02/02/2022

Desde 1997, comemoramos o Dia Mundial das Áreas Úmidas (World Wetlands Day) no dia 02 de fevereiro. A data é uma homenagem à primeira Convenção Ramsar, realizada na cidade iraniana de Ramsar em 1971, que visava incentivar a gestão racional e sustentável das zonas úmidas. Atualmente, a comemoração tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para o valor ambiental, social e cultural das áreas úmidas, a necessidade de sua proteção e os benefícios que elas proporcionam.  

Zonas ou áreas úmidas são ecossistemas na interface entre ambientes terrestres e aquáticos, como pântanos, charcos e turfas, ou superfícies cobertas de água. Elas podem ser naturais ou artificiais, permanentes ou temporárias, contendo água parada ou corrente, doce, salobra ou salgada.  

Elas são vitais para os seres humanos, para outros ecossistemas e para o nosso clima, pois fornecem serviços ambientais como o controle de inundações, a purificação da água, além de absorver dióxido de carbono. Elas chegam a absorver e estocar 50 vezes mais carbono da atmosfera do que as florestas tropicais, o que significa uma grande contribuição para retardar o aquecimento global e a reduzir a poluição.  

Embora cubram apenas cerca de 6% da superfície terrestre, 40% de todas as espécies de plantas e animais vivem ou se reproduzem em áreas úmidas. Segundo o Relatório Ramsar 2018, as áreas úmidas fornecem água e alimento para mais de 1 bilhão de pessoas no mundo. Por isso, a biodiversidade das áreas úmidas é importante para a nossa saúde, nosso suprimento de alimentos, e também para a geração de empregos, além do turismo.  

O Brasil possui parte da maior área alagável continental do mundo, o Pantanal, que também está no Paraguai. Mais de um milhão de pessoas dependem do Pantanal para sobreviver, seja pela pesca, pecuária, turismo, agricultura e serviços em geral.  

Em São Paulo, a Área de Proteção Ambiental (APA) Cananéia-Iguape-Peruíbe é uma área úmida representativa da Mata Atlântica. Possui manguezais, estuários, rios, canais lagunares, planícies costeiras, cachoeiras e ilhas marinhas e costeiras, matas de restinga, dunas e o mais extenso e conservado trecho de Mata Atlântica do país. Este mosaico de paisagens pantanosas de grande diversidade natural e notável beleza cênica hospeda espécies ameaçadas e endêmicas, como o mico-leão-de-cara-preta criticamente ameaçado de extinção, entre outros.  

Apesar de toda a importância para o meio ambiente e para a humanidade, as áreas úmidas estão desaparecendo três vezes mais rápido que as florestas devido ao aquecimento global. Agricultura, exploração madeireira, pesca e poluição também são grandes ameaças. Para proteger as áreas úmidas, as ações de pesquisa, conservação e educação ambiental são extremamente importantes.  

Em São Paulo, o Programa Nascentes, que tem como maior objetivo ampliar a escala da restauração ecológica no estado, priorizando a conservação dos recursos hídricos e a proteção da biodiversidade, é uma maneira de incentivar a conservação das áreas úmidas.  

Para saber mais sobre a recuperação de nascentes, acesse o Caderno da Mata Ciliar 1 – Preservação e recuperação das nascentes de água e de vida 

Você conhece a Estação Experimental Chauás? É uma boa opção para conhecer de perto esse ecossistema, no município de Iguape! 

Compartilhe sua experiência e conte como será sua celebrAÇÃO nesta data! 

 

Texto: Sandra Aparecida de Oliveira- CEA/SIMA
Edição: Rachel Azzari- CEA/SIMA
Arte: Cibele Aguirre – CEA/SIMA

 

Uma Resposta para “02 de fevereiro – Dia Mundial das Áreas Úmidas”

  1. Josenaldo Oliveira de Novaes disse:

    temos que preservar às nascentes às mantas e sempre u meio ambiente para que podemos viver melhor e sir alimentar melhor está é minha visão

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