28/01/2025

O conceito de Educomunicação propõe a construção e o fortalecimento de “ecossistemas” comunicativos dialógicos, abertos, colaborativos, criativos e democráticos; pode acontecer em qualquer espaço educativo, pois é uma educação para além dos muros escolares; propõe uma relação dialógica, integradora e a quebra da hierarquia no compartilhamento do saber; reconhece que todas as pessoas envolvidas no fluxo da informação são produtoras de conhecimentos e cultura; promove uma análise crítica das informações.

Na Educomunicação, a construção do conhecimento acontece por meio de processos participativos e ações comunicativas e trocas de informações, para a transformação do indivíduo, onde o professor é um mediador e o estudante é um sujeito ativo. Além disso, na Educomunicação a formação do cidadão deve ser pensada a partir da conexão entre educação, comunicação e tecnologias da informação.

A Educomunicação permite ampliar o diálogo, a participação e a criatividade em espaços educativos formais, não formais e informais. A Educomunicação amplia a capacidade de expressão das pessoas e, também, estimula o pensamento/ senso crítico sobre as informações que elas recebem, por meio dos veículos de comunicação, no dia a dia. A Educomunicação permite que as pessoas sejam protagonistas na produção de conteúdos e informações.

A Educomunicação tem como maior objetivo auxiliar na construção da cidadania, pois considera como pressuposto básico o exercício do direito de todos e todas à expressão e à comunicação.

A Educomunicação pode ser definida como:

Processo de comunicação com intencionalidade educacional expressa e que envolve a democratização da produção e de gestão da informação nos meios de comunicação em seus diversos formatos, ou na comunicação presencial. Educomunicação pode ser definida, também, nas práticas educativas que visam levar à apropriação democrática e autônoma de produtos de comunicação, por meio dos quais os participantes passam a exercer seu direito de produzir informação e comunicação. (TASSARA, 2008)

O Educomunicador é “o facilitador que aplica intencionalidade educativa ao uso dos processos, recursos e tecnologias da informação a partir da perspectiva de uma mediação participativa e democrática da comunicação” (Soares, 1999: 41 in Andrade, 2009: 57).

O Educomunicador deve ter capacidade comunicativa e uma postura aberta, capaz de entender que a emissão não é um processo passivo e sim mediado e que aciona diversos saberes. Ele deve reconhecer que não há o domínio na transmissão do conhecimento e que todo receptor é também um emissor. Todo ser humano é capaz de realizar ambas as funções, ou seja, emitir e receber informações, e tem o direito de participar do processo de comunicação, atuando, alternadamente, como emissor e receptor. O Educomunicador deve ser capaz de examinar e comparar informações de diversas fontes, com o objetivo de avaliar sua confiabilidade e precisão, ou até detectar manipulações e preconceitos. O Educomunicador deve estimular e fortalecer o olhar interpretativo, avaliador e crítico diante de informações, conteúdos e mensagens produzidas; deve compreender, ainda, os conceitos de liberdade de expressão, acesso à informação e as funções de utilidade pública das mídias nas sociedades democráticas.

 

 

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Texto: Denise Scabin – CEA/SEMIL
Gestão de conteúdo, planejamento e arte: Cibele Aguirre – CEA/ SEMIL

 

 

Referências 

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. Educomunicação socioambiental: comunicação popular e educação. Organização: Francisco de Assis Morais da Costa. Brasília: MMA, 2008.
SOARES, Ismar de Oliveira. Educommunication. São Paulo: NCE–ECA/USP. 2004.
SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicação/Educação: a emergência de um novo campo e o perfil de seus profissionais. In Contato: Revista Brasileira de Comunicação, Educação e Arte – nº 2. Brasília: UnB, 1999.
TASSARA, Eda. Dicionário Socioambiental: idéias, definições e conceitos. São Paulo: FAART, 2008.