No dia 1º de novembro, comemora-se o Dia Nacional da Espeleologia, a ciência dedicada ao estudo das cavernas. A data se remete à fundação da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), que ocorreu, em 1969.  A celebração tem como principal objetivo salientar a importância da ciência que estuda as cavidades naturais subterrâneas e suas espécies. A data também pretende homenagear os profissionais espeleólogos.

A espeleologia estuda a formação geológica das cavernas, suas características, o meio ambiente onde estão inseridas, os meios de preservação e as formas de vida que as habitam. Utiliza conhecimentos de outras áreas, como, por exemplo, Geologia, Geografia, Biologia, Ecologia, entre outras.

Devido às condições climáticas no interior das cavernas e à dificuldade de se acessar seu interior, as cavernas se constituem como ambientes protegidos, muitas vezes abrigando espécies endêmicas. Por isso, muitas vezes, cientistas de outras áreas trabalham em conjunto com os espeleólogos.

E, por proteger seu interior dos efeitos externos, as cavernas também são locais com condições propícias para a preservação de restos arqueológicos. As cavernas da Serra da Capivara, no Piauí, e do Vale do Peruaçu, em Minas Gerais, contêm os registros mais antigos de ameríndios, no Brasil. Foi numa gruta de São Leopoldo, em Minas Gerais, que foi encontrado o fóssil mais antigo do Brasil, a Luzia, que tem cerca de 12.500 anos e hoje encontra-se no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.

Além de oferecerem informações científicas, as cavernas também podem ser dedicadas ao turismo ecológico. A visitação de cavernas é uma atividade que pode gerar renda para a população local e se transformar num incentivo para a sua conservação.

Atualmente, o Brasil tem mais de 22.000 cavidades naturais identificadas, mas estima-se que esta quantidade seja muito maior. Minas Gerais concentra o maior número, com mais de 10.485 cavernas, embora uma quantidade pequena seja aberta ao público. Já, São Paulo tem cerca de 4 % das cavernas do país, sendo mais da metade localizadas no município de Iporanga. Lá, está o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) com uma área de 35 mil hectares, onde é possível visitar as cavernas Santana, Morro Preto, Couto, Água Suja, Cafezal, Ouro Grosso e Alambari de Baixo. Na mesma região, em Eldorado, encontra-se a famosa Caverna do Diabo, totalmente adaptada ao turismo.

Saiba mais: No dia da Espeleologia, visite Parques Estaduais e conheça suas cavernas. Disponível em: https://fflorestal.sp.gov.br/2014/10/no-dia-da-espeleologia-visite-parques-estaduais-e-conheca-suas-cavernas/

Apesar do grande interesse científico e das possibilidades de uso sustentável das cavernas, nem todas são catalogadas. Os recursos financeiros para a pesquisa são limitados e a legislação de proteção às cavernas ainda tem lacunas. Como muitas estão em propriedades particulares, elas correm o risco de desaparecerem, e todo o potencial de pesquisa e ecoturismo que elas guardam pode nunca ser explorado.

 

Para conhecer mais sobre as práticas sustentáveis de turismo, veja o “Caderno de Educação Ambiental 5 – Ecoturismo”. https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/prateleira-ambiental/caderno-5-ecoturismo-2a-edicao/

 

E você, já visitou uma caverna? E como será sua celebrAÇÃO nessa data? Conte pra gente!