
11/02/2025
A poluição sonora se dá por meio do ruído, que é o som indesejado, em volume que supere os níveis considerados normais para os seres humanos, o qual agride a audição das pessoas e o meio ambiente, prejudicando a saúde, o bem-estar e a segurança dos cidadãos.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição sonora de 50 dB (decibéis) já é considerada prejudicial e, a partir de 55 dB, pode acarretar níveis de estresse e outros efeitos negativos no indivíduo. Ao atingir a marca de 75 dB, a poluição sonora provoca danos mais sérios, com risco de perda auditiva mediante exposição prolongada e rotineira de até oito horas. (FIOCRUZ)
O ouvido humano pode sentir dor quando o som alcança 120 dB.
A poluição sonora, além de levar ao estresse e irritabilidade, provoca dores de cabeça, insônia, falta de concentração e atenção, depressão, cansaço, distúrbios psicológicos e mentais, zumbido nos ouvidos e pode levar as pessoas à surdez temporária ou permanente.
A perda da audição, provocada pelo excesso de ruído, pode ser causada por várias atividades do nosso cotidiano: o barulho constante do trânsito de veículos, o ruído industrial, o som elevado de alto falantes, rádios e aparelhos de televisão, o ruído de certos eletrodomésticos, buzinas de carros e sirenes, barulho de grandes obras e maquinários, de casas noturnas, de show e templos religiosos sem o devido isolamento acústico e etc.
De acordo com o Relatório Fronteiras 2022, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a ampliação da poluição sonora nos centros urbanos pode resultar também em doenças cardíacas, diabetes e distúrbios mentais. Ainda segundo o estudo, a poluição sonora pode afetar animais, impactando na comunicação de várias espécies. (FIOCRUZ)
A poluição sonora também pode afetar os animais (tanto urbanos, quanto os animais silvestres caso o ser humano leve, por exemplo, aparelhos de som para áreas naturais), provocando estresse, interferindo nos seus instintos de caça, na reprodução e na comunicação.
A poluição sonora ainda pode afetar as plantas, pois o volume excessivo de ruídos interfere no seu crescimento, devido aos tremores causados pelas ondas sonoras, que fazem as plantas perderem água.
Conheça a RESOLUÇÃO CONAMA nº 001, de 08 de março de 1990, que trata do tema:
https://www.ibama.gov.br/sophia/cnia/legislacao/MMA/RE0001-080390.PDF |
Veja também o que já foi publicado sobre esse assunto no Portal de Educação Ambiental |
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Texto: Denise Scabin – CEA/ SEMIL
Gestão de conteúdo, planejamento e direção de arte – Cibele Aguirre – CEA/ SEMIL
Referências
FIOCRUZ. Poluição sonora: um problema mundial de saúde pública. Disponível em: https://www.invivo.fiocruz.br/saude/poluicao-sonora/
NARVAES, PATRÍCIA. Dicionário Ilustrado de Meio Ambiente. 2ª edição. São Caetano do Sul, São Paulo. Yendis Editora, SMA, 2012.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Cadernos de Educação Ambiental – 2 – Ecocidadão. São Paulo, SMA/CEA, 2014. Disponível em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/educacaoambiental/prateleira-ambiental/caderno-2-eco-cidadao/
UFRB. Poluição Sonora. Disponível em: https://www2.ufrb.edu.br/petsocioambientais/images/Polui%C3%A7%C3%A3o_Sonora.pdf