelo equilíbrio social, ambiental e econômico – o centro da política pública setorial. A iniciativa visa gerenciar os impactos sociais e ambientais causados pelo sistema, garantindo qualidade ao transporte de cargas e o acesso das pessoas a oportunidades como trabalho, saúde, educação, comércio e lazer, entre outros. Assim, o Estado prioriza ações que proporcionem menor impacto ambiental, seja na realização de obras ou no gerenciamento operacional do sistema.
Para isso, as frentes de trabalho – operacional e institucional – são discutidas na Comissão Ambiental da Secretaria dos Transportes (CAST). Trata-se de um grupo de trabalho que reúne mensalmente representantes dos órgãos sob responsabilidade da pasta. Além de analisar e priorizar iniciativas que reúnam os princípios do Transporte Sustentável, o CAST é responsável por disseminar a cultura da sustentabilidade perante o corpo técnico da Secretaria. No campo do conhecimento são desenvolvidos periodicamente seminários com consultores e especialistas, estudos de casos de sucesso, debates com técnicos do governo federal e estadual, diagnóstico dos ativos ambientais da Secretaria, reconhecimento das aptidões pertinentes de seus quadros técnicos, pré-definição das políticas e estratégias de transporte sustentável a serem adotadas.
Todo o processo é acompanhado por um planejamento contínuo e em longo prazo: começa com o estabelecimento dos objetivos da política pública de transportes e culmina com a aprovação de uma agenda de ações, a qual envolve investimentos na infraestrutura, medidas de gestão – institucionais, operacionais e de outras naturezas – e definições de políticas para preços. Todo o conjunto é consolidado no PDDT – Plano de Transportes do Estado de São Paulo.