O atropelamento de fauna silvestre é um problema recorrente no Brasil e no mundo. A diminuição das áreas naturais, pelos diversos motivos, acarreta em mudanças no habitat e no uso do espaço pelos animais.

Para minimizar os danos e a perda da biodiversidade, existem alternativas cada vez mais discutidas e implementadas pelo mundo.

No dia 24/04 no Participe!, discutimos a problemática do atropelamento de fauna silvestre e seus desdobramentos no âmbito do Estado de São Paulo, no qual contamos com a participação de Arnaud Desbiez do Instituto de Conservação de Animais Silvestres – ICAS, de Carine F. Carvalho-Roel da Universidade Federal de Uberlândia – UFU/ Programa de Conservação Mamíferos do Cerrado – PCMC, Cauê Monticelli da Coordenadoria de Fauna Silvestre CFS/SEMIL, Robis Nassaro, que é coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo e ex-integrante da PM Ambiental Paulista e Vanessa Suzana C. Fonseca da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB. Para mediar esse bate-papo ambiental Bruno Aranda da Coordenadoria de Fauna Silvestre – CFS/SEMIL.

 

Sobre quem participa:

 

Arnaud Desbiez –Zoólogo e Doutor em Manejo da Biodiversidade pelo Instituto de Conservação e Ecologia de Durrell (DICE), Universidade de Kent, UK.
Atua nas áreas de Biologia da Conservação, pesquisa e ecologia de espécies e uso de recursos naturais. Trabalhou e morou em Belize, Argentina, Bolívia, Nepal e agora está no Brasil há 20 anos. Em 2002 passou a viver e trabalhar no Mato Grosso do Sul, onde fundou a ONG ICAS para dar suporte administrativo aos dois projetos que coordena: Programa de Conservação do tatu-canastra e Projeto Bandeiras e Rodovias. Seu trabalho foi apresentado na National Geographic, BBC Nature e na PBS (Public Broadcasting Service). Arnaud é reconhecido como um grande nome da conservação mundial, tendo sido agraciado com o Whitley Award em 2015, um prêmio que é considerado o Oscar da Conservação!

Bruno H. Aranda – Bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pela UMESP, com especialização em Educação para Conservação pela FPZSP e mestre em Conservação da Fauna pela UFSCar. Atualmente, atua como Assessor Técnico IV na Coordenadoria de Fauna Silvestre do estado de São Paulo.

Carine Firmino Carvalho Roel – Pós-doutoranda no programa de Pós-graduação em Ecologia, Conservação e Biodiversidade da Universidade Federal de Uberlândia, com formação acadêmica completa na mesma instituição, incluindo graduação, mestrado e doutorado, com período sanduíche realizado na Espanha. Professora na referida instituição. Trabalha com Ecologia de Estradas, com ênfase em estudos sobre atropelamentos, ecologia de paisagem e viabilidade populacional. Além disso, realiza pesquisa na área de ecologia e conservação de mamíferos do Cerrado. É colaboradora na página Pegada Mamífera.

Cauê Monticelli – Biólogo com pós graduação em conservação da fauna, atua nas áreas de gestão, políticas públicas, pesquisa, manejo e conservação de fauna ex situ, in situ e integrada. Atualmente é consultor genealógico para espécies ameaçadas de extinção dentro de programas de manejo populacional, docente do Programa de Pós-graduação em Conservação da Fauna da Universidade Federal de São Carlos e Diretor Técnico do Departamento de Conservação e Pesquisas Aplicadas da Coordenadoria de Fauna Silvestre da Semil-SP.

Robis Nassaro – É coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo, tendo exercido funções na Polícia Militar Ambiental por 24 anos, especialmente em áreas relacionadas à construção de normas internas de fiscalização, interpretação de normas ambientais e elaboração de manuais técnicos.
Além da carreira que lhe permitiu conhecer profundamente o sistema nacional e paulista de meio ambiente, desempenhou diversas outras funções ao longo dos 32 anos na Polícia Militar como: i) Conselheiro do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA ii) Conselheiro do Conselho Estadual do Meio Ambiente do Estado de São Paulo – CONSEMA; iii) Conselheiro do Conselho Superior de Meio Ambiente – COSEMA da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo; iv) Membro Colaborador da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo; v) Membro Integrante das Bancas de Análises de Projetos para os Prêmios de Reuso de Água e Mérito Ambiental da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
Em relação à formação acadêmica, Robis Nassaro é graduado, mestre e doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública; É Graduado em Direito e Pós-Graduado em Direito Público e Privado; É Pós-Graduado em Gestão Pública – Curso Avançado em Gestão Pública – no Insper; É especialista em Polícia Comunitária em curso realizado no Japão; É especialista em Direito Penal Ambiental pela Escola Superior da Magistratura do Estado de São Paulo

Vanessa Suzana Cavaglieri – Engenheira Florestal formada pela ESALQ/USP, MBA em Gestão e Tecnologias Ambientais pelo Programa de Educação Continuada (PECE) da Escola Politécnica da USP em 2014. Desde 2011 atua na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB com licenciamento ambiental de empreendimentos rodoviários, principalmente nos impactos referentes ao meio biótico: fauna e flora. Realiza o acompanhamento da implantação e operação de obras rodoviárias no estado de São Paulo, com foco nas questões referentes aos impactos e às medidas mitigadoras sobre a vegetação e a fauna.

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Materiais mencionados no nosso bate-papo ambiental:

 

Diga o que quer saber sobre o assunto! Participe!

 

 

 

 

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35 Respostas para “Participe! Atropelamento de Fauna Silvestre”

  1. Gisele Lauton Tarô disse:

    Para sairmos da condição de um ser que apenas está “parasitando” o planeta e matando a fauna e a flora, precisamos começar a perceber o quanto já invadimos o habitat Silvestre e, pelo menos, evitar estas mortes da fauna por atropelamento! É o mínimo!!!

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Boa tarde, Gisele!
      Com certeza precisamos unir esforços em busca de soluções, tecnologias e políticas públicas para proteção da fauna silvestre nas rodovias.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação.

  2. Marcelo Coelho Lopes disse:

    Gostaria de saber sobre os EIA das rodovias que são duplicadas e onde se levanta um muro entre as pistas, às vezes por dezenas de quilômetros, impedindo completamente a passagem de pequenos e médios animais. Por não se faz pequenas passagens nesses muros a distâncias variadas, mas principalmente nas baixadas? Também sobre a construção de passagens elevadas onde seja possível, e noutros casos, sob as pistas.

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA / SEMIL disse:

      Prezado Marcelo,
      Bom dia.
      Essa tema foi abordado no slide sobre divisão de pistas na palestra. Quando o projeto é analisado, busca-se em primeiro lugar mudar a divisão de pistas para canteiro central ou defensa metálica, que tem uma abertura embaixo da defensa. No caso de não ser possível, é solicitado que no plano de ataque das obras primeiro sejam implantadas as medidas mitigadoras de fauna e por último a divisão das pistas.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação.

  3. Gustavo Henrique Silva disse:

    Gostaria de saber sobre alguns fatores segundários que influênciam no atropelamento de fauna que são os efeitos de borda caracterizado pela fragmentação do habitat e os disturbios que os estimulos lumisos e soronos podem causar nas espécies.

    Além disso qual a porcentagem das classes mais acometidas por atropelamentos e quais os meios para mitigar os atropelamentos que temos hoje, desde sinalização à zoopassagens e se existe outros métodos.

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA / SEMIL disse:

      Prezado Gustavo,
      Bom dia.
      Complementando a questão: como os animais mais visiveis quando atropelados são os de médio e grande porte, nos dados informados pelos operadores rodoviários do estado de São Paulo o grupo mais vitimado é dos mamíferos. Sobre medidas para mitigação de atropelamentos, foram apresentadas na palestra. Em relação aos efeitos luminosos e sonoros sobre a fauna são temas que ainda demandam a realização de mais estudos.
      O Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação.

    2. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA / SEMIL disse:

      Prezado Gustavo Henrique,
      Bom dia.
      Como os animais mais visiveis quando atropelados são os de médio e grande porte, nos dados informados pelos operadores rodoviários do estado de São Paulo, o grupo mais vitimado é dos mamíferos. Sobre medidas para mitigação de atropelamentos foram apresentadas na palestra. Em relação aos efeitos luminosos e sonoros sobre a fauna, são temas que ainda demandam a realização de mais estudos.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação.

  4. Jaques Lamac disse:

    Nos licenciamentos ambientais e suas renovações bem como nas concessões para exploração de vias, estradas, e suas prorrogações deveria ser exigida a construção de várias passgens subterrâneas e aéreas para animais, conforme estudo também obrigatório a ser conduzido em prazo exíguo pelo empreendedor. Essa exigência poderia ser declarada pelo órgão federal DNIT e pela Cetesb, entre outros, em portarias específicas.

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA / SEMIL disse:

      Prezado Jaques,
      Bom dia.
      Os licenciamentos de empreendimentos rodoviários no estado de SP exigem medidas mitigadoras para o atropelamento de fauna. O tipo das medidas solicitadas varia conforme o tipo e localização do empreendimento, bem como do diagnóstico da fauna atropelada e existente na paisagem.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação.

  5. André disse:

    Boa tarde! Estou gestor do Parque Estadual de Porto Ferreira. Temos com uns dos limites da Unidade uma rodovia por cerca de 4,5 quilômetros.
    Muito difícil para gente na conservação da natureza vivenciar os atropelamentos da fauna, animais ameaçados e riscos para os condutores.
    Precisamos fazer muito e ainda com decisões e principalmente ações reduzidas pela importância de medidas urgentes….
    Agradecemos pela abordagem do tema e temos que melhorar por aqui e em toda as malhas rodoviárias o respeito com a natureza, principalmente por parte dos responsáveis das rodovias….

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Prezado André,
      Boa tarde.
      Com certeza, temos muito o que aprender e aprimorar, e principalmente unir esforços em busca de soluções e políticas públicas em defesa da proteção da fauna silvestre nas nossas rodovias.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação e contribuição.

  6. Erika BICALHO BUCHIGNANI disse:

    Boa tarde! Bióloga da Secretaria de Meio Ambiente de Garça.

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Boa tarde, Erika!
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação.

  7. Silvana Davino disse:

    Olá, sou a Silvana Davino, sou da Área de soltura monitorada Cambaquara, Ilhabela, SP

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Boa tarde, Silvana!
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação.

  8. Ana Elizabeth Iannini Custódio disse:

    Boa tarde

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Boa tarde, Ana Elizabeth!
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação.

  9. Ana Lucia carvalho Theodoro disse:

    Boa tarde, Ana Lúcia Dep. Meio Ambiente de Conchal

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Boa tarde, Ana Lucia!
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação.

  10. Silvana Davino disse:

    Olá, gostaria de saber pq na duplicação da Tamoios que havia como exigência uma criação de um Cetras em Jambeiro não foi feito? O litoral norte não tem nenhum empreendimento de fauna para receber e reabilitar animais silvestres. Cidades ricas com o benefício do pré-sal. Tb não foi feito um cetas/cetras em Caraguá que era outra exigência da Cetesb para os contornos sul/norte da Tamoios.
    A pergunta seria tb, como apesar de ter a exigência, as concessionárias não cumprem.
    Obrigada! Litoral norte pede socorro pela fauna silvestre, além dos atropelamentos da Rio-Santos.

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA / SEMIL disse:

      Prezada Silvana,
      Bom dia.
      Todos os empreendimentos rodoviários em licenciamento e em operação são obrigados a manter parcerias para destinação dos animais silvestres feridos, além de durante as obras contarem com equipe composta por biólogos e médicos veterinários para prestar os primeiros socorros para os animais resgatados.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação.

  11. Flávio Kazunori Takai disse:

    Boa tarde! FlavioKazunori Takai, Secretaria de Meio Ambiente de Ouroeste/SP

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Boa tarde, Flávio!

      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação.

  12. Tatiana Nascimento Costa disse:

    Boa tarde

    Secretaria Municipal de Meio Ambiente município de Fernão – SP

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Boa tarde, Tatiana.

      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação.

  13. Sonia Aparecida de Souza Evangelista disse:

    Boa tarde,
    Sou Pesquisadora do Parque Estadual de Porto Ferreira.
    Os gestores e pesquisadores precisam ser ouvidos pelas concessionárias, quando da elaboração dos Planos de Mitigação….

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Prezada Sonia Aparecida,
      Boa tarde.
      Com certeza todos os especialistas e áreas envolvidas com a questão devem ser consultados e envolvidos na construção de políticas públicas e soluções para proteção da fauna silvestre nas rodovias.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação.

  14. Camila Valente Furquim Vicente disse:

    No ano de 2017, como viajava muito na região noroeste do estado de são paulo, contribui com fotos e informações para o Infográfico Urubu que é um sistema com um aplicativo (Urubu Mobile) para registro de animais atropelados em rodovias com a finalidade de Diagnóstico Nacional de Acidentes com Atropelamento de Animais. Esta oportunidade de observação foi importante para auxiliar na confecção do Inventário de Fauna do meu município.

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Prezada Camila,
      Boa tarde!
      Realmente muito interessante e importante essa iniciativa!
      É uma ideia que pode ser replicada.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação.

  15. Sonia Aparecida de Souza Evangelista disse:

    A redução de velocidade em áreas proximas à unidades de conservação, APPs e demais áreas protegidas é essencial à conservação da fauna silvestre

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA / SEMIL disse:

      Prezada Sonia Aparecida,
      Bom dia.
      A redução da velocidade é uma das possíveis medidas mitigadoras para redução do atropelamento de fauna e aplicada conforme o caso.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação.

  16. Matteus Campos Rocha disse:

    Boa tarde! Biólogo Matteus Campos Rocha, Econatur Consultoria Socioambiental, Piracicaba/SP

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA/SEMIL disse:

      Boa tarde, Matteus.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece sua participação.

  17. João Henrique Barbosa disse:

    Temos uma rodovia municipal em Araraquara que passa por cima de uma barragem com grande risco de acidentes graves, principalmente por conta das capivaras. estamos buscando parceiros para construção de uma passagem subterrânea, mas enquanto isso não ocorre pensamos em reduzir a velocidade do local para 40km/h (hoje 80km/h), contudo o local é a parte mais baixa do relevo e rodovia está inclinada em quase 40%, é permitido esse tipo de intervenção? se sim em qual lei podemos nos apoiar, pois o setor de transito informou que seria impossível.

    1. Denise Scabin - Equipe do Portal de Educação Ambiental - CEA / SEMIL disse:

      Prezado João Henrique,
      Boa tarde.
      Por ser um viário municipal, a prefeitura do município deve ser consultada quanto às legislações existentes.
      A equipe do Portal de Educação Ambiental agradece a sua participação.

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