
14/07/2025
No dia 16 de julho, é comemorado o Dia Mundial da Cobra. Apesar da origem do dia não ser clara, a data é celebrada em todo o mundo como uma oportunidade de se promover uma reflexão sobre a necessidade de conservação das serpentes ao redor do mundo.
Cientificamente, a forma correta de nomear o animal é “serpente”. O termo “cobra” é utilizado apenas para se referir às espécies de najas. Porém, no Brasil, popularmente se fala tanto cobra quanto serpente.
Existem mais de 3 mil espécies de cobras espalhadas pelo mundo, sendo que um quarto delas é venenoso. Só no Brasil são cerca de 400 espécies.
Esses répteis possuem importante função ecológica, principalmente, no controle populacional de roedores, anfíbios e invertebrados por meio da alimentação. Dessa forma, as cobras impedem que a altíssima taxa de reprodução deles transforme-os em pragas, prejudicando o equilíbrio ecológico dos ecossistemas. Por outro lado, as serpentes também servem de alimento para animais como aves, mamíferos e até mesmo outras cobras.
Muitas espécies encontram-se criticamente ameaçadas de extinção, inclusive algumas brasileiras. As causas são o desmatamento e a caça, além do comércio ilegal das espécies.
Por isso, é importante não matar as cobras e preservar o seu habitat. Caso ocorra um acidente e você seja picado por uma serpente, não é necessário levá-la para identificação no hospital. Basta uma fotografia ou vídeo para que o médico identifique o tratamento adequado. Se não for possível fotografar, esteja atento às características do animal, como a cor, formato da cabeça e desenhos no corpo.
Uma curiosidade muito importante e que poucas pessoas sabem é que é feito, com o veneno da jararaca, um dos remédios mais utilizados para tratar a hipertensão arterial, mais conhecida como pressão alta, o captropil.
Algumas cobras típicas do Brasil são: cobra cascavel, coral verdadeira, jararaca-de-alcatrazes, jararaca-ilhoa, jararaca-cruzeira, cobra-verde, falsa coral, jiboia, dentre outras.
Saiba mais:
Cobras brasileiras: tipos genuínos do nosso país. Disponível em: https://www.petz.com.br/blog/animais-silvestres/cobras-brasileiras/
Mas, o que fazer em caso de acidente com serpentes?
Após um acidente ofídico, o paciente deve ser tranquilizado e removido para o hospital ou centro de saúde mais próximo. O local da picada deve ser lavado com água e sabão. Na medida do possível, deve-se evitar que a pessoa ande ou corra, ela deve ficar deitada com o membro picado elevado. Não se deve fazer o uso de torniquetes (garrotes), incisões ou passar substâncias (folhas, pó de café, couro da cobra etc.) no local da picada. Essas medidas interferem negativamente, aumentando a chance de complicações como infecções, necrose e amputação de um membro. O único tratamento eficaz para o envenenamento por serpente é o tratamento com o soro antiofídico, que é específico para cada tipo (gênero) de serpente. Quanto antes for iniciada a terapia com soro, menor será a chance de haver complicações. As escolhas do soro e sua dosagem dependem do diagnóstico médico, que deve levar em consideração as peculiaridades de cada tipo de acidente. Antes de administrar o soro, o profissional de saúde deve avaliar se há manifestações clínicas que indiquem que o indivíduo foi picado por uma serpente peçonhenta. Há muito mais serpentes não-peçonhentas na natureza e, para essas, não há necessidade de tratamento com soro. Deste modo, a soroterapia sempre deve ser indicada por um médico e a aplicação deve ser feita de acordo com a gravidade do envenenamento. Sua administração é por via intravenosa (por meio das veias) e não deve ser feita fora do ambiente hospitalar, pois pode provocar reações alérgicas graves com necessidade de tratamento imediato. Fonte: INSTITUTO BUTANTAN. Primeiros socorros. Disponível em: https://butantan.gov.br/atendimento-medico/primeiro-socorros EM CASO DE ACIDENTE, DIRIJA-SE A UNIDADE DE SAÚDE MAIS PRÓXIMA! Ligue para resgate: Bombeiro: 193 SAMU: 192 Hospital Vital Brazil Informações: (11) 2627-9528 / 9529 / 9530 Orientação telefônica: 24 horas por dia |
Você já viu uma cobra de perto? Em São Paulo, o Instituto Butantã conta com um serpentário, um espaço que permite a observação de serpentes da fauna brasileira em um ambiente semelhante ao habitat natural.
Saiba mais: https://parquedaciencia.butantan.gov.br/programacao/atracoes/serpentario
Conta pra gente como será sua CelebrAÇÃO nesta data!
Veja também o que já foi publicado sobre esse assunto no Portal de Educação Ambiental |
|
Faça parte do Whatsapp do Portal e fique por dentro do que |
Saiba mais:
IPA: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/ipa/
_____________________________________________________
Texto: Sandra Oliveira e Denise Scabin – DEA/ SEMIL
Gestão de conteúdo, planejamento e arte: Cibele Aguirre – DEA/ SEMIL
Referências
FAPESP. Serpentes e indústria farmacêutica. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/serpentes-e-industria-farmaceutica/
INSTITUTO BUTANTAN. Por que é importante estudar os venenos dos animais? Disponível em: https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/por-que-e-importante-estudar-os-venenos-dos-animais#:~:text=Dentre%20os%20f%C3%A1rmacos%20mais%20prescritos,serpente%20jararaca%20(Bothrops%20jararaca).
Muito boa a postagem !
Aqui no Balneário de Itapeva Norte em Torres/RS onde tenho uma residência a qual fica a beira do Parque Estadual de Itapeva em meu pátio costumeiramente me deparo com corais verdadeiras.
Dentro do possível, e quando possível pois elas são muito ligeiras as capturou e devolvoas ao parque.
Procuro estar sempre muito atento pois sou furungador de pátio, vivo furungando em canteiros , no jardim, em meu pequeno pomar.
Por aqui muitas corais, já ouvi comentários de jararacas também, mas ainda não as vi.
Prezado André,
Como vai?
Muito interessante seu relato! Obrigada por compartilhar conosco!
Aproveito a oportunidade para convidá-lo a fazer parte da nossa comunidade no WhatsApp, para que o senhor fique por dentro de todas as novidades do Portal de Educação Ambiental. Acesse e explore: https://chat.whatsapp.com/KGBMPgZ4DHQ5JxPHTkOz9u
A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação,