29/04/2020

Com o necessário período de isolamento social, surgem diversas oportunidades de repensarmos o nosso modo de vida. Principalmente, os nossos hábitos de consumo e o que é resultante dele - o lixo gerado diariamente. Diariamente, muitas coisas contribuem para gerar resíduos em nossas casas: cascas, sementes e restos de alimentos; embalagens plásticas, de isopor ou de papelão que acomodam preparados de restaurantes ou produtos que adquirimos, dentre outros itens. A percepção da quantidade de lixo que geramos é uma ótima ferramenta de sensibilização para educação ambiental. Isso porque, quando nossa relação com os resíduos é apenas “da porta para fora”, fica mais difícil a nossa compreensão da importância de se colocar em prática atitudes para prolongar a vida útil dos materiais e dos aterros sanitários. Uma informação bem importante que precisamos registrar é: não necessariamente geramos mais resíduos porque estamos em casa. Mas quando estamos em casa temos uma percepção melhor do resíduo que geramos ao longo do dia. Quando estamos em atividade fora de casa, as embalagens de produtos que consumimos, os restos de alimentos das refeições em restaurantes, papéis utilizados para anotações e outros tipos de resíduos são descartados em locais diferentes, por isso acabamos não nos dando conta de todo o lixo que produzimos. Aproveite esse momento de reflexão e confira algumas dicas sobre como reduzir a geração dos resíduos em casa: A redução dos resíduos começa quando consumimos de maneira consciente. Compre apenas o que vai mesmo consumir e o que é realmente necessário. Alimentos ·         Dê preferência para preparar as refeições a partir de ingredientes naturais e frescos – frutas, verduras, legumes. Para reduzir os resíduos, a dica é utilizar todas as partes – talos, folhas e flores, inclusive do que não é tão comum, como as folhas da beterraba, couve-flor e brócolis. ·         Além disso, você encontra receitas especiais que usam até a casca dos alimentos, como suco da casca do abacaxi ou a “carne-louca” feita com cascas de banana! Assim, não sobra nada - ou quase nada - do ingrediente in natura. Embalagens   ·         Na hora de comprar, atente-se para escolher potes, caixas e pacotes maiores dos produtos que você usa com mais frequência – xampu, produtos de limpeza e alimentos industrializados. Geralmente, como o preço também é mais vantajoso,  você diminui a geração de resíduos e ainda economiza.  ·         Dê preferência a produtos que tenham menos embalagens, especialmente as desnecessárias no armazenamento como frutas, legumes e verduras embalados em isopor e filme plástico. Evite-os para diminuir a geração de resíduos e para ajudar os supermercados e os produtores a também se preocuparem com isso!  ·         Escolha produtos com embalagens recicláveis e também recicladas.  Assim você incentiva as empresas que já fazem o processo de reciclagem. Procure informações sobre logística reversa, muitos supermercados já disponibilizam espaços para o descarte de embalagens antes mesmo da saída da loja. Algumas empresas já recolhem suas embalagens de seus produtos e oferecem bônus aos consumidores.   Você tem menor volume para descartar caso priorize reutilizar, reaproveitar e consertar o máximo possível os materiais para prolongar sua vida útil. Alimentos ·         Considere sempre congelar os alimentos. Você evita o desperdício e garante comida para outro momento. ·         Utilize as sobras. Transforme-as em outro tipo de comida, como o bolinho de arroz, pudim de pão, tortas, sopas e vitaminas. Embalagens ·         Algumas embalagens permitem que sejam utilizadas para outras finalidades. Na hora de escolher os produtos, dê preferência às de vidro ou plástico mais resistente e que possuam tampas. Assim, a higienização e usos diversos ficam bem mais fáceis.   Separar os resíduos para reciclar é a principal maneira de reduzir o volume do que é enviado aos aterros sanitários. Alimentos ·         Parece estranho falar em reciclar alimentos, mas se você compostar os restos de alimentos em casa – com a ajuda de um minhocário ou não – você transforma essa matéria-prima em composto orgânico, para adubar as plantas e até uma hortinha. Embalagens ·         Quando não for mais possível reaproveitar, envie as embalagens para coleta seletiva. A maior parte dos materiais que compõem as embalagens: papel, papelão, plástico, isopor, vidro, metal e alumínio é reciclável. Mas não se esqueça de fazer uma higienização simples antes de enviar para a coleta seletiva. (Confira aqui nosso vídeo para saber o que é reciclável ou não.)   Finalmente, os resíduos podem ser enviados para sua disposição final em um aterro sanitário. Alimentos Se você se empenhar nas etapas anteriores, sua lixeira vai ficar praticamente sem nada de restos de alimentos! Embalagens Como a maioria das embalagens é reciclável, o volume de resíduos enviado para os aterros sanitários vai ser muito pequeno! O ideal é que sejam enviados para o aterro apenas os rejeitos, ou seja, os resíduos que não podem ser reaproveitados, e para os quais não há tecnologia disponível para reciclagem economicamente viável e de amplo alcance. Fraldas, absorventes e papel higiênico fazem parte dessa definição.   IMPORTANTE: Atente-se às orientações da Coleta Seletiva em seu município, por causa da pandemia, a coleta seletiva pode estar temporariamente suspensa. A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (ABES), publicou um Guia de Orientação para gestão de resíduos sólidos em situação de Pandemia por Coronavírus ( Covid-19), orientando o descarte adequado dos resíduos pelo paciente quem está em isolamento domiciliar e por quem lhe prestar assistência, caso suspeito ou confirmado de infecção por COVID-19. Os resíduos gerados nessas condições devem ser separados, colocados em sacos de lixo resistentes e descartáveis; fechados com lacre ou nó quando o saco tiver até 2/3 (dois terços) de sua capacidade. Este saco deve ser introduzido em outro saco limpo, resistente e descartável.  Os resíduos em sacos duplos fechados e identificados, podem ser encaminhados normalmente para a coleta de resíduos urbanos  de modo a não causar problemas para o trabalhador da coleta e nem para o meio ambiente. Vale lembrar também que as luvas e máscaras descartáveis não devem estar no material reciclável e sim num saco de lixo comum.  Acesse aqui o Guia na Íntegra. 

Com o necessário período de isolamento social, surgem diversas oportunidades de repensarmos o nosso modo de vida. Principalmente, os nossos hábitos de consumo e o que é resultante dele – o lixo gerado diariamente.

Diariamente, muitas coisas contribuem para gerar resíduos em nossas casas: cascas, sementes e restos de alimentos; embalagens plásticas, de isopor ou de papelão que acomodam preparados de restaurantes ou produtos que adquirimos, dentre outros itens.

A percepção da quantidade de lixo que geramos é uma ótima ferramenta de sensibilização para educação ambiental. Isso porque, quando nossa relação com os resíduos é apenas “da porta para fora”, fica mais difícil a nossa compreensão da importância de se colocar em prática atitudes para prolongar a vida útil dos materiais e dos aterros sanitários.

Uma informação bem importante que precisamos registrar é: não necessariamente geramos mais resíduos porque estamos em casa. Mas quando estamos em casa temos uma percepção melhor do resíduo que geramos ao longo do dia.

Quando estamos em atividade fora de casa, as embalagens de produtos que consumimos, os restos de alimentos das refeições em restaurantes, papéis utilizados para anotações e outros tipos de resíduos são descartados em locais diferentes, por isso acabamos não nos dando conta de todo o lixo que produzimos.

Aproveite esse momento de reflexão e confira algumas dicas sobre como reduzir a geração dos resíduos em casa:

  1. A redução dos resíduos começa quando consumimos de maneira consciente. Compre apenas o que vai mesmo consumir e o que é realmente necessário.
Alimentos ·         Dê preferência para preparar as refeições a partir de ingredientes naturais e frescos – frutas, verduras, legumes. Para reduzir os resíduos, a dica é utilizar todas as partes – talos, folhas e flores, inclusive do que não é tão comum, como as folhas da beterraba, couve-flor e brócolis.

·         Além disso, você encontra receitas especiais que usam até a casca dos alimentos, como suco da casca do abacaxi ou a “carne-louca” feita com cascas de banana!

Assim, não sobra nada – ou quase nada – do ingrediente in natura.

Embalagens

 

·         Na hora de comprar, atente-se para escolher potes, caixas e pacotes maiores dos produtos que você usa com mais frequência – xampu, produtos de limpeza e alimentos industrializados. Geralmente, como o preço também é mais vantajoso,  você diminui a geração de resíduos e ainda economiza.

 ·         Dê preferência a produtos que tenham menos embalagens, especialmente as desnecessárias no armazenamento como frutas, legumes e verduras embalados em isopor e filme plástico. Evite-os para diminuir a geração de resíduos e para ajudar os supermercados e os produtores a também se preocuparem com isso!

 ·         Escolha produtos com embalagens recicláveis e também recicladas.  Assim você incentiva as empresas que já fazem o processo de reciclagem. Procure informações sobre logística reversa, muitos supermercados já disponibilizam espaços para o descarte de embalagens antes mesmo da saída da loja. Algumas empresas já recolhem suas embalagens de seus produtos e oferecem bônus aos consumidores.

 

  1. Você tem menor volume para descartar caso priorize reutilizar, reaproveitar e consertar o máximo possível os materiais para prolongar sua vida útil.
Alimentos ·         Considere sempre congelar os alimentos. Você evita o desperdício e garante comida para outro momento.

·         Utilize as sobras. Transforme-as em outro tipo de comida, como o bolinho de arroz, pudim de pão, tortas, sopas e vitaminas.

Embalagens ·         Algumas embalagens permitem que sejam utilizadas para outras finalidades. Na hora de escolher os produtos, dê preferência às de vidro ou plástico mais resistente e que possuam tampas. Assim, a higienização e usos diversos ficam bem mais fáceis.

 

  1. Separar os resíduos para reciclar é a principal maneira de reduzir o volume do que é enviado aos aterros sanitários.
Alimentos ·         Parece estranho falar em reciclar alimentos, mas se você compostar os restos de alimentos em casa – com a ajuda de um minhocário ou não – você transforma essa matéria-prima em composto orgânico, para adubar as plantas e até uma hortinha.
Embalagens ·         Quando não for mais possível reaproveitar, envie as embalagens para coleta seletiva. A maior parte dos materiais que compõem as embalagens: papel, papelão, plástico, isopor, vidro, metal e alumínio é reciclável. Mas não se esqueça de fazer uma higienização simples antes de enviar para a coleta seletiva.

(Confira aqui nosso vídeo para saber o que é reciclável ou não, e aqui mais dicas sobre coleta seletiva.)

 

  1. Finalmente, os resíduos podem ser enviados para sua disposição final em um aterro sanitário.
Alimentos Se você se empenhar nas etapas anteriores, sua lixeira vai ficar praticamente sem nada de restos de alimentos!
Embalagens Como a maioria das embalagens é reciclável, o volume de resíduos enviado para os aterros sanitários vai ser muito pequeno! O ideal é que sejam enviados para o aterro apenas os rejeitos, ou seja, os resíduos que não podem ser reaproveitados, e para os quais não há tecnologia disponível para reciclagem economicamente viável e de amplo alcance. Fraldas, absorventes e papel higiênico fazem parte dessa definição.

 

IMPORTANTE: Atente-se às orientações da Coleta Seletiva em seu município, por causa da pandemia, a coleta seletiva pode estar temporariamente suspensa.

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (ABES), publicou um Guia de Orientação para gestão de resíduos sólidos em situação de Pandemia por Coronavírus ( Covid-19), orientando o descarte adequado dos resíduos pelo paciente quem está em isolamento domiciliar e por quem lhe prestar assistência, caso suspeito ou confirmado de infecção por COVID-19. 

Os resíduos gerados nessas condições devem ser separados, colocados em sacos de lixo resistentes e descartáveis; fechados com lacre ou nó quando o saco tiver até 2/3 (dois terços) de sua capacidade. Este saco deve ser introduzido em outro saco limpo, resistente e descartável. 
Os resíduos em sacos duplos fechados e identificados, podem ser encaminhados normalmente para a coleta de resíduos urbanos  de modo a não causar problemas para o trabalhador da coleta e nem para o meio ambiente. Vale lembrar também que as luvas e máscaras descartáveis não devem estar no material reciclável e sim num saco de lixo comum.

 

Texto: Rachel Azzari, Coordenadoria de Educação Ambiental
Revisão: Luly Zonta, Assesoria de Comunicação da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente