05/11/2021

Fauna é o termo usado para definir o grupo no qual se encontram todos os animais. Também corresponde ao conjunto dos animais característicos de determinada área, época ou bioma, como por exemplo a fauna da região metropolitana de São Paulo, a fauna do período Triássico, ou a fauna do cerrado.

A fauna brasileira é a de maior diversidade do mundo, em sua maioria composta de animais de pequeno porte, sendo que muitas espécies ainda não  foram catalogados. Segundo dados do Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade, no Brasil há 120 mil espécies de invertebrados e aproximadamente 8930 espécies vertebrados (734 mamíferos, 1982 aves, 732 répteis, 973 anfíbios, 3150 peixes continentais e 1358 peixes marinhos).

A fauna pode ser dividida em quatro grandes grupos: animais silvestres, exóticos, domésticos e sinantrópicos.

Fauna silvestre – abrange animais pertencentes às espécies nativas ou migratórias, aquáticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do território nacional, incluindo suas águas marinhas. Por exemplo, sagui, morcego, quati, onça, tamanduá, ema, papagaio, arara, canário-da-terra, tico-tico, galo-da-campina, teiú, jiboia, jacaré, jabuti, cágado etc.

Fauna exótica – inclui animais que não nascem e nem vivem no local. Eles podem ter sido trazidos intencionalmente pelo homem, como leões, zebras ou elefantes, trazidos para os zoológicos e circos. Ou podem mudar de habitat por acidente, como crustáceos nos cascos de navios internacionais. Além disso, muitas vezes mudanças ambientais, fazem com que os animais se comportem de forma diferente do tradicional e mudem de território, como no caso do aquecimento dos mares, o que faz com que algumas espécies busquem novas regiões para sobreviver.

Fauna doméstica – engloba animais que, através de processos tradicionais e sistematizados de manejo e melhoramento zootécnico tornaram-se domésticos, possuindo características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem, podendo inclusive apresentar aparência diferente da espécie silvestre que os originou. Nessa classificação se encontram tanto os animais de estimação como o gato, o cachorro, o canário-belga, o periquito-australiano, a calopsita…, quanto animais desportivos ou de produção como o cavalo, a vaca, o búfalo, o porco, a tilápia, a abelha, o bicho-da-seda, a galinha e a codorna-chinesa, entre outros.

A fauna sinantrópica inclui espécies que compartilham recursos (água, abrigo e alimento) de áreas habitadas pelo homem para sobreviver. Podem ser nocivos, quando interagem de forma negativa com os seres humanos, transmitindo doenças e gerando prejuízos, como os pombos-domésticos, urubus, ratos, baratas, escorpiões, cupins, mosquitos e moscas. Também há espécies de animais silvestres que, devido a alguns comportamentos, ao conviverem em ambientes urbanos, podem provocar situações inconvenientes para as pessoas, como acontece com gambás, sabiás-laranjeira e maritacas.

Para saber mais:

ICMBio – Fauna brasileirahttps://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira

ICMBio – Espécies ameaçadashttps://www.icmbio.gov.br/portal/especies-ameacadas-destaque

Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidadehttps://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/cfb/

Gestão da Fauna no Estado de São Paulo – https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fauna/gefau/

GEFAUSistema integrado de gestão de fauna silvestre


Texto: Rozélia Medeiros (Coordenadoria de Educação Ambiental)

Arte: Cibele Aguirre (Coordenadoria de Educação Ambiental)