Em 02/10/2019 foi realizada a transmissão do evento Diálogos de Educação Ambiental – Educação Ambiental nos Zoneamentos Ambientais. Os internautas puderam participar enviando perguntas sobre o tema, que foram respondidas ao vivo. O tema é de grande interesse para educadores ambientais, para pessoas que trabalham com pesquisas e se interessam por planejamento ambiental.
Esta foi a oitava edição do evento Diálogos de Educação Ambiental, que é promovido pela Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, em parceria com os órgãos do Comitê de Integração de Educação Ambiental. Trata-se de uma série de encontros para compartilhar experiências, reflexões e para ampliar e qualificar as possibilidades de atuação da educação ambiental como ferramenta indispensável para aprimorar a gestão ambiental pública.
Programação
9h00 – Abertura:
. Marcos Penido
(Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente)
. Maria de Lourdes Rocha Freire
(Coordenadora da Coordenadoria de Educação Ambiental)
. Natália Ferreira de Almeida
(Comitê de Integração de Educação Ambiental)
09h45 – Gil Kuchembuck Scatena
(Coordenador da Coordenadoria de Planejamento Ambiental)
10h45 – Violeta Saldanha Kubrusly
(Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo)
11h45 – Abertura para perguntas
12h30 – Encerramento
Educação Ambiental Sabesp Presente
Agradecemos a sua participação no evento.
Educação Ambiental é uma coisa mais séria do que geralmente tem sido apresentada, em nosso meio. É um apelo à seriedade do conhecimento e, uma busca de propostas corretas de aplicação de ciências. Uma “coisa” que se identifica com um processo que envolve um vigoroso esforço de recuperação de realidades, nada simples.
Uma ação, entre missionária e utópica, destinada a reformular comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcançados. Um esforço permanente na reflexão sobre o destino do homem – de todos os homens – face à harmonia das condições naturais e o futuro do planeta “vivente”, por excelência.
Um processo de Educação que garante um compromisso com o futuro. Envolvendo uma nova filosofia de vida, e um novo ideário comportamental, tanto em âmbito individual, quanto na escala coletiva. A preocupação básica da Educação Ambiental é a de garantir um meio ambiente sadio para todos os homens e tipos de vida existentes na face da Terra.
Enfim, Educação Ambiental exige método, noção de escala; boa percepção das relações entre tempo, espaço e conjunturas; conhecimentos sobre diferentes realidades regionais. E, sobretudo, códigos de linguagem adaptados às faixas etárias do alunado. É um processo que, necessariamente, revitaliza a pesquisa de campo, por parte dos professores e dos alunos. Implica em um exercício permanente de interdisciplinaridade – a prévia da transdisciplinaridade. Educação Ambiental é a nova “ponte” entre a sabedoria popular e a consciência técnico-cientifica.”
Aziz Nacib Ab’Saber
(Re) Conceituando Educação Ambiental, 1994
Agradecemos sua contribuição para o debate.
Parabéns pela iniciativa e a todos os envolvidos!!
Agradecemos a sua participação.
Pergunta para o Gil/CPLA:
Como foi feita a divulgação dos encontros regionais e como foram definidos os representantes da sociedade civil no processo de participação social para os zee?
Para o ZEE do Estado, a divulgação foi feita pelos Comitês de Bacia; nas regiões metropolitanas, houve ainda apoio da EMPLASA com a divulgação nos conselhos e agências metropolitanas. Como não há uma estrutura de governança estabelecida, não houve eleição para representantes, a participação foi aberta. A sociedade civil participou, prioritariamente, a partir das representações dos comitês de bacia; entretanto, todos os presentes nas oficinas regionais tiveram o mesmo grau de participação, o debate foi aberto.
Para o ZEE costeiro, há um processo de eleição formal para composição dos grupos setoriais – o regramento prevê eleição para os representantes da sociedade civil e indicação para os representantes estaduais e municipais. As reuniões seguem o mesmo princípio, sendo abertas a outros partícipes; entretanto, só os representantes eleitos participam de processos de votação.
Como se dará o monitoramento da implementação do ZEE no estado?
O monitoramento será realizado a partir de duas perspectivas.
A conclusão do diagnóstico, com elaboração das cartas-síntese e cenarização, possibilitará apontar no território as potencialidades e vulnerabilidades referentes às 5 diretrizes do ZEE, para as quais há um rol de indicadores existentes, específicos para o monitoramento estratégico.
O diagnóstico ficará disponível na Rede ZEE, uma plataforma tecnológica que inclui dados e indicadores de várias temporalidades – por exemplo dados censitários decenais do IBGE; dados de monitoramento horário de qualidade do ar da CETESB; outros -, o que permitirá fazer balanços anuais para identificar os caminhos do território do estado em relação às diretrizes do ZEE.
Com relação a Mineração, gostaria de saber sobre o comprometimento de recomposição do local de extração, pois na maioria das vezes o que encontramos, são áreas em total abandono após a sucção abusiva a que foram submetida.
O zoneamento minerário prevê zonas de exploração mineral, proteção e recuperação ambiental, em que já se registrou um razoável desempenho do instrumento. Os empreendimentos minerários instalados nas zonas permitidas passam por licenciamento da CETESB, que inclui programa de recuperação ambiental da área minerada. Portanto, a previsão de recuperação está não só no instrumento de planejamento mas também no licenciamento ambiental.
Excelente palestra da Sra. Violeta Saldanha Kubrusly do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo.
No Programa Guarapiranga fui coordenador do sub-programa de educação ambiental e da fiscalização integrada, onde o fósforo era o indicador das atividades antrópicas que impactava na qualidade da água, a educação sanitária e ambiental focada nos resíduos sólidos urbanos, agrícolas ajudou a minimizar o gosto e odor na água para abastecimento. Realmente a relação com as partes interessadas foram e são fundamentais na gestão da bacia hidrográfica. As ações e projetos de educação ambiental e comunicação social devem ser contínuas.
Agradecemos a sua contribuição para o debate.