
15/07/2025
A Conferência de Nairóbi, realizada em Nairóbi, no Quênia, de 10 a 18 de maio de 1982, foi convocada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para fazer um balanço e uma análise dos resultados da aplicação dos princípios da Declaração resultante da Conferência de Estocolmo, realizada em 1972; e uma avaliação das condições ambientais em nível mundial.
Com a Conferência concluiu-se que era necessário avançar no processo e intensificar esforços em níveis global, nacional e regional em prol do meio ambiente.
No ano de 1975, a United Nations Development Programme (Unep), procurando opções para possibilitar o diálogo entre os diversos países interlocutores, diante dos conflitos Norte/Sul, demonstrados pelas premissas do crescimento zero, trabalhou um novo conceito, o
de “ecodesenvolvimento”48, apresentado, pela primeira vez, na Assembleia Geral da ONU, em Nairobi, em 1982, e depois incorporado pelo relatório da Comissão Brundtland (IBAMA, 2010).
A Conferência de Nairobi (1982) significou o início da virada na posição dos países do terceiro mundo, com a criação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, com ampla participação de representantes do G-77 (sigla da Organização dos 77 países do Terceiro Mundo, participantes da ONU, em contraposição à organização do G-7, sete países mais ricos do mundo, surgidos a partir da Conferência de Estocolmo de 1972 (G-7) e do relatório Brundtland do Encontro de Nairobi, de 1982 (G-77)), especialmente quando se reconheceu: “que os estoques de capital ecológico estão sendo consumidos mais rapidamente do que a sua capacidade de regeneração, e, no entanto, o crescimento econômico pode ser reconciliado com a preservação do meio ambiente” (…) onde o maior e o mais urgente problema, especialmente no que se refere à África e América Latina, “é a dívida externa”. O problema da dívida “tem de ser resolvido antes que se possa esperar de tais países que dirijam sua atenção para a agenda urgente da pobreza e dos problemas interligados do declínio econômico e ecológico”, declarações de Jim MacNeill, secretário da Comissão Brundtland (IBAMA, 2010).
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Texto: Denise Scabin – DEA/ SEMIL
Gestão de conteúdo, planejamento e arte: Cibele Aguirre – DEA/ SEMIL
Referências
ANA. Disponível em: https://www.ana.gov.br/acoesadministrativas/relatoriogestao/rio10/riomaisdez/index.php.35.html
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/91223-onu-e-o-meio-ambiente
OLIVEIRA, ELÍSIO MÁRCIO DE. Cidadania e Educação Ambiental: uma proposta de educação no processo de gestão ambiental. Brasília: Ibama, 2010.