21/01/2021

Como forma de promover a conscientização da sociedade e unir esforços dos Estados-membro para solucionar problemas globais, a Organização das Nações Unidas estabelece datas ou períodos de tempo - dias, semanas, décadas - para promover desenvolvimento de ações coordenadas em direção a um objetivo comum. Desde que foi estabelecida a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (ou Década do Oceano) em 2017, a Comissão Oceânica Intergovernamental - COI, da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura vem trabalhando no desenvolvimento de seus objetivos e formas de atuação.  A Década também vai estar integrada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, oferecendo mais elementos para que os países atinjam suas prioridades da Agenda 2030. Assim, ações voltadas para implementação de soluções baseadas na ciência para gestão da atividade pesqueira, por exemplo, além de estarem contribuindo para a sustentabilidade e saúde dos oceanos, também ajudará muitos países a alcançarem ODS relacionados à saúde, bem-estar e segurança alimentar de suas populações. Por que é importante uma Década voltada ao oceano? Especialmente no verão nos lembramos do ambiente marinho e de momentos de lazer, recreação e relaxamento que nos proporciona. Mas o oceano é o maior ecossistema de nosso planeta. Além de sustentar uma biodiversidade incrível, oferecendo recursos alimentares, minerais e energéticos, ainda contribui para a estabilização do clima, armazena carbono e produz oxigênio. Mas grande parte do oceano está seriamente degradada por diferentes tipos de poluição, acúmulo de resíduos sólidos e outros impactos associados às atividades humanas. E muitas dessas atividades que impactam o oceano começam na terra. É urgente reduzir a poluição que acontece no meio terrestre para que não atinja o oceano. Por isso as ações devem envolver a todos: indústrias e empresas devem buscar e implantar soluções inovadoras, gestores podem oferecer incentivos para estimular esse processo, e a sociedade deve ter permanente atenção sobre os impactos de suas escolhas de consumo, e que tipo de atividades econômicas estão sendo fortalecidas a partir delas. Além disso, um dos pontos estruturantes da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável é estimular, valorizar e integrar a pesquisa oceânica para aprofundar os conhecimentos sobre o oceano e, principalmente, trabalhar com formuladores de políticas e gestores de recursos para que políticas sejam construídas baseadas na ciência. É por meio da ciência oceânica que será possível investigar os impactos gerados pela poluição marinha e degradação de ambientes marinhos e costeiros, pela perda de espécies marinhas e os impactos da mudança do clima, como a acidificação dos oceanos.  Por isso, a ciência de qualidade precisa ser fortalecida, garantindo melhor conhecimento e compreensão sobre o mar de todos os atores envolvidos para que isso influencie tomadas de decisão em direção ao desenvolvimento sustentável. Quais os objetivos da Década do Oceano? Em um processo participativo entre pesquisadores, formuladores de políticas, gestores e sociedade foram definidos os objetivos da Década do Oceano: facilitar o aprendizado mútuo entre pesquisadores e comunidades de partes interessadas; assegurar uma comunicação consistente entre as partes interessadas; e criar e fortalecer conexões entre cientistas, formuladores de políticas, gestores e usuários dos serviços, de modo que a ciência oceânica possa fornecer grandes benefícios aos ecossistemas marinhos e à sociedade. Fonte: A ciência que precisamos para o oceano que queremos - Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030) Uma das áreas prioritárias fundamentais a serem trabalhadas ao longo da Década o desenvolvimento de capacidades e aceleração da transferência tecnológica, treinamento e educação, alfabetização oceânica. Como forma de envolver escolas, empresas, ONGs, governo, universidades e todos os cidadão no reconhecimento da importância do oceano, o papel do oceano em nossas vidas e como nossos comportamentos e ações têm influência sobre o oceano, a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO desenvolveu um Programa de Cultura Oceânica (em inglês “ocean literacy”). Tanto quem mora em áreas costeiras, quanto quem mora longe da costa, nossos alimentos, nosso clima, nossa história e nossa economia são influenciadas pelo oceano, por isso nosso relacionamento com o oceano deve ser reconhecido como uma cultura. Neste contexto, promover a cultura oceânica é um dos objetivos da UNESCO para a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (a Década dos Oceanos). A cultura oceânica propicia, além do conhecimento, o estímulo à proposição de ações, políticas públicas e inovações que contribuam para a conservação do oceano e garantia da qualidade de vida para as gerações futuras. Em uma parceria entre o Programa Maré de Ciência da Universidade Federal de São Paulo e a Secretaria de Meio Ambiente do Município de Santos, foi elaborada a publicação Cultura Oceânica para todos: um kit de ferramentas, uma tradução para o português do Ocean Literacy for All: a toolkit. Plano Esttratégico de Monitoramento e Avaliação do Lixo no Mar  do Estado de São Paulo (PEMALM)  Embora as atividades em terra sejam indicadas como principais fontes responsáveis pela introdução de resíduos sólidos no oceano, ainda há dificuldade em se identificar a maioria dos itens encontrados nos mares. Assim, o desenvolvimento de um diagnóstico das principais fontes de resíduos que são carreados até o oceano, em uma determinada escala geográfica, é o ponto de partida para a implementação de ações de combate precisas e cientificamente embasadas. Essa ação está prevista no Plano Estratégico de Monitoramento e Avaliação do Lixo no Mar do Estado de São Paulo (PEMALM), desenvolvido em parceria entre o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), a Cátedra da UNESCO para a Sustentabilidade dos Oceanos, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) e Instituto Oceanográfico (IOUSP) da Universidade de São Paulo e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA). Uma das premissas do PEMALM é que tomadores de decisão e atores interessados possam contribuir com o diagnóstico do problema e com o desenvolvimento de soluções para o lixo no mar. Para isso, buscou-se construir um canal participativo e eficaz de comunicação entre ciência e gestão, agregando oportunidades de aprendizado coletivo e mobilização de atores sociais, fomento a parcerias e facilitação de um processo de sistematização de informações a longo prazo. Em especial, o PEMALM pretende identificar indicadores passíveis de contribuir para o entendimento e acompanhamento desse importante problema ambiental, tanto na escala do estado de São Paulo, quanto alimentando bancos de dados internacionais que visem criar uma visão global desse tema. Na SIMA as instituições envolvidas são a Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA), a Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA), a Cetesb e a Fundação Florestal. Acesse aqui o Plano Estratégico de Monitoramento e Avaliação do Lixo no Mar do Estado de São Paulo (PEMALM) Mais informações Site do Plano Estrtégico de Monitoramento e Avaliação do Lixo no Mar do Estado de São Paulo - https://www.pemalm.com/  Canal do Youtube do PEMALM - https://www.youtube.com/channel/UCFU9QVvT15dM-8cx0A4ZDYA  Junte-se à Década do Oceano Registre sua organização como um parceiro da Década em: http://oceandecade.org e promova discussões no Fórum Online de Parceiros no site. --------------- Texto: Rachel Azzari - Coordenadoria de Educação Ambiental/SIMA Fontes consultadas:  A ciência que precisamos para o oceano que queremos - Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030)        Plano Estrategico de Monitoramento e Avaliação do Lixo no Mar do Estado de São Paulo (PEMALM) Unesco Década do Oceano: 10 anos para nunca mais tirarmos os olhos do mar 

Como forma de promover a conscientização da sociedade e unir esforços dos Estados-membro para solucionar problemas globais, a Organização das Nações Unidas estabelece datas ou períodos de tempo – dias, semanas, décadas – para promover desenvolvimento de ações coordenadas em direção a um objetivo comum.

Para o período de 2021 a 2030, a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, estabeleceu esta como a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (ou Década do Oceano), com o apoio da Comissão Oceânica Intergovernamental – COI.

A Década também vai estar integrada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, oferecendo mais elementos para que os países atinjam suas prioridades da Agenda 2030. Assim, ações voltadas para implementação de soluções baseadas na ciência para gestão da atividade pesqueira, por exemplo, além de estarem contribuindo para a sustentabilidade e saúde dos oceanos, também ajudará muitos países a alcançarem ODS relacionados à saúde, bem-estar e segurança alimentar de suas populações.

Por que é importante uma Década voltada ao oceano?

Especialmente no verão nos lembramos do ambiente marinho e de momentos de lazer, recreação e relaxamento que nos proporciona. Mais do que isso, o oceano é o maior ecossistema de nosso planeta. Além de sustentar uma biodiversidade incrível, oferecendo recursos alimentares, minerais e energéticos, ainda contribui para a estabilização do clima, armazena carbono e produz oxigênio.

No entanto, grande parte do oceano está seriamente degradada por diferentes tipos de poluição, acúmulo de resíduos sólidos e outros impactos associados às atividades humanas.

E muitas dessas atividades que impactam o oceano começam na terra. É urgente reduzir a poluição que acontece no meio terrestre para que não atinja o oceano. Por isso as ações devem envolver a todos: indústrias e empresas devem buscar e implantar soluções inovadoras, gestores podem oferecer incentivos para estimular esse processo, e a sociedade deve ter permanente atenção sobre os impactos de suas escolhas de consumo, e que tipo de atividades econômicas estão sendo fortalecidas a partir delas.

Além disso, um dos pontos estruturantes da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável é estimular, valorizar e integrar a pesquisa oceânica para aprofundar os conhecimentos sobre o oceano e, principalmente, trabalhar com formuladores de políticas e gestores de recursos para que políticas sejam construídas baseadas na ciência.

É por meio da ciência oceânica que será possível investigar os impactos gerados pela poluição marinha e degradação de ambientes marinhos e costeiros, pela perda de espécies marinhas e os impactos da mudança do clima, como a acidificação dos oceanos. 

Por isso, a ciência de qualidade precisa ser fortalecida, garantindo melhor conhecimento e compreensão sobre o mar de todos os atores envolvidos para que isso influencie tomadas de decisão em direção ao desenvolvimento sustentável.

Quais os objetivos da Década do Oceano?

Em um processo participativo entre pesquisadores, formuladores de políticas, gestores e sociedade foram definidos os objetivos da Década do Oceano:

  • facilitar o aprendizado mútuo entre pesquisadores e comunidades de partes interessadas;
  • assegurar uma comunicação consistente entre as partes interessadas; e
  • criar e fortalecer conexões entre cientistas, formuladores de políticas, gestores e usuários dos serviços, de modo que a ciência oceânica possa fornecer grandes benefícios aos ecossistemas marinhos e à sociedade.

As áreas prioritárias fundamentais a serem trabalhadas ao longo da Década serão a tecnologia, com o desenvolvimento de capacidades e aceleração da transferência tecnológica; a ciência; e a educação pela disseminação da cultura oceânica (ou também chamada alfabetização oceânica).

Como forma de envolver escolas, empresas, ONGs, governo, universidades e todos os cidadãos no reconhecimento da importância do oceano, o papel dele em nossas vidas e como nossos comportamentos e ações têm influência sobre ele, a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO desenvolveu um Programa de Cultura Oceânica (em inglês “ocean literacy”). Tanto quem mora em áreas costeiras, quanto quem mora longe da costa, nossos alimentos, nosso clima, nossa história e nossa economia são influenciadas pelo oceano, por isso nosso relacionamento com o oceano deve ser reconhecido como uma cultura.

Neste contexto, promover a cultura oceânica é um dos objetivos desta década. A cultura oceânica propicia, além do conhecimento, o estímulo à proposição de ações, políticas públicas e inovações que contribuam para a conservação do oceano e garantia da qualidade de vida para as gerações futuras.

Em uma parceria entre o Programa Maré de Ciência da Universidade Federal de São Paulo e a Secretaria de Meio Ambiente do Município de Santos, foi elaborada a publicação Cultura Oceânica para todos: um kit de ferramentas, uma tradução para o português do Ocean Literacy for All: a toolkit.

Plano Estratégico de Monitoramento e Avaliação do Lixo no Mar  do Estado de São Paulo (PEMALM) 

Embora as atividades em terra sejam indicadas como principais fontes responsáveis pela introdução de resíduos sólidos no oceano, ainda há dificuldade em se identificar a maioria dos itens encontrados nos mares.

Assim, o desenvolvimento de um diagnóstico das principais fontes de resíduos que são carreados até o oceano é o ponto de partida para a implementação de ações de combate precisas e cientificamente embasadas.

Essa ação está prevista no Plano Estratégico de Monitoramento e Avaliação do Lixo no Mar do Estado de São Paulo (PEMALM), desenvolvido em parceria entre o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), a Cátedra da UNESCO para a Sustentabilidade dos Oceanos, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) e Instituto Oceanográfico (IOUSP) da Universidade de São Paulo e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA).

Uma das premissas do PEMALM é que tomadores de decisão e atores interessados possam contribuir com o diagnóstico do problema e com o desenvolvimento de soluções para o lixo no mar. Para isso, buscou-se construir um canal participativo e eficaz de comunicação entre ciência e gestão, agregando oportunidades de aprendizado coletivo e mobilização de atores sociais, fomento a parcerias e facilitação de um processo de sistematização de informações a longo prazo.

Em especial, o PEMALM pretende identificar indicadores passíveis de contribuir para o entendimento e acompanhamento desse importante problema ambiental, tanto na escala do estado de São Paulo, quanto alimentando bancos de dados internacionais que visem criar uma visão global desse tema.

Na SIMA as instituições envolvidas são a Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA), a Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA), a Cetesb e a Fundação Florestal.

Saiba mais:

Acesse aqui o Plano Estratégico de Monitoramento e Avaliação do Lixo no Mar do Estado de São Paulo (PEMALM)

Site do Plano Estratégico de Monitoramento e Avaliação do Lixo no Mar do Estado de São Paulo – https://www.pemalm.com/ 

Canal do Youtube do PEMALM – https://www.youtube.com/channel/UCFU9QVvT15dM-8cx0A4ZDYA 

Junte-se à Década do Oceano

Registre sua organização como um parceiro da Década em: http://oceandecade.org e promova discussões no Fórum Online de Parceiros no site.

 

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Texto: Rachel Azzari – Coordenadoria de Educação Ambiental/SIMA
Revisão: Rita Zanetti – Coordenadoria de Educação Ambiental/SIMA
Maria Fernanda Romanelli – Coordenadoria de Planejamento Ambiental/SIMA

Fontes consultadas: