Para quem vive no meio urbano, convivendo com o trânsito, ruídos de motores, buzinas e fumaça emitida pelos escapamentos dos veículos, buscar o contato com a natureza  é uma ótima maneira de relaxar e, literalmente, fugir para um ambiente mais agradável. Embora esses passeios possibilitem um momento importante de descanso, diversão e lazer, também são uma ótima oportunidade para ficarmos atentos aos hábitos que podem contribuir para que os locais que visitamos deixem de ser tão agradáveis.  Confira alguns exemplos de práticas sustentáveis para levar na bagagem quando fizer passeios em ambientes naturais: “Kit piquenique” - Comer e beber com o pé na areia, na grama de um parque ou ao som de uma cachoeira deixa até os alimentos mais gostosos. Mas não faz o menor sentido usar talheres, pratos, copos e canudos* descartáveis para desfrutar desse momento. Monte o kit piquenique para a família e amigos com copos, talheres, potes e pratinhos duráveis. Não é caro montar um kit desses e você pode reaproveitá-lo por muitos passeios. Prepare o lanche em casa com frutas e sanduíches - o que é mais saudável e econômico. Na hora do sorvete, prefira a casquinha comestível e sem pazinha de plástico. Para a água de coco, que tal levar o seu kit com canudo de metal ou outro material reutilizável? DESCARTÁVEIS DE USO ÚNICO: Derivado do petróleo, o plástico passa por um complexo processo industrial até ser transformado nos produtos que consumimos. Embora para alguns usos seja vantajoso por ser um material maleável, durável e leve, para outros usos ele precisa ser repensado e evitado ao máximo - como nos itens de uso único. Materiais com essas características são utilizados por poucos minutos e descartados em seguida, mas demoram muitos anos para se decompor (estima-se que mais de 200 anos!), gerando diversos impactos ao ambiente. “Minha lixeira sustentável”: Especialmente nos locais onde não há lixeiras, como no meio da mata, numa trilha, ou onde elas não estão próximas, leve consigo um saco feito de tecido ou uma ecobag. Você não precisa necessariamente comprar um, pode reaproveitar camisetas que não usa mais costurando as mangas e a parte debaixo e colocando um elástico na gola. Assim, eventuais embalagens, cascas ou até mesmo o lixo jogado em local inadequado que você encontrar pelo caminho podem ser coletados na sua lixeira, que depois pode ser lavada e reutilizada por muitas e muitas vezes.  SACOS E SACOLAS PLÁSTICAS: Embora possam ser reaproveitados para acomodar o lixo, ainda são materiais que rasgam com facilidade, sendo comumente descartados. Estas embalagens podem ser levadas com o vento a grandes distâncias, descartadas de maneira inadequada, impactando especialmente em animais marinhos, que ficam presos, ingerem pedaços e podem ficar asfixiados, com o trato digestivo bloqueado ou até morrer. Estudos indicam também que a degradação dos plásticos pela luz solar libera gases que contribuem para o aquecimento global. Dê férias para o carro: Sempre que possível, procure fazer os trajetos a pé, de bike, patinete, skate ou transporte público. Assim você aproveita o passeio, pode conhecer melhor a cidade, observar detalhes, e ajudar a diminuir a poluição e as emissões de gases de efeito estufa. Deixar o carro na garagem também é uma boa oportunidade de economizar e exercitar carregar consigo apenas o que é essencial. Conheça locais em meio à natureza no Estado de São Paulo para ter momentos de lazer e colocar as dicas em prática. Saiba mais sobre os Parques Urbanos, Unidades de Conservação e outras Áreas Protegidas da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente clicando nos links abaixo. Parques Urbanos da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. Jardim Botânico de São Paulo Zoológico de São Paulo Áreas Protegidas do Instituto Florestal Áreas Protegidas da Fundação Florestal Parque Ecológico do Tietê * A Lei Estadual Nº 17.110/2019, regulamentada pelo Decreto Estadual Nº 64.527/2019, proíbe a comercialização de canudos plásticos no Estado de São Paulo.  A partir de fevereiro deste ano, os estabelecimentos que descumprirem essa norma serão multados. Texto: Rachel Azzari - Coordenadoria de Educação Ambiental/SIMA