28/07/2025

A vida na Terra surgiu na água e depende do equilíbrio nos oceanos para se manter. Os oceanos regulam o clima global, são produtores da maior parte do de oxigênio, fornecem recursos alimentares essenciais e sustentam uma vasta economia global. Apesar de sua inegável importância, este sistema vital enfrenta pressões sem precedentes, incluindo poluição por resíduos plásticos e esgotos, pesca predatória, acidificação e aquecimento resultantes das mudanças climáticas, e destruição de habitats costeiros.

Em resposta a esta crise, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), ou simplesmente Década do Oceano.

A Década do Oceano é um chamado a toda a coletividade, e busca mobilizar os governos, a comunidade científica, o setor privado e a sociedade civil para co-criar conhecimento e as soluções inovadoras necessárias para alcançar um oceano saudável, resiliente e sustentável. A pesquisa tem papel fundamental nesse processo, e o foco da década é voltado para “a ciência que precisamos para o oceano que queremos”, enfatizando a importância da aplicação de dados no desenvolvimento de políticas públicas.

10 Desafios, 10 anos, 1 só Oceano

Uma importante estratégia adotada para divulgação da Década do Oceano é trabalhar com o conceito de que, por mais que possam ser adotadas nomenclaturas diferentes ao longo do globo terrestre, o planeta possui um único oceano global. Buscando abordar todos os aspectos para sua proteção e o desenvolvimentos de ações globais e interconectadas, foram propostos 10 desafios:

  • Desafio 1: Compreender e combater as fontes de poluição marinha.
  • Desafio 2: Proteger e restaurar ecossistemas e biodiversidade marinha.
  • Desafio 3: Alimentar de forma sustentável a população mundial.
  • Desafio 4: Desenvolver uma economia dos oceanos sustentável, resiliente e equitativa.
  • Desafio 5: Soluções baseadas no oceano para as alterações climáticas.
  • Desafio 6: Aumentar a resiliência da comunidade aos riscos oceânicos e costeiros.
  • Desafio 7: Expandir de forma sustentável o Sistema Mundial de Observação dos Oceanos.
  • Desafio 8: Criar uma representação digital do oceano.
  • Desafio 9: Competências, conhecimentos, tecnologia e participação para todos.
  • Desafio 10: Restaurar a relação da humanidade com o oceano.

 

Implicações e Ações Propostas para Governos e Sociedade:

A Década do Oceano exige ações colaborativas de governos e sociedade. Dentre outras medidas para atingir as metas propostas, cabe destacar o papel governamental no incentivo às pesquisas e no estabelecimento e/ou expansão de Áreas Marinhas Protegidas.

No Estado de São Paulo, há unidades de conservação no litoral como o Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual da Ilha do Cardoso, dentre outras, que tem uma importante função de preservar a biodiversidade e aproximar a população da preservação com os ambientes costeiros e marinhos. Além destas, o Estado de São Paulo conta com três Áreas de Proteção Ambiental Marinhas que cobrem quase metade do litoral paulista.  As APAs Marinhas objetivam compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos, valorizando comunidades tradicionais, garantindo a sustentabilidade pesqueira e promovendo o uso ecologicamente correto do espaço marinho, como o turismo

A sociedade civil, mesmo vivendo longe do litoral, precisa estar engajada em práticas como reduzir o consumo de plásticos, consumir recursos marinhos obtidos de maneira sustentável, divulgar conhecimentos científicos sobre o oceano e combater as diversas fontes de poluição marinha. Somente com a integração de todos podemos garantir um futuro oceânico sustentável.

 

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Texto: Bio Saber Produções
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