
08/08/2023
PLÁSTICO é um material sintético, composto por macromoléculas orgânicas chamadas polímeros. É um material versátil, durável, de baixo custo e amplamente utilizado em uma variedade de aplicações, devido às suas propriedades físicas e químicas.
Os plásticos são fabricados a partir de matérias-primas petroquímicas, como o petróleo e o gás natural, que são processados por meio de reações químicas para formar cadeias longas de polímeros. Essas cadeias poliméricas podem ser moldadas, fundidas ou extrudadas em diferentes formas e tamanhos, permitindo a produção de uma ampla gama de produtos plásticos.
Existem diferentes tipos de plásticos com propriedades distintas, como resistência mecânica, transparência, flexibilidade, isolamento elétrico, resistência ao calor, entre outras características. Alguns exemplos comuns de plásticos incluem o polietileno (PE), o polipropileno (PP), o poliestireno (PS), o poliéster (PET) e o policloreto de vinila (PVC).
Os plásticos têm sido amplamente utilizados em embalagens, indústria automobilística, construção civil, eletrônicos, produtos médicos, utensílios domésticos, têxteis, entre muitas outras aplicações. No entanto, a durabilidade do plástico é uma das suas características problemáticas, uma vez que sua degradação natural pode levar séculos.
A questão do acúmulo de plástico no meio ambiente e seus impactos negativos têm sido cada vez mais discutidos. O descarte inadequado de plásticos pode resultar em poluição dos oceanos, rios e solos, afetando a fauna marinha e terrestre. Além disso, a queima de plásticos pode liberar gases tóxicos.
Diante desses problemas, a conscientização sobre o uso responsável do plástico tem aumentado, e esforços estão sendo feitos para reduzir o consumo excessivo, promover a reciclagem e o desenvolvimento de alternativas mais sustentáveis, como bioplásticos e materiais compostáveis.
Qual o tempo médio de degradação do plástico descartado na natureza? |
O tempo de degradação do plástico descartado na natureza varia dependendo do tipo de plástico, das condições ambientais e do tamanho e espessura do material. Em geral, os plásticos podem levar de décadas a centenas de anos para se decompor completamente na natureza.
Plásticos como o polietileno (PE) e o polipropileno (PP), que são amplamente utilizados em embalagens e produtos descartáveis, são conhecidos por sua resistência à degradação. Esses plásticos podem levar centenas de anos para se decompor naturalmente em condições normais.
No entanto, é importante mencionar que a degradação do plástico não significa que ele desapareça completamente. Em vez disso, os plásticos se fragmentam em pedaços menores, conhecidos como microplásticos. Esses microplásticos podem persistir no ambiente por períodos ainda mais longos e têm o potencial de causar impactos negativos nos ecossistemas e na vida selvagem.
Além disso, é importante destacar que a degradação dos plásticos pode ser afetada pelas condições ambientais. Por exemplo, a exposição à luz solar, calor, oxigênio e microrganismos pode acelerar o processo de degradação dos plásticos. No entanto, muitos plásticos descartados acabam em aterros sanitários ou em ambientes aquáticos, onde as condições de degradação podem ser mais lentas ou até mesmo inexistentes.
É fundamental adotar práticas de gerenciamento adequadas para reduzir a quantidade de plásticos descartados e promover a reciclagem eficiente desses materiais. Além disso, a conscientização sobre a poluição por plásticos tem levado ao desenvolvimento de alternativas mais sustentáveis, como bioplásticos e materiais compostáveis, que se degradam de forma mais rápida e são menos prejudiciais ao meio ambiente.
Quando foi inventado o material plástico? |
O primeiro plástico totalmente sintético foi inventado, em 1907, por Leo Hendrik Baekeland, um químico belga-americano. Baekeland desenvolveu um material chamado baquelite, que era um polímero termoendurecível, feito a partir de fenol e formaldeído. A baquelite foi amplamente utilizada como isolante elétrico e como material de revestimento para uma variedade de aplicações industriais.
Embora a baquelite tenha sido o primeiro plástico totalmente sintético, existem registros de materiais plásticos naturais sendo utilizados desde a antiguidade. Por exemplo, o látex da seringueira já era usado pelos maias e astecas para fazer bolas de borracha. O marfim vegetal, derivado da tagua ou “marfim vegetal” de várias palmeiras, também foi utilizado para fazer botões e outros objetos.
No entanto, foi com a invenção da baquelite que se abriu caminho para o desenvolvimento de uma ampla variedade de plásticos sintéticos ao longo do século XX. Desde então, inúmeros tipos de plásticos foram criados, cada um com suas propriedades e aplicações específicas, tornando-se materiais essenciais em diversos setores industriais e cotidianos.
O que é a ‘ilha de plástico’ no oceano Pacífico? |
A “ilha de plástico”, no oceano Pacífico, também conhecida como “Grande Mancha de Lixo do Pacífico” ou “Vórtice de Lixo do Pacífico”, não se refere a uma ilha física de plástico, mas sim a uma área extensa no oceano, que contém concentrações significativas de resíduos plásticos e outros detritos marinhos.
Essa área é formada principalmente por correntes oceânicas e ventos que atuam como um sistema de circulação, acumulando resíduos plásticos vindos de várias fontes, como rios, navios e atividades costeiras. Esses detritos, incluindo fragmentos de plástico de diferentes tamanhos, se acumulam em uma área específica do oceano, resultando em uma concentração de lixo flutuante.
Embora seja comumente referida como uma “ilha”, a área não é um grande pedaço sólido de plástico, mas sim uma região onde a densidade de resíduos plásticos é maior do que outras áreas oceânicas. A maioria dos plásticos nessa região são fragmentos pequenos e microplásticos, que são pedaços menores de plástico, resultantes da degradação de itens maiores.
A “ilha de plástico” no oceano Pacífico é uma das várias áreas semelhantes encontradas em diferentes oceanos ao redor do mundo. Essas concentrações de resíduos plásticos representam um sério problema ambiental, pois podem causar danos à vida marinha, poluir ecossistemas costeiros, entrar na cadeia alimentar e ter efeitos negativos na saúde dos ecossistemas oceânicos.
Os esforços estão em andamento para abordar o problema da poluição por plásticos nos oceanos, incluindo iniciativas de limpeza, redução do uso de plásticos descartáveis, melhoria da gestão de resíduos e promoção de práticas mais sustentáveis em relação aos plásticos. A conscientização sobre a questão tem crescido, destacando a necessidade de ações coletivas para mitigar a poluição por plásticos e proteger os ecossistemas marinhos.
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Texto: Rozélia Medeiros – CEA/SEMIL
Texto: Denise Scabin – CEA/SEMIL
Gestão de conteúdo, planejamento e arte: Cibele Aguirre – CEA/ SEMIL