Chorume, também chamado de lixiviado ou percolado, é um líquido escuro, viscoso, de cheiro forte e muito desagradável, resultado de matéria orgânica em decomposição. Esse líquido, altamente poluidor, é encontrado em aterros sanitários, lixões e, também, nos cemitérios (porém o nome dado ao líquido resultante da decomposição de cadáveres é o necrochorume), e origina-se de reações e processos físicos, químicos e biológicos, junto com a água das chuvas, que percolam/ passam através da massa de líquido aterrada.

O chorume, por ser extremamente poluente, pode provocar graves danos ao meio ambiente, pois possui na sua composição metais pesados, os quais podem se acumular no organismo e serem tóxicos, tanto para plantas, como para os animais. Além disso, esses elementos podem ser passados para os predadores pela ingestão de animais contaminados, o que pode trazer sérios riscos para os sistemas biológicos e os processos bioquímicos, a curto, médio e longo prazos.

O acúmulo de metais pesados no organismo pode causar inúmeros problemas à saúde, como tumores no fígado e tireoide, problemas pulmonares, alergias, além de alterações gastrointestinais e neurológicas. Além disso, a matéria orgânica presente no chorume atrai inúmeros vetores de doenças como baratas, moscas, mosquitos e também ratos.

É essencial realizar o tratamento do chorume, para evitar que esse líquido atinja os mananciais, os lenções freáticos e contamine as águas, e consequentemente os seres aquáticos, contamine os solos, as plantas e altere a qualidade do ar, por causa da geração de gases. No Estado de São Paulo, o chorume gerado na maioria dos aterros sanitários é conduzido para tratamento conjunto em estações de tratamento de esgoto. (SÃO PAULO, 2014.)

Também é fundamental eliminarmos os lixões a céu aberto, repensarmos os nossos hábitos de consumo, para que sejam mais sustentáveis, e contribuirmos para a coleta seletiva e a reciclagem de materiais, e praticarmos outras alternativas, como a compostagem, para assim, diminuirmos a quantidade de resíduos sólidos enviada para os aterros sanitários, que estão cada vez mais sobrecarregados e esgotando suas capacidades.

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Texto: Denise Scabin – CEA/SEMIL
Gestão de conteúdo, planejamento e arte: Cibele Aguirre – CEA/ SEMIL
Foto: Pixabay

Referências

 BRASIL ESCOLA – UOL. Chorume. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/chorume.htm

MINISTÉRIO DAS CIDADES/ MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE/ IBAMA. Mecanismo de desenvolvimento limpo aplicado a resíduos sólidos – Redução de emissões na disposição final. Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/biogas/wp-content/uploads/sites/3/2014/01/03_aterro.pdf

SÃO PAULO (Estado). Cadernos de Educação Ambiental – 6. Resíduos Sólidos. Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, 2014. Disponível em: https://smastr16.blob.core.windows.net/cea/2014/11/6-RES%C3%8DDUOS-S%C3%93LIDOS.pdf