
02/09/2019
97% dos materiais eletrônicos são descartados no lixo comum! Isso significa dizer que podemos encontrar fones de ouvido, calculadoras, microondas, celulares, geladeiras, monitores e acessórios de computador (além de mais um monte de coisas eletrônicas!) nos caminhões de lixo e nos aterros sanitários…Além de não sofrerem decomposição naturalmente no ambiente, como acontece com os resíduos orgânicos, os resíduos eletrônicos descartados de maneira inadequada podem contaminar o solo e lençóis freáticos, pois possuem em sua composição metais pesados como Cádmio e Chumbo.Mas esses materiais podem ter outro destino. Mesmo quando se tornam inservíveis, os materiais eletrônicos podem ser reciclados, pois de sua composição podem ser aproveitadas peças plásticas e metálicas que podem servir como matéria-prima em outros produtos e, até mesmo, para novos equipamentos.
Ao longo dos últimos anos, a tecnologia tem avançado de maneira extremamente rápida e hoje muitas de nossas atividades parecem impossíveis sem contarmos com equipamentos eletrônicos para que sejam realizadas.
A deterioração dos alimentos antes protegida temporariamente por isopores com gelo hoje é prevenida por até seis meses com a utilização dos freezers. Passar roupa com uma estrutura de ferro aquecida com carvão não parece ter sido parte da realidade de nossos antepassados. Enviar mensagens que possam ser recebidas instantaneamente ainda que enviadas entre continentes diferentes, ter conversas telefônicas em dispositivos que não precisam estar conectados a fios e fazer vídeo-chamadas pareciam fazer parte de um futuro muito mais distante há trinta anos.
Essa inovação tecnológica acontece tanto por meio da criação de novos aparatos quanto pela substituição de equipamentos com a mesma função, mas com alguma nova funcionalidade. Mesmo que o equipamento na versão anterior ainda esteja servindo para desempenhá-la. Ou seja, da maneira como vivemos hoje, nós substituímos aparelhos que estejam funcionando por outros que podem funcionar da mesma maneira, mas com algumas diferenças, melhorias.
No Brasil, culturalmente temos o hábito de “passar adiante” equipamentos que não estão sendo utilizados para familiares, amigos, conhecidos ou instituições de assistência social, o que é uma maneira de não descartar os equipamentos que ainda funcionam adequadamente. Mas e quando os equipamentos eletrônicos não funcionam mais, e não há viabilidade – às vezes apenas viabilidade econômica – de serem consertados?
97% dos materiais eletrônicos são descartados no lixo comum! Isso significa dizer que podemos encontrar fones de ouvido, calculadoras, microondas, celulares, geladeiras, monitores e acessórios de computador (além de mais um monte de coisas eletrônicas!) nos caminhões de lixo e nos aterros sanitários…
Além de não sofrerem decomposição naturalmente no ambiente, como acontece com os resíduos orgânicos, os resíduos eletrônicos descartados de maneira inadequada podem contaminar o solo e lençóis freáticos, pois possuem em sua composição metais pesados como Cádmio e Chumbo.
Mas esses materiais podem ter outro destino. Mesmo quando se tornam inservíveis, os materiais eletrônicos podem ser reciclados, pois de sua composição podem ser aproveitadas peças plásticas e metálicas que podem servir como matéria-prima em outros produtos e, até mesmo, para novos equipamentos.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos traz um conceito muito importante que é o de responsabilidade compartilhada, que quer dizer que para cada resíduo gerado, o fabricante ou importador, o comerciante e o consumidor são igualmente responsáveis pelo destino do resíduo que foi gerado. Essa responsabilidade está relacionada com o que é definido como logística reversa, ou seja – um conjunto de ações para que os materiais descartados retornem ao setor empresarial para que sejam reaproveitados novamente no mesmo ciclo produtivo, ou em outros produtos, ou sejam outra destinação final ambientalmente adequada.
E o que nós, consumidores, podemos fazer a respeito? Existem algumas possibilidades.
Podemos contribuir para diminuir os resíduos que são gerados, de duas maneiras:
Primeiro, escolhendo produtos que tenham maior durabilidade – alguns produtos tem menos valor econômico, mas se não for de boa qualidade e precisar ser descartado em pouco tempo, o prejuízo para o meio ambiente será maior.
Segundo, avaliar a real necessidade de se trocar um equipamento eletrônico que ainda está funcionando adequadamente por um novo que tenha algumas diferenças, mas tenha exatamente a mesma função, e vá servir da mesma maneira.
Devemos descartar adequadamente os equipamentos eletrônicos inservíveis.
É muito importante saber que os equipamentos eletrônicos não devem ser descartados no lixo comum, e também não devem ser encaminhados para a coleta seletiva. (A não ser que você tenha certeza que a cooperativa que recebe seus resíduos tenha compradores de resíduos eletrônicos, informe-se antes de enviar!)
Existem pontos de entrega voluntária em locais como shopping centers, redes de supermercados, lojas de equipamentos eletrônicos e de materiais de construção, entre outros, onde é possível deixar o lixo eletrônico para que seja coletado por gerenciadoras de logística reversa e encaminhado para destinação correta. Se tiver dúvidas, entre em contato com o fabricante do produto.
Assim, podemos nos beneficiar da tecnologia para nossa vida, sem prejudicar a vida no planeta!
Texto: Rachel Azzari – Coordenadoria de Educação Ambiental
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