
28/02/2025
Em 28 de fevereiro, celebramos o Dia do Mico-Leão-Preto, primata símbolo da conservação da fauna, no Estado de São Paulo, e considerado Patrimônio Ambiental do Estado, de acordo com o Decreto 60.519, de 05 de junho, de 2014, que também cria a Comissão Permanente de Proteção dos Primatas Paulistas – Pró-Primatas Paulistas. A Comissão Pró-Primatas Paulistas foi criada para promover o respeito, o conhecimento científico, a conservação, a recuperação dessas espécies em seu habitat natural e a educação ambiental; e une governo, comunidade científica e sociedade civil para concretizar medidas de sua proteção.

Foto: Flávio Augusto Torres
O mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) é uma das quatro espécies de micos-leões. Os micos-leões-pretos medem cerca de 30 cm de corpo e 40 cm de cauda e pesam, em média, 600 gramas. Os machos adultos, as fêmeas e os jovens apresentam a mesma pelagem predominantemente preta, com exceção das coxas e da base da cauda, que apresentam cor vermelho alaranjada. Na região da cabeça, possuem uma juba que cobre as orelhas. Eles se alimentam de frutos e insetos e dormem em buracos nas árvores. Costumam formar grupos familiares. O mico-leão-preto é típico da Mata Atlântica do estado de São Paulo. Ele é o único primata endêmico do estado de São Paulo, ou seja, é uma espécie animal que ocorre apenas no estado de São Paulo e está restrito a essa área. Ele já foi considerado extinto na natureza, até ser redescoberto no ano de 1970, no Parque Estadual do Morro do Diabo, extremo oeste do Estado. Porém, ainda se encontra em perigo de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), com uma população estimada em pouco mais de mil indivíduos, distribuídos em fragmentos isolados. A devastação foi o motivo que colocou estes animais nas listas de risco de extinção. O mico-leão-preto está presente nos fragmentos de floresta atlântica do interior, no oeste do Estado.
Os micos-leões-pretos atuam como dispersores de sementes e por isso contribuem para a regeneração da floresta onde vivem, ou seja, a conservação dos micos é fundamental para a manutenção da biodiversidade nas florestas.
E você, já viu um Mico-Leão-Preto? Comente o que pode ser feito par a conservação desse tesouro da fauna paulista!
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Texto: Denise Scabin – CEA/SEMIL
Fotos: Flávio Augusto Torres e Giannina Clerici
Gestão de conteúdo, planejamento e arte: Cibele Aguirre – CEA/ SEMIL
Referências
ALESP. DECRETO Nº 60.519, DE 05 DE JUNHO DE 2014. Declara o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) como Patrimônio Ambiental do Estado, cria a Comissão Permanente de Proteção dos Primatas Paulistas – Pró-Primatas Paulistas e dá providências correlatas. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2014/decreto-60519-05.06.2014.html#:~:text=Declara%20o%20mico%2Dle%C3%A3o%2Dpreto,Paulistas%20e%20d%C3%A1%20provid%C3%AAncias%20correlatas
FUNDAÇÃO FLORESTAL. Fundação Florestal prepara agenda de celebrações em homenagem ao Dia do Mico-Leão-Preto. Disponível em: https://fflorestal.sp.gov.br/2023/02/fundacao-florestal-prepara-agenda-de-celebracoes-em-homenagem-ao-dia-do-mico-leao-preto/
JORNAL DA UNESP. No rastro do mico-leão-preto. Disponível em: https://jornal.unesp.br/2023/04/12/no-rastro-do-leao-preto/
SÃO PAULO. Dia do Mico-Leão-Preto: fêmea de espécie ameaçada de extinção aguarda dois filhotes. Disponível em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/dia-do-mico-leao-preto-femea-de-especie-ameacada-de-extincao-aguarda-dois-filhotes/
SEMIL. Comissão Pró-Primatas. Disponível em: https://semil.sp.gov.br/sma/proprimatas/#:~:text=A%20Comiss%C3%A3o%20Permanente%20de%20Prote%C3%A7%C3%A3o,natural%20e%20a%20educa%C3%A7%C3%A3o%20ambiental.
A importãncia de defesa aos animais mistos selvagens e metrópoles onde se perdem em busca de alimentos, . sp, – riscos em captura-los e conviver no lar doméstico. 2025
Prezada Eliana,
Bom dia.
Realmente é muito grave quando animais silvestres adentram os centros urbanos em busca de alimentos, pois podem acontecer acidentes com esses animais e até com as pessoas e animais domésticos, como casos de mordeduras ou arranhões. Por isso, é fundamental a existência de Unidades de Conservação da Natureza, que são áreas protegidas e, também, a existência de corredores ecológicos ou passagens de fauna nas estradas, para evitar acidentes nas rodovias com animais silvestres. É importante também que as pessoas saibam que não se deve alimentar animais silvestres nos parques e Unidades de Conservação, pois alimentação humana não é adequada para eles e isso pode ocasionar diversos problemas de saúde, além de deixar os animais silvestres vulneráveis a pessoas mal intencionadas, porque acabam se acostumando a pegar comida das pessoas ou até restos de alimentos deixados de forma inadequada.
A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação.