Em 04 de abril, é celebrado o Dia Mundial do Rato. A data não oficial foi criada, em 2002, por um grupo de e-mails (ainda se fazia isso naquela época!) de amantes de ratos, com o intuito de acabar com o preconceito e valorizá-los como animais de estimação. Mas, nós podemos pensar também sobre a relação entre os ratos e o meio ambiente.

Assim como todos os outros animais do mundo, os ratos são importantes para o equilíbrio ecológico. Na natureza, vivem nas matas, brejos, margens de rios. São parte da cadeia alimentar, pois são presas de aves, como falcões, águias e corujas, além de cobras e outros animais.

Algumas espécies adaptaram-se e vivem próximo aos seres humanos, a despeito de nossa vontade, pois ali encontram facilmente alimento, água e esconderijo. Por viverem próximos ao homem, sem, no entanto, serem domésticos, esses animais são chamados sinantrópicos, assim como os pombos, mosquitos e abelhas. Na verdade, essa adaptação acontece, pois seus ambientes naturais foram prejudicados pelo próprio homem.

Nas áreas rurais, eles podem aproveitar-se dos estoques de alimentos produzidos, como cereais e legumes. Dados do Ministério da Saúde, de 2002, apontam que as perdas no setor hortifrutigranjeiro, devido aos roedores, podem chegar a 70%. Já, nos ambientes urbanos, eles podem invadir as casas e se alimentar principalmente de lixo doméstico, sendo capazes de consumir produtos de origem animal e vegetal. Eles também devoram papelão, tecidos, madeira e outros materiais que não consideramos comestíveis.

Nas cidades, com poucos predadores, os ratos podem tornar-se uma praga, gerando incômodo e riscos à saúde pública. Isso porque eles podem transmitir diversas doenças para seres humanos e animais domésticos, direta ou indiretamente, como leptospirose, infecção por mordedura, salmonelose e peste bubônica. Por isso, é extremamente importante tomar algumas atitudes para evitar a infestação de ratos: 

– Armazene seu lixo em sacos apropriados, em lixeiras limpas e tampadas.

– Não deixe o lixo diretamente em contato com o solo;

– Não jogue lixo em terrenos baldios;

– Mantenha alimentos guardados em recipientes fechados;

– Inspecione e limpe periodicamente caixas de papelão, caixotes, armários e gavetas;

– Evite o acúmulo de entulho ou outros materiais;

– Mantenha garagem e quintal limpos.

– Mantenha as instalações de animais domésticos limpas e não deixe sua alimentação exposta em locais onde ratos possam ter acesso, especialmente do lado de fora de casa, à noite;

– Coloque telas em ralos, de modo a impedir a entrada desses animais em casa pelo encanamento.

Mas, como o dia de celebração é deles, também podemos contribuir para evitar a degradação de seus ambientes naturais, garantindo seu ciclo natural de vida e o equilíbrio ambiental.

Caso queira ter um roedor de estimação, procure criadores autorizados.

 

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Veja também o que já foi publicado sobre esse assunto no Portal de Educação Ambiental

Para conhecer mais sobre ratos e outros representantes da fauna que vivem nas cidades, acesse os livros: Prateleira Ambiental – Caderno de Educação Ambiental- Fauna Urbana Volume 1 – https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/prateleira-ambiental/caderno-17-fauna-urbana-vol-1/ Prateleira Ambiental – Caderno de Educação Ambiental- Fauna Urbana Volume  2 – https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/prateleira-ambiental/caderno-17-fauna-urbana-vol-2/ Prateleira Ambiental – Para saber mais sobre o tema e conhecer as espécies silvestres do Brasil, acesse o “Manual de Controle de Roedores”, publicado pelo Ministério da Saúde: https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/prateleira-ambiental/manual-de-controle-de-roedores/

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Revisão de Texto: Denise Scabin – DEA/ SEMIL
Gestão de conteúdo, planejamento e arte: Cibele Aguirre – DEA/ SEMIL