
17/12/2018
Este texto parte de duas premissas. A primeira vê a necessidade de aprofundamento da discussão sobre o aumento da temperatura do planeta com base no princípio da responsabilidade comum, porém diferenciada, que é empregado em documentos como o Protocolo de Kyoto; com base na ética do devir, necessária reflexão sobre qual modelo adotar diante das alterações no clima que os especialistas indicam que estão por vir; e, por último, com base, também, na segurança ambiental internacional (RIBEIRO, 2002). A segunda premissa não diz respeito a problemas relacionados à primeira natureza (vulcanismo, tectonismo etc) mas às problemáticas decorrentes da ação social e às formas pelas quais se produz o espaço geográfico com especificidade para os ecossistemas atmosfera e hidrosfera, bem como para a explicitação da existência de ilhas de calor em na cidade de São Paulo que explicam a escassez de água potável e enchentes ao mesmo tempo. Partindo da sistematização das duas premissas elencadas, o texto tem como conclusão a afirmação de que é necessário repensar em educação ambiental as formas pelas quais se produz e se consome, já que a natureza é ainda, para o cidadão comum, mágica, recurso natural, serva do homem, com isto reafirmando as características de semióforo. Neste caminho, é indispensável a análise da categoria sócio-espacial, em suas várias escalas, que deve ser efetivada nas aulas de Geografia.
Autor: SOARES, Maria Lucia de Amorim – UNISO