O que fazer em caso de deslizamento, enchente ou outro desastre?
No dia 15 de maio de 2019 foi realizado um bate-papo online e ao vivo sobre gestão de risco de desastres.
O Geólogo, Pesquisador Científico VI Dr. Jair Santoro, diretor do Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental do Instituto Geológico, abordou importantes questões técnicas, como os conceitos, processos e mapeamento de áreas de risco, entre outras. Também tivemos a participação do 2º Tenente PM Tiago Luiz Lourençon, diretor do Núcleo de Análise de Risco da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, que falou sobre a atuação da Defesa Civil na gestão de risco de desastres. Essa foi uma oportunidade para as prefeituras conhecerem melhor o tema e se planejarem para o curso preparatório para a Operação Verão, oferecido pela Casa Militar no segundo semestre.
O tema é de grande interesse especialmente para prefeituras, que devem fazer a gestão de risco de desastres, mas também para entidades que se mobilizam no apoio às prefeituras.
Os internautas puderam contribuir com perguntas sobre o tema, que serão respondidas ao vivo.
COMO MOBILIZAR A POPULAÇÃO NA GESTÃO DE RISCO?
Olá, Felipe! A dica fica tanto pro gestor municipal quanto pra população: procure o líder comunitário da região. Para o gestor municipal, ele será uma ponte, pois pode compreender melhor a situação e como comunicar à população. Ai o município pode usar as cartilhas disponibilizadas pela Defesa Civil para ensinar à população sobre como agir no momento do risco e do desastre.
Prezado Jair, quais são as evidências que indicam que o solo embaixo de uma residência está se movimentando?
Olá, Pedro! Há várias evidências. Procure as cartilhas disponibilizadas pela Defesa Civil no link aqui no portal.
A PESSOAS QUE RESIDEM EM ÁREA DE RISCO AMBIENTAIS E NATURAIS PODEM SER INFORMADAS POR QUAIS MECANISMOS.
Olá, Fernando. É importante que o município crie estratégias para alertar a população. Comunicação e Educação Ambiental são extremamente importantes. Outra maneira é se cadastrando no SMS da Defesa Civil, número 40199. Na mensagem você deve inserir o cep da área a ser informada.
Quais são as técnicas de investigações de rupturas em solo ?
Olá, Fábio! O Dr Jair explicou que depende do contexto. Isso pode ser feito em laboratório para fomentar as medidas de gestão de risco. Mas se estiver no período de chuvas e em situação de risco, não será possível fazer esse tipo de ensaio. Ai também é importante contar com a experiência de profissionais para analisar as características da área.
Dr Jair,
Tudo bem? Fui funcionária do ex-IGG, hoje IG.
Morando em Caraguá, minha preocupação é a Serra que esta sempre ocorrendo deslizamentos! Porque isso?
Obrigada.
Olá, Dinorah! Segundo o Dr Jair, Caraguá tem características que contribuem para isso: relevo, morfologia das encostas, índices pluviométricos e pelos históricos de eventos, ocupação é uma área que sistematicamente apresenta processos de instabilização. Esta é uma característica de regiões de serra.
Quais as ações que o país está atuando em relação ao marco de Sendai?
O município integra o vigidesastre?
Olá, Lorena! Como o Vigidesastres é um programa sob a responsabilidade da Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental, do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, e nós somos do Governo do Estado de São Paulo, não temos atuação nesse programa. Por isso não foi respondido ao vivo. Abraço!
Como o cidadão leigo que reside em encostas pode identificar os sinas de ruptura do solo, mesmo nos dias secos e de pouca chuva?
Sou representante suplente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Praia Grande junto ao Compdec de Praia Grande.
Como podemos contribuir de forma efetiva na gestão dos riscos dos desastres para que sejam efetivamente evitados?
Olá, Daniel! A Defesa Civil pode contar com voluntários, que é uma forma de integrar a população. Nos municípios onde não há defesa civil, o mais adequado é procurar os gestores municipais. A população é extremamente importante no apoio à gestão de risco, pois observam os eventos ocorrendo.
Boa tarde. Como a população pode se preparar no seu município para futuras ocorrências com relação aos desastres naturais? E como a Defesa Civil pode ser acionada para ajudar ao município financeiramente e materialmente?
Olá, Margarete! O município deve estar em situação de emergência e calamidade. Com o convênio com a Defesa Civil formado, é possível financiar obras estruturais (como uma ponte, drenagem etc.)
Dr Jair SEMPRE NA VANGUARDA
Olá, Fernando! Dr Jair ficou feliz com a lembrança. Obrigada!
Olá Dr. Jair Santoro, um forte ABRAÇO da equipe da Defesa civil de Guarujá, com sua experiencia gostaríamos de saber em que medida o PPDC ainda atende como ferramenta de prevenção aos acidentes geológicos durante o periodo de chuvas.
O Plano Preventivo de Defesa Civil completou 30 anos, mas ele ainda cumpre sua missão. Certamente precisa de ajustes, mas muita coisa já foi atualizada para melhorar a aquisição da informação e para que as ações sejam tomadas com tempo suficiente. Além disso, no ele foi originalmente criado para apenas quatro municípios do litoral, mas sua adesão aumentou muito: hoje já são mais de 170 municípios.
Gostaria de lembrar que várias informações do IG e do IPT estão disponíveis no DataGEO. Do IPT são 365 (no momento) mapeamentos de suscetibilidade para vários municípios.
Obrigada pela contribuição, Ana!
Dr Jair , de que maneira o SR. entende a contribuição das Pcd´s pluviométricas? Na operação do ppdc nos últimos 2 anos, muitas das Pcd´s, estão localizadas fora de áreas de risco geológico. A pré-setorização das áreas de risco e inclusão apenas destas pcd´s seriam um caminho para facilitar a operação e não tornar as informações redundantes?
Olá, Carlos! Dr Jair esclareceu que os PDCs (que são os leitores pluviométricos automáticos) não precisam estar em todas as áreas de risco, já que eles têm uma área de abrangência que podem alcançar outras áreas de risco próximas. É interessante que eles sejam automáticos, mas ainda assim precisam de manutenção. Ou seja, mesmo com a presença deles, é importante não se descartar os pluviômetros manuais.
Município VerdeAzul presente no bate papo!
Boa lembrança, Vanderson! Município que tem a Coordenadoria de Defesa Civil pontua no PMVA!
Boa tarde Dr. Jair. Defesa Civil de Guarujá…
A partir de uma compilação de dados comparando anos anteriores (2005 até o presente) o grande volume de chuva nos dias atuais está em um período de 24 horas em apenas 1 ou 2 horas de precipitação, possivelmente, isto se dá devido aos fenômenos climáticos. Sendo assim, em relação ao PPDC (Plano Preventivo de Defesa Civil) visando a inovação, existe algum projeto e/ou pesquisa em andamento que vise a análise destes acumulados para prevenir possíveis ocorrências de escorregamento?
Olá Dr. Jair, a atualização do CCM ( coeficiente de ciclo móvel) seria uma medida importante, visto que os dados são anteriores a 1988?
MUITO BOM PARABÉNS RAQUEL
Poderiam por gentileza disponibilizar os links referidos no final do video
Olá, Luiz! Os materiais estão nos links abaixo dos vídeos.
Olá, como estão todos? Sobre as cartilhas e outros materiais. Existe algum modo de serem disponibilizados, de modo físico, para os gestores municipais? A ideia é serem alocados nos Centros/espaços de educação ambiental ou ainda distribuídos para as associações de bairro, escolas, igrejas e outros grupos de interesse.
Prezada Sra. Tainah,
Como vai?
Algumas publicações sobre desastres naturais podem ser consultadas e baixadas no Portal de Educação Ambiental:
https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/?s=desastres+&prateleira_ambiental=prateleira_ambiental
Também no site da Defesa Civil de São Paulo:
https://www.defesacivil.sp.gov.br/manuais-e-cartilhas-2/
Sugiro que a senhora entre em contato com a Defesa Civil de São Paulo para saber a respeito da disponiblidade de publicações impressas para distribuição.
Site: https://www.defesacivil.sp.gov.br/
Ouvidoria: https://www.ouvidoria.sp.gov.br/Portal/Default.aspx
Atenciosamente,