Em 24 de novembro, comemora-se o Dia do Rio. A data foi instituída para conscientizar a população sobre a importância da preservação e proteção desses recursos naturais.

Apesar de mais de 70% da superfície da Terra ser coberta por água, menos de 1% é própria para consumo. Do total de água disponível no planeta, 97% é salgada e está nos mares e oceanos, e apenas 3% são água doce. Dessa pequena porcentagem, cerca de 2% estão nas geleiras, restando menos de 1% nos rios, lagos e águas subterrâneas. Isso faz com que os rios sejam o local mais acessível para se extrair água para consumo. E o Brasil possui a maior disponibilidade de água superficial no mundo, com cerca de 12% do total.

Além de nos proporcionar água para consumo, geração de energia e recursos para transporte, os rios são especialmente de grande importância para a vida de diversos ecossistemas. Ali habitam milhares de espécies da fauna e da flora, desde uma grande diversidade de peixes, até as pequenas plantas aquáticas, os répteis, mamíferos e milhares de invertebrados. Aves e outros animais também se aproveitam de toda essa riqueza, retirando dos rios seus alimentos.

No entanto, os rios estão sendo cada vez mais poluídos, seja pelos despejos químicos de grandes indústrias, contaminação por agrotóxicos, rejeitos tóxicos da mineração ou, até mesmo, pelas populações que moram em seus entornos.

Outro problema que os rios enfrentam é a devastação das matas ciliares, que são as florestas que ficam às margens dos rios e que servem de proteção natural contra erosão. Mesmo protegidas pelo Código Florestal, as matas ciliares ainda são desmatadas e os rios sofrem pela falta de vegetação natural em seu entorno.

Com poucas árvores nas margens dos rios, as plantas deixam de impedir a erosão do solo, extrair a umidade do ar e reabastecer os lençóis freáticos. Tudo isso contribui para a seca, não só na região onde estão os rios, mas, também, em outras áreas. A crise hídrica não é apenas fruto da falta de chuvas e do calor provocados pela instabilidade climática, mas um reflexo da degradação de rios e suas matas ciliares em outras regiões. Assim, para evitar que a crise hídrica seja uma rotina em todas as regiões do Brasil, é necessário não só manter os rios limpos, mas também recuperar as matas ciliares.

Um aspecto importante a considerarmos, é a importância dos rios urbanos, que recebem lixo e esgoto descartados irregularmente. No Estado de São Paulo, o Rio Tietê, por exemplo, percorre várias cidades e se apresenta de diversas maneiras ao longo de seu trajeto, de acordo com o que recebe em suas águas. Isso afeta a qualidade das águas e, também, a qualidade de vida dos cidadãos.

Por isso, proteger os rios é mais do que um ato ambiental, é garantir a sobrevivência dos seres vivos no planeta.

 

O que você faz pela preservação dos rios? Conte pra gente como será sua CelebrAÇÃO nesta data!

 

Saiba mais: 

Série Participe! sobre Segurança Hídrica: 

• • Ep. 1 Participe! Educação Ambiental e Segurança Hídrica (abertura da série).
  • Ep. 2 Participe! ODS 6 – Água Potável e Saneamento
  • Ep. 3 Participe! A água “invisível”
  • Ep. 4 Participe! Segurança Hídrica na Produção de Alimentos
  • Ep. 5 Participe! Governança da Água na Segurança Hídrica e as Universidades na Gestão dos Recursos Hídricos
  • Ep. 6 Participe! Comunicação para Segurança Hídrica

Documentário Entre Rios e conheça a história da cidade de São Paulo sob a perspectiva de seus rios e córregos. 

https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/prateleira-ambiental/entre-rios/ 

Projeto Novo Rio Pinheiros

https://novoriopinheiros.sp.gov.br/

 Cetesb – Relatório Qualidade das Águas Interiores no Estado de São Paulo (2021) 

 

 

 

Veja também o que já foi publicado sobre esse assunto no Portal de Educação Ambiental

Participe! A água “invisível” Prateleira Ambiental – 4º Diálogo Formativo 2022 – Resíduos Sólidos e rios paulistas Politicas de Meio Ambiente – O homem hidrológico

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Texto: Sandra Aparecida de Olveira – CEA/SEMIL
Revisão de Texto: Denise Scabin – CEA/SEMIL
Edição: Rachel Azzari – CEA/SEMIL
Arte: Cibele Aguirre (CEA/SIMA)