
27/11/2018
Existem lacunas nos planejamentos e programas de educação ambiental (EA) que redundam em omissões, acidentais ou propositais, que culminarão com a baixa qualidade das atividades propostas. Isto decorre do reducionismo das questões ambientais, provocado pela omissão de conceitos, considerações, conteúdos, abordagens didáticas inapropriadas, materiais inadequados, e outras interferências que possam interagir com o processo ensino-aprendizagem. Faz-se necessária uma análise das questões éticas nos programas de educação ambiental, porque estes muitas vezes estão constituídos por valores que não tratam, ou tratam superficialmente da problemática ambiental, ou estão estruturados em premissas que não contemplam a visão holística dos aspectos que podem ser abordados em um plano de educação ambiental. Outras vezes, estes trabalhos camuflam propaganda empresarial ou política, que são as finalidades em si, utilizando-se levianamente a expressão “educação ambiental”. Em algumas ocasiões, o plano de EA está desarticulado da realidade do público alvo. Existem ainda casos de imposição hierárquica para a elaboração de um conceito de educação para o meio ambiente, resultando assim em um produto formal ineficaz. Os objetos de estudo são os projetos e trabalhos de EA planejados ou em fluxo, em âmbito formal ou informal de ensino. Palavras-chave: educação ambiental, ética, reducionismo.
Autores: Carlos Eduardo Fortes Gonzalez e Maclovia Corrêa da Silva