
16/06/2025
O “Dia Mundial da Tartaruga Marinha”, celebrado em 16 de junho, é uma data dedicada a refletir sobre a conservação desses animais. É comemorado no dia em que nasceu o biólogo americano Dr. Archie Carr, que iniciou as pesquisas sobre os deslocamentos das tartarugas marinhas.
Tartarugas marinhas são répteis pré-históricos, que estão no planeta há pelo menos 120 milhões de anos. Elas passam a vida inteira no mar, exceto quando as fêmeas vão às praias para desovar. Elas são migratórias e atravessam oceanos, de um continente a outro, para se reproduzir, o que elas só fazem depois dos 20 anos de idade. Em média, cada fêmea bota 130 (cento e trinta) ovos, por ano. O curioso é que, de cada mil filhotes, somente uma ou duas tartarugas chegarão à idade adulta, enquanto o restante irá servir de alimento para uma vasta cadeia ecológica.
Existem apenas sete espécies de tartarugas marinhas no mundo. Dessas, cinco espécies podem ser encontradas no Brasil: tartaruga-cabeçuda, tartaruga-de-pente, tartaruga-verde, tartaruga-oliva e tartaruga-de-couro. Elas utilizam o litoral brasileiro para se alimentar e se reproduzir, e por isso podem ser avistadas em algumas praias.
Infelizmente, todas as sete espécies estão ameaçadas de extinção e isso se deve, principalmente, à caça intensiva, que busca pela carapaça, carne e gordura. Mesmo com leis de proteção e a caça sendo controlada, cerca de 40 mil tartarugas são mortas anualmente.
Outra grande ameaça é o lixo. Estima-se que, aproximadamente, 13 milhões de toneladas de plástico são despejados nos oceanos, por ano. No mar, o plástico vira uma armadilha para as tartarugas marinhas, aprisionando-as, o que também acontece com pedaços de redes e outros petrechos de pesca, que se enroscam em seus corpos, podendo levá-las à morte. Além disso, o plástico pode ser confundido com alimento, podendo leva-la à morte.
Todas as espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil continuam ameaçadas de extinção, em níveis variados, nas categorias Vulnerável, Em Perigo ou Criticamente em Perigo. Estão incluídas na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Ambiente. (Fonte: Fundação Projeto TAMAR)
É extremamente importante proteger as tartarugas marinhas para que elas possam se reproduzir e garantir, tanto a continuidade de suas espécies, como as da cadeia alimentar da qual fazem parte. Entre trabalhos notáveis que têm sido feitos, está o Projeto Tamar. A Fundação Projeto Tamar é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos e coexecutora do PAN – Plano Nacional de Ação para a Conservação das Tartarugas Marinhas no Brasil do ICMBio/MMA, sendo responsável por grande parte das ações previstas. O Tamar atua no litoral brasileiro desde a década de 80 com a missão de promover a recuperação das tartarugas marinhas, por meio de ações de pesquisa, conservação e inclusão social.
O Tamar calcula que, a cada ano, cerca de 2 milhões de filhotes nascem nas praias brasileiras monitoradas pelo projeto. Eles também trabalham pela proteção de tartarugas jovens e adultas resgatadas de captura incidental na pesca e com a conscientização de pescadores, turistas e da população residente nas regiões de desova.
Além do trabalho direto com as tartarugas, é possível contribuir com a limpeza das praias, mares e com a correta destinação do lixo, já que parte da poluição marinha também vêm de cidades distantes.
Mas, por que é importante proteger as tartarugas marinhas?
As tartarugas marinhas desempenham um importante papel ecológico nos ambientes onde são encontradas, desde as áreas costeiras, até às regiões abissais ou de grande profundidade oceânica. Elas são fonte de alimento para predadores marinhos e terrestres, inclusive o homem; e, também, são importantes consumidores de organismos marinhos, servindo como substrato para outras espécies. Além disso, são consideradas verdadeiras engenheiras do ecossistema, devido a sua ação sobre os recifes de coral, bancos de grama marinha e substratos arenosos do fundo oceânico. (Fonte: Projeto TAMAR)
As tartarugas marinhas são verdadeiros “termômetros” da qualidade ambiental. Como são animais de “sangue frio”, ou seja, sua temperatura corporal varia conforme a temperatura do ambiente, possuem a fisiologia influenciada pelo meio externo. Essa característica, junto de outras, como colocar vários ninhos numa mesma temporada reprodutiva, fazem com que as tartarugas sejam um organismo perfeito para detectar alterações no ambiente, como, por exemplo, as mudanças climáticas.
O que fazer para ajudar a proteger as tartarugas marinhas?
- Cuidar das praias, jamais jogando lixo no chão ou no mar. Os resíduos devem ser levados para descarte adequado.
- Apagar as luzes nos locais de desovas das tartarugas.
- Deixar os filhotes livres para chegarem ao mar e as fêmeas para desovar.
- Pescar de forma responsável e sustentável, nunca deixando petrechos de pesca jogados no mar e sempre respeitando os períodos de pesca definidos por lei.
Já fez alguma dessas ações?
Compartilhe aqui como fará a CelebrAção desta data!!
Saiba mais:
Conheça o Projeto TAMAR: https://www.tamar.org.br/index.php Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – 14 – Vida na água – Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável Lixo nos mares: o que é esse problema e o que podemos fazer para ajudar a combatê-lo? |
Veja também o que já foi publicado sobre esse assunto no Portal de Educação Ambiental |
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Texto: Denise Scabin – DEA/ SEMIL
Gestão de conteúdo e planejamento: Cibele Aguirre – DEA/ SEMIL
Assista ao vídeo “Um mar de lixo”
https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/prateleira-ambiental/um-mar-de-lixo/
Muito triste ?
Espero que o ser humano pare de ser ganancioso e de vida a terra com outras espécies… Se não ,só haverá humanos e seria tão sem graça viver sem animais…
Vamos mudar!
Olá, Noah! Como vai?
Realmente é muito triste ver a extinção de espécies, como as tartarugas marinhas, provocadas por ações humanas.
Porém, com a educação ambiental chegando a todas as pessoas, com o compartilhamento desse conteúdo e outros conteúdos relacionados com a área ambiental, com amigos, familiares, vizinhos e com o engajamento na proteção do meio ambiente, é possível reverter essa situação.
A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação.
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Olá, João! Como vai?
Que bom que gostou!
Qual foi sua celebração para a data?
A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação!