Uma rede composta por 26 (vinte e seis) unidades integradas de Centros de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres (CETRAS), localizados em 20 (vinte) municípios do estado de São Paulo, coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), está atuando no recebimento e recuperação de animais silvestres impactados pelos incêndios registrados em diversos municípios paulistas.

Essas unidades contam com uma equipe multidisciplinar formada por médicos veterinários, biólogos, tratadores de animais e outros profissionais qualificados, que operam nesses Centros, oferecendo cuidados e reabilitação aos animais resgatados pelas autoridades, e, sempre que possível, realizando a soltura na natureza ou o encaminhamento dos animais, que não apresentam condições favoráveis à soltura, para empreendimentos autorizados de cativeiro, como zoológicos.

A articulação para a criação da rede surgiu em resposta à situação de emergência, em diversos municípios paulistas, em razão dos incêndios florestais no território estadual, declarada pelo Decreto n° 68.805, publicado no dia 24 de agosto de 2024.

A SEMIL, por meio da Coordenadoria de Fauna Silvestre (CFS) tem atuado ativamente para o fortalecimento da rede de Cetras no estado de São Paulo, realizando inúmeras ações, a saber:

• Dar celeridade aos processos autorizativos de novos empreendimentos de fauna com o escopo no recebimento de fauna impactada/resgatada, como por exemplo, foi autorizado recentemente o Cetras de Santa Bárbara do Oeste vinculado à Prefeitura Municipal de Santa Bárbara D’Oeste. Além disso, as instituições públicas Parque Zoobotânico, Orquidário Municipal de Santos (Cetras Orquidário) e os empreendimentos particulares, como o Cetras Aimaratá (Associação dos Amigos do Parque Aimaratá), em Americana e o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres Sonho de Criança (Wildcare Consultoria Ambiental), em Pitangueiras, estão em processo de autorização;
• Promover a regularização de empreendimentos, outrora irregulares ou inconformes, por meio de capacitação in loco pela equipe técnica da CFS, visando a adequação. Também por meio da ampliação das atividades de alguns empreendimentos de fauna, como zoológicos, para serem autorizados como centros de triagem e reabilitação de animais, citando, por exemplo, o Zoológico de Ribeirão Preto, autorizado recentemente como Cetras Morro de São Bento e o Hospital Veterinário de Botucatu – CEMPAS, dentro da estrutura da UNESP, que foi autorizado para funcionar como Cetras-Escola;
• Realização de busca ativa por outras parcerias como universidades, Prefeituras, zoológicos, concessionárias e iniciativa privada, com o objetivo de auxiliar na implantação e funcionamento de Cetras;
• Encontra-se em andamento uma proposta de lei para a instituição de uma Taxa de gestão de Fauna que, caso aprovada, possibilitará o repasse de recursos para a criação e/ou melhoria de Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) e Áreas de Soltura, visando o aperfeiçoamento da rede de recepção, recuperação e destinação de animais silvestres;

 

Orientações gerais para a população:

A recomendação geral é que a população não tente capturar animais silvestres por conta própria. Em vez disso, deve acionar um dos órgãos competentes para o correto encaminhamento para os empreendimentos autorizados.

Caso se depare com um animal em situação de risco, como queimaduras, dificuldades respiratórias ou deslocamento devido à perda de habitat, entre em contato com as autoridades. Os órgãos que podem ser acionados são:

• Corpo de Bombeiros (193)
• Polícia Militar Ambiental (190)
• Guarda Municipal

DICAS: ao ligar, forneça o máximo de informações possível sobre o animal e sua localização. Detalhes como espécie (ou, caso não conheça, o grupo a que pertence: mamífero, ave, réptil etc. Já será de grande valia), tamanho, porte e estado de saúde aparente são importantes para o resgate eficaz.

Importante: nunca tente capturar o animal. Isso pode agravar suas lesões ou resultar em ferimentos para quem tenta o resgate, devido à reação de defesa do animal. Além disso, evite oferecer água ou alimentos, pois isso pode interferir no estado de saúde do animal e colocar sua segurança em risco.

• Confira a lista de unidades autorizadas: https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/cetras-de-sao-paulo/