Mananciais são as fontes, nascentes, minas de água. De forma mais ampla, é um termo que pode ser utilizado para se referir a todo corpo de água doce, superficial, como um rio, um riacho, um córrego, um lago, uma nascente, um açude, e até reservatórios e represas construídos pelo homem; ou subterrâneo, como as águas de um aquífero, do lençol freático e do lençol artesiano e de um poço, que são utilizados para o abastecimento humano, para o consumo animal e o desenvolvimento de atividades econômicas, como agricultura, indústria, mineração etc. As áreas de mananciais devem ter atenção específica, considerando aspectos legais e gerenciais.

Saiba mais:
Mananciais: https://semil.sp.gov.br/sma/portalmananciais/

O aumento da demanda por água, devido ao crescimento populacional e à ampliação dos níveis de consumo per capita, aumentam a pressão sobre os mananciais de abastecimento. A degradação das áreas de mananciais podem ser provocadas por: poluição e contaminação das águas, provocada pelas atividades humanas, que despejam efluentes nos mananciais; o consumo excessivo de água, desencadeado pelo grande crescimento populacional e o alto grau de desperdício de água; a ocupação desordenada do solo, em especial de áreas vulneráveis, como as Áreas de Preservação Permanente; práticas inadequadas de uso do solo e da água na agricultura e na mineração; carência  de infraestrutura de saneamento básico, como precariedade nos sistemas de esgotamento sanitário, no manejo de águas pluviais e resíduos sólidos; superexploração dos recursos hídricos; remoção da cobertura vegetal (matas ciliares); erosão e assoreamento de rios, lagos e córregos; e atividades industriais e de mineração, que descumprem a legislação ambiental.

Todos esses fatores podem provocar a baixa qualidade da água distribuída e expor a população a doenças de veiculação hídrica.
A carência de água, em quantidade e qualidade suficientes, é um dos principais fatores que podem reduzir o desenvolvimento das cidades. Para que seja possível manter de forma sustentável os recursos hídricos, é necessário o desenvolvimento de políticas e instrumentos gerenciais de proteção, planejamento e uso, adequando o planejamento urbano, à vocação natural do sistema hídrico. Portanto, as bacias que possuem mananciais de abastecimento devem receber tratamento especial e diferenciado, pois a qualidade da água bruta depende diretamente da forma como os demais trechos da bacia são manejados.
Para a proteção dos mananciais, é fundamental trabalhar na formulação de ações que tenham como objetivo a diminuição dos impactos sobre os mananciais de abastecimento, com foco nas áreas densamente urbanizadas; promover a articulação institucional e legal entre a União, os estados e municípios na gestão das águas; e aprimorar a gestão ambiental urbana, com a capacitação de gestores públicos nessa área.

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Texto: Denise Scabin –  DEA/SEMIL
Gestão de conteúdo, planejamento e arte: Cibele Aguirre – DEA/ SEMIL