Há 30 anos, entre 03 e 14 de junho de 1992, o Rio de Janeiro sediou um dos mais importantes eventos relacionados ao meio ambiente até então, a II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Eco 92 ou Rio-92.

A data marcava 20 anos da primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, na Suécia, em 1972, que foi um importante marco, tanto para o movimento ambiental, como para a promoção de políticas públicas de meio ambiente, no mundo todo. Por isso, a Rio 92 carregava uma grande responsabilidade – analisar os progressos desde a última conferência, e debater novamente as questões ambientais de modo a ampliar seu campo de atuação.

A conferência teve a participação de representantes de 176 países, 1.400 Organizações Não Governamentais (ONG), totalizando mais de 30 mil participantes.

As organizações não governamentais também participaram de forma ativa do encontro e realizaram, de forma paralela, o Fórum Global, que aprovou a Carta da Terra. Esse documento consiste em um termo de responsabilidade dos países ricos na preservação do meio ambiente.

Com repercussão mundial, o evento também se fez ouvir entre os não especialistas e mostrou às pessoas a importância de se debater o meio ambiente.

Nas reuniões da conferência, colocava-se em pauta as diferenças sociais entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Para que os objetivos ambientais fossem alcançados, foi discutida a questão do desenvolvimento sustentável, expressão pouco conhecida até então, que havia sido usada pela primeira vez, em 1987. Foi a partir dessas reflexões, num equilíbrio entre meio ambiente e desenvolvimento, que antigos conflitos diplomáticos foram superados para se chegar a um acordo.

Ao fim da Conferência, foram assinados os mais importantes acordos ambientais globais até então: as Convenções do Clima e da Biodiversidade, a Agenda 21, a Declaração do Rio para Meio Ambiente e Desenvolvimento, e a Declaração de Princípios para Florestas.

A Eco-92 teve importantes desdobramentos diplomáticos, políticos, científicos e sociais. Diplomáticos, pois envolvia acordos internacionais sobre responsabilidade ambiental. Políticos, pois muitas das decisões e acordos impactariam na economia e na produção de cada um dos países participantes. Científicos, pois muitas das questões ambientais debatidas ganharam relevância, ao se pautarem em pesquisas. E sociais, pois a Agenda 21 é um plano de ação e metas com 2.500 recomendações sobre como atingir o desenvolvimento sustentável. Segundo esse documento, a conservação ambiental do planeta não pode ser alcançada sem a erradicação da pobreza e a diminuição das desigualdades sociais.

Se você tem mais de 30 anos, se lembra da Eco 92. Conte pra gente como será sua celebração nesta data!

 

Saiba mais:

Carta da Terra: http://www.cartadaterrabrasil.com.br/prt/texto-da-carta-da-terra.html

Conferência do clima: https://brasil.un.org/pt-br/205789-cop27-o-que-voc%C3%AA-precisa-saber-sobre-confer%C3%AAncia-do-clima-da-onu

Convenção sobre Diversidade Biológica: https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/biodiversidade/convencao-sobre-diversidade-biologica

Agenda 21: https://antigo.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-global.html

Declaração do Rio para Meio Ambiente e Desenvolvimento: https://cetesb.sp.gov.br/proclima/wp-content/uploads/sites/36/2013/12/declaracao_rio_ma.pdf

 

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Texto – Sandra Oliveira – CEA/ SEMIL
Revisão – Denise Scabin – CEA/ SEMIL
Gestão de conteúdo e planejamento – Cibele Aguirre – CEA/ SEMIL