
17/05/2024
O dia 17 de maio foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), agência especializada das Nações Unidas (ONU), como o “Dia Mundial da Reciclagem”, com o objetivo de estimular as pessoas a refletirem a respeito da importância de se fazer o descarte adequado dos produtos que são consumidos no dia a dia, os quais geram resíduos sólidos, para que esses resíduos não poluam o meio ambiente e não sobrecarreguem ainda mais os aterros sanitários. Dessa forma, esses materiais que seriam destinados, na melhor das hipóteses, para um aterro sanitário, retornam, como matéria prima, para a cadeia produtiva. Portanto, a celebração dessa data é fundamental para o engajamento das pessoas para praticarem a coleta seletiva.
De acordo com reportagem do Jornal Nacional, de 22 de maio de 2022, infelizmente o Brasil gera 82 milhões de toneladas de lixo e recicla apenas 2%. Isso significa que a reciclagem necessita de investimentos, necessita que as políticas de reciclagem sejam efetivamente implementadas e que todos se engajem e façam a sua parte.
Mas, afinal, o que é reciclagem?
De acordo com a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, reciclagem é o processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes.
A reciclagem só traz benefícios: primeiramente, para o meio ambiente, pois evita a poluição e degradação e evita que novos recursos naturais sejam extraídos do planeta. O segundo benefício é que melhora a economia do país, considerando que a reciclagem cria novas empresas e faz a economia girar. O terceiro benefício é o social, pois a reciclagem gera empregos, por exemplo, em empresas de reciclagem ou em cooperativas e associações de catadores.
Para que a reciclagem seja possível, é fundamental que todos colaborem para a coleta seletiva.
A coleta seletiva é a coleta diferenciada de resíduos sólidos, que foram previamente separados de acordo com a sua composição. Ou seja, resíduos com características similares são selecionados pelo gerador, que pode ser um cidadão na sua residência, um órgão público, uma empresa, um estabelecimento comercial ou outra instituição e disponibilizados para a coleta seletiva separadamente.
Os resíduos recicláveis são compostos por metais (como aço e alumínio), papel, papelão, caixas tetrapak, diferentes tipos de plásticos e vidro.
As indústrias transformam e reutilizam esses materiais para a fabricação de matéria-prima e de outros produtos.
Já, os rejeitos, que não são resíduos recicláveis, são compostos por resíduos de banheiros, tais como papel higiênico, absorventes, fraldas, cotonetes e outros resíduos de higiene e limpeza usados. Esses resíduos são levados para um aterro sanitário.
A coleta seletiva pode ser realizada porta-a-porta, tanto pelo prestador do serviço público de limpeza e manejo dos resíduos sólidos (público ou privado), quanto por associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis, ou pode ser realizada nos chamados Pontos de Entrega Voluntária (PEV) ou Ecopontos, situados em locais estratégicos da cidade, para a entrega dos resíduos separados. Procure se informar na Prefeitura de sua cidade a respeito de como é feita a coleta seletiva e contribua!
Jamais jogue lixo a céu aberto. Os resíduos sólidos descartados de forma incorreta, ficam acumulados na natureza, pois muitos demoram anos para se decompor, e nesse processo de decomposição emitem poluentes diversos, como gases e chorume, o que contamina o ar, o solo, o subsolo, as águas de rios, lagos, córregos, mares e oceanos e atrai vetores de diversas doenças, como baratas e ratos. Essa contaminação pode provocar uma série de doenças no ser humano, como a cólera e a desinteria, por exemplo. Além disso, a criação de lixões é um problema socioambiental gravíssimo.
Conheça a média do tempo de decomposição de alguns resíduos: |
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Material |
Tempo de decomposição |
Papel/ papelão | Cerca de 6 meses |
Sacola plástica | Mais de 100 anos |
Lata de alumínio | 200 a 500 anos |
Embalagem de plástico | Até 450 anos |
Embalagem PET | Mais de 100 anos |
Vidro e louças | Tempo indeterminado |
Pneus, borrachas e isopor | Tempo indeterminado |
Fonte: Ministério do Meio Ambiente. Compostagem Doméstica, Comunitária e Institucional de Resíduos Orgânicos. Manual de Orientação. Brasília, DF, 2017.
Colabore para a coleta seletiva, descartando os materiais recicláveis e o óleo de cozinha usado nos dias estabelecidos pela Prefeitura municipal para coleta desses resíduos na sua rua ou entregando no ponto de entrega voluntária – PEV ou Ecoponto mais próximo de sua casa.
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Texto: Denise Scabin – CEA/SEMIL
Gestão de conteúdo, planejamento e arte: Cibele Aguirre – CEA/ SEMIL
Foto: Pixabay
Referências
LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
JORNAL NACIONAL. Coleta seletiva de lixo ainda é mínima na maioria das cidades brasileiras. Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/05/23/coleta-seletiva-de-lixo-ainda-e-minima-na-maioria-das-cidades-brasileiras.ghtml
RECICLASAMPA. Disponível em: https://www.reciclasampa.com.br/
Agradecendo está publicação, pois no meu prédio, com 24 aps fazemos a coleta seletiva