No dia 25 de março de 2019 transmitimos um bate-papo online e ao vivo sobre o combate ao lixo no mar. O encontro abordou as ações nos âmbitos federal, estadual e municipal, e como ONGs e educadores podem trabalhar com a questão.

Com a moderação de Maria Fernanda Romanelli, da Coordenadoria de Planejamento Ambiental, nosso convidado Prof. Alexander Turra, Professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, falou sobre Planos de Combate ao Lixo no Mar. Já Maria de Lourdes Rocha Freire, coordenadora da Coordenadoria de Educação Ambiental e do Projeto Verão no Clima, contou como foi a atuação do projeto na redução de lixo no mar e os resultados dos mutirões realizados com voluntários nas praias do litoral paulista.

Materiais de referência:

– Vídeo “Um mar de lixo”
– Cartilha Mariana e a batalha contra os super macabros
– Carta Do Litoral Paulista Para O Combate Ao Lixo No Mar
– Formulário de dados sobre lixo nas áreas costeiras paulistas – mutirões

 

50 Respostas para “Participe! Combate ao lixo no mar”

  1. Jorge Henrique da Silva disse:

    Teremos ou já temos? … legislação que exige de quem produz (indústrias) que seus produtos sejam apresentados ao mercado consumidor com o mínimo de embalagens…. sobre a logística reversa das embalagens e produtos a serem descartados pós uso existe uma legislação que responsabilize a indústria e o comerciante sobre a coleta e destinação adequada destes resíduos?

    1. ELIANE APARECIDA TA GEIN disse:

      O Brasil possui promulgou em 02 de agosto de 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, Lei nº 12.305, que foi regulamentada pelo Decreto Nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010.

      Ela define, no Artigo 3º, XVII, a responsabilidade compartilhada pelos resíduos sólidos ao longo do ciclo de vida deles, como: “conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei”, ou seja, todos nós somos responsáveis pelos resíduos gerados, desde o fabricante até o consumidor final, como também o poder público que geralmente o gestor dos resíduos nos municípios.

      Os objetivos da responsabilidade compartilhada são: “I – compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais e os processos de gestão empresarial e mercadológica com os de gestão ambiental, desenvolvendo estratégias sustentáveis; II – promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia produtiva ou para outras cadeias produtivas; III – reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos ambientais; IV – incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade; V – estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis; VI – propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e sustentabilidade; VII – incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental.”

      Um dos instrumentos do princípio da responsabilidade compartilhada é a logística reversa, definida no Artigo 3º, XII, como: “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.

      Ela já e obrigatória, de acordo com o Artigo 33º “aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, independente do serviço de limpeza pública, “a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos” para: I- agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; II – pilhas e baterias; III – pneus; IV – óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V – lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI – produtos eletroeletrônicos e seus componentes”.

      E os consumidores, de acordo com o Artigo 35 “sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e na aplicação do art. 33, são obrigados a: I – acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados; II – disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução.”

      Para os demais resíduos é necessário uma regulamentação, seja por meio de acordos setoriais (entre o Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes); por imposição do poder executivo, como o diploma legal que há em alguns estados e também em algumas cidades, sobre a proibição dos canudinhos plásticos; ou por termos de compromisso (entre o Poder Público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes), estes dois últimos podem ter abrangência nacional, regional, estadual ou municipal.

      Resumindo, a resposta é SIM, o Brasil possui uma Política Nacional que determina os princípios fundamentais para a gestão ambientalmente correta dos resíduos sólidos, entre eles está a responsabilidade compartilhada, que tem como um dos objetivos a reduzir a geração de resíduos sólidos. Um dos seus instrumentos é a logística reversa, obrigatória para alguns tipos de resíduos, portanto todos os atores sociais devem e são obrigados a colaborar para que a geração de resíduos ocorra, os produtores, distribuidores, entre outros devem estruturar e promover a logística reversa de acordo com as exigências legais, os consumidores são obrigados a colaborar.

      Os acordos setoriais e termos de compromissos só ocorrem quando há ocasiões especiais, em que algum fato notório é constatado, como uma descoberta sobre os efeitos nocivos de determinados resíduos à saúde humana ou sob circunstâncias alimentadas pela pressão pública. Do outro lado está a resistência dos atores da cadeia produtiva, já que a lógica do mercado é produzir bem cada vez mais, para que eles sejam consumidos, a seguir descartados e substituídos rapidamente por um modelo mais atual, mais atrativo, somos todos responsáveis pela existência e permanência desta lógica que impacta negativamente o meio ambiente.

      E a nossa responsabilidade como consumidores, pois todos consumimos bens, será que sido cumprida? Recusamos o consumo irracional de produtos descartáveis? Colaborar com a coleta seletiva ou levamos nossos resíduos para cooperativas? Procuramos alternativas para um bem antes de descartá-lo? Destinamos adequadamente os resíduos? Cobramos o poder público uma gestão adequada?

      A questão dos resíduos sólidos ultrapassa a questão legal e necessita da construção de valores ambientais que devem ser incorporados por todos nós, como recusar o excesso, como produtos com embalagens desnecessárias; evitar o desperdício, pois todo resíduo foi um produto cujo processo exigiu o uso de matérias primas, trabalho, energia, reutilizar e por final reciclar os resíduos ao invés de serem encaminhados para disposição adequada.

      Trabalhamos com gestão de resíduos em pequenos, médios e grandes geradores, temos cases em que conseguimos valorizar 99,8% dos resíduos produzidos, significa que deixamos de enviar esses resíduos para aterros sanitários, sendo doados, reutilizados e encaminhados para reciclagem em último caso. Conseguimos esses resultados com um conjunto de ações que foi estabelecido pela vontade inicial do gerador; utilizamos parcerias com ONGs e cooperativas; treinamos equipes de trabalhos, colaboradores, fornecedores; dentro de um planejamento que exige uma expertise acurada em gestão de resíduos.

    2. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Jorge! Obrigada pela sua pergunta! De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, devemos priorizar, na gestão dos resíduos sólidos, a não geração e a redução da geração dos resíduos. Entretanto, uma Lei mais específica sobre o desenvolvimento de um produto com um mínimo de embalagens ainda não existe. A obrigatoriedade de implementação de sistemas de Logística Reversa destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para a destinação ambientalmente adequada, está prevista na PNRS e regulamentações estaduais. Para mais informações, acesse:
      https://cetesb.sp.gov.br/logisticareversa/

  2. Marianna Menato disse:

    Tenho realizado várias atividades em escolas públicas para crianças, jovens e palestras em faculdades sobre o tema. Mas ao falar de separação de resíduos sólidos para a coleta seletivas, raro são os que possuem este plano de gerenciamento resíduos.
    Algumas cidades costeiras, locais de praias com alto giro de turistas, também possuem uma gestão muito ruim de todo lixo produzido pela população. A educação é imprescindível mas ter meios de destino correto dos resíduos sólidos e fármacos, é o mínimo para haver melhorias e evoluirmos na educação. Precisamos melhorar em muitos aspetos básicos ainda, como tratamento de esgoto.
    Obrigada pela oportunidade.
    Marianna do Seu Lixo Meu .

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Mariana! De fato, ainda precisamos avançar em vários aspectos do saneamento para a melhoria da qualidade da saúde ambiental! Obrigada pela sua contribuição!

  3. João Fernando Costa disse:

    Já se tornou um modismo no interior de São Paulo, vereadores aprovarem a “Lei dos Canudinhos”, aonde fica proibido que canudos plásticos circulem na cidade. Obviamente, numa cidade do interior, 500km longe do mar, com coleta de lixo organizada e não turística, o retorno desta lei é bem diferente do das cidades litorâneas, onde a efetividade é muito interessante.
    Minha pergunta é a seguinte, para onde caminhamos? Há uma tendência para o banimento cada vez maior de plásticos (sacolas de supermercado, garrafas PET, embalagens em geral)? Seria interessante que o governo premiasse empresas que apostam em embalagens ecológicas e taxasse empresas cujas embalagens que são resíduos prejudiciais a natureza?

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, João Fernando! Obrigada pela sua pergunta! Existe sim uma tendência de substituição de produtos descartáveis por outros feitos de outras matérias-primas, com maior durabilidade. O Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo já prevê o incentivo à melhoria do desempenho ambiental dos produtos e embalagens (Ecodesign). Veja mais informações em:
      https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/cpla/2017/04/25/plano-de-residuos-solidos-do-estado-de-sao-paulo/

  4. Edson Gomes de Moura disse:

    Como seria o mutirão nas praias da baixada santista, seria somente a âmbito de praia ou mar?

    1. Sandra - Portal de Educação Ambiental disse:

      Olá, Edson! Como a Malu falou no vídeo, os mutirões eram, a princípio, destinados à praia, a retirar o lixo da areia. Mas até pela demanda existente, foi possível realizar parcerias em três praias, usando barcos, e ali também foi retirado lixo do mar.

  5. Bruna Guimarães Acyprestes de Brito disse:

    Estima se que cerca de 80% da poluição marinha e proveniente dos plásticos. Como a reciclagem
    do mesmo ajudaria a reduzir a poluiçao de plásticos no oceano? E hoje tem outra forma melhor que a reciclagem?

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Bruna!
      A reciclagem pode contribuir muito com a redução do plástico que chega no mar. No entanto, precisamos priorizar ações e políticas públicas voltadas à não geração e à redução da geração de resíduos sólidos. Neste caso, destacamos o papel fundamental da Educação Ambiental para o consumo mais consciente.
      Obrigada pela sua participação!

  6. Kate disse:

    que tal uma política para reduzir o lixo na praia?

    1. Sandra - Portal de Educação Ambiental disse:

      Olá, Kate! O Verão no Clima atua basicamente dessa maneira. Tanto na conscientização da população que frequenta as prais, incluindo comerciantes, quanto com articulação com as parcerias. A carta de intenções citada no vídeo e com link aqui na página é o primeiro passo pra uma articulação maior entre todas as prefeituras do litoral paulista.

  7. Gabriela - Santo André disse:

    Fundamental o desenvolvimento de ações para que o lixo não chegue no mar, mas quais são as ações para retirar o lixo que já está lá? Existem?

    1. Equipe do Instituto Oceanográfico - IO/USP disse:

      Olá, Gabriela!
      Existem diferentes escalas de ações para a retirada do (macro)lixo que já se encontra no mar. As ações mais básicas e pontuais, mas não menos importantes, são as próprias atividades de limpeza de praia, costões rochosos, ambientes submersos (com mergulho) etc., organizadas localmente e por diferentes setores. Já em escalas maiores, temos grupos de diferentes países contribuindo para a limpeza (principalmente a superficial) dos oceanos. Podemos citar: atletas, pescadores, ONGs, navios de pesquisa, de forças armadas, iniciativa privada, entre outros. Mas é importante compreender o alto custo dessas ações de larga escala nos oceanos e pensar nos diferentes compartimentos em que já há acúmulo de resíduos sólidos: superfície, coluna d’água e fundo. Deve-se sempre considerar o deslocamento nos oceanos e as grandes despesas atreladas a isso, e também a necessidade de equipamentos potentes para recolher grande quantidade (de materiais flutuantes, como por exemplo, embalagens, garrafas) e peso (cabos e redes de pesca) desses materiais. Há também que se planejar a estratégia das ações uma vez que invariavelmente os organismos marinhos interagem com esse material acumulado. Além disso, a embarcação deve estar preparada com espaço para estocar o material recolhido (considerando volume e peso do material recolhido) e destinação adequada em terra já deve estar preparada para receber essas grandes quantidades de resíduos. Por conta desses fatores, dizemos que, apesar de ser importante limpar, é essencial “fechar a torneira”!
      Uma iniciativa holandesa, a The Ocean Cleanup, prevê a instalação de barreiras superficiais de grandes dimensões, que acumulam os resíduos flutuantes e os acondicionam para serem retirados periodicamente por embarcações. Veja mais informações em: https://www.theoceancleanup.com/
      Obrigada pela sua participação!

  8. VINICIUS B disse:

    O que pode ser falado sobre inovações tecnológicas de baixo custo? Quais são as iniciativas promissoras que podem ser citadas?
    Obrigado!

    1. Equipe do Instituto Oceanográfico - IO/USP disse:

      Olá, Vinicius!
      O combate ao lixo nos mares pode ser beneficiado pelas novas tecnologias que podem ser aplicadas tanto em terra quanto nos mares e oceanos¹. Essas inovações vão desde mudança no design de produtos que favoreçam uma economia circular, passam pela tentativa de desenvolvimento de produtos que sejam realmente biodegradáveis e que sejam economicamente competitivos com os plásticos baseados em petróleo, como o “Full Cycle Bioplastics” ¹ ². Podemos citar também um aplicativo desenvolvido pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOOA), em parceria com a Universidade da Geórgia, ambas instituições dos Estados Unidos ³ ⁴, que permite as pessoas registrarem a ocorrência de lixo flutuante e o que está depositado nas praias. Esses dados são então utilizados na confecção de mapas de áreas que precisam de atenção extra.
      Referências:
      ¹http://internationalmarinedebrisconference.org/index.php/reducing-marine-plastic-pollution-through-innovation/
      ² http://fullcyclebioplastics.com
      ³https://www.theguardian.com/commentisfree/2015/oct/09/ocean-pollution-technology-cleanup-research
      ⁴http://www.marinedebris.engr.uga.edu

      Obrigado pela sua participação!

  9. Danielle disse:

    Bom dia,

    Existe alguma política pública, que envolva resíduos produzidos por condomínio no litoral paulista?

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Danielle!
      O gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos é de titularidade das Prefeituras Municipais. No entanto, os condomínios podem ter suas próprias iniciativas para a coleta seletiva de materiais secos e compostagem do material orgânico, por exemplo.
      Obrigada pela sua participação!

  10. Lara Santana disse:

    A proibição de fabricação e venda de embalagens de uso único é efetiva para combater o lixo no mar? Será que não precisamos de uma mudança de paradigma, no sentido de repensar nosso uso de embalagens?

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Lara!
      A substituição de produtos descartáveis por outros feitos de matérias-primas com maior durabilidade é sim muito importante para o combate ao lixo no mar. Porém, como você muito bem colocou, outras ações também são necessárias, como a melhoria na gestão dos resíduos sólidos no continente, bem como a atuação da Educação Ambiental para o consumo mais consciente.
      Obrigada pela sua participação!

  11. Ana Paula Moraes disse:

    A logística reversa tem a ver com o estímulo negativo (multas) e positivo (incentivos fiscais)? Vocês poderiam explicar um pouco melhor como ela funciona?

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Ana Paula!
      De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a logística reversa é caracterizada “por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada” (Art. 3°, inc. XII). No Estado de São Paulo, foi publicada recentemente uma Decisão de Diretoria da CETESB nº 076/2018/C, de 03 de abril de 2018, que estabelece Procedimento para a incorporação da Logística Reversa no âmbito do licenciamento ambiental, em atendimento a Resolução SMA 45, de 23 de junho de 2015. Para mais informações, acesse: https://cetesb.sp.gov.br/logisticareversa/

  12. Vania Aparecida dos Santos disse:

    Referente ao lixo e ao micro lixo que acabam indo para o mar ao serem varridos e/ou levados para as águas através da lavação das casas e ruas. Não seria o momento de repensarmos nossos sistemas de coleta de esgoto e resíduos, de modo a evitar que os resíduos fiquem expostos nas ruas por horas e até dias dependendo da região e que os esgotos deixem de ser dispersados nos rios, por meio de um sistema a longo prazo de canalização segura dos esgotos para usinas de tratamento mais eficientes?

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Vânia!
      Realmente precisamos ainda avançar em vários aspectos do saneamento para a melhoria da qualidade da saúde ambiental. Contudo, outras ações também são necessárias, como a melhoria na gestão dos resíduos sólidos, bem como a atuação da Educação Ambiental para o consumo e descarte conscientes.
      Obrigada pela sua participação!

  13. MARIA ALICE PENNA FIRME DOS SANTOS disse:

    Há alguma política ou intenção de se procurar banir a produção e o uso de garrafas PET para bebidas e refrigerantes em geral?

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Maria Alice!

      Não existe atualmente uma política específica para o banimento de garrafas PET. No entanto, há uma tendência de substituição de produtos descartáveis, de uso único, por outros feitos de matérias-primas com maior durabilidade.

      Obrigada pela sua participação!

  14. Andrielli Medeiros disse:

    Existe alguma política referente ao lixo internacional?

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Andrielli!
      A Organização das Nações Unidas – ONU, em 2015, deu um importante passo em direção ao combate à degradação dos oceanos. A Agenda 2030 estabeleceu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Dentre eles, o ODS 14 (“Vida na água”) busca a “conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável”. Destaca-se o objetivo 14.1, que visa “até 2025, prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, especialmente a advinda de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos (lixo nos mares) e a poluição por nutrientes”. Veja mais informações em: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
      Obrigada pela sua participação!

  15. Victor Yamamoto do Vale Quaresma disse:

    Bom dia,

    Gostaria de fazer uma pergunta, sou geógrafo e moro no Rio de Janeiro. De que maneira podemos repensar formas de consumo. Sabendo que este modelo de descartabilidade só aumentou a quantidade de lixo produzida, principalmente produtos de plástico. Como podemos sair deste ciclo vicioso de criação de lixo ? Quais dicas ou conselhos vocês poderiam nos dar para ser mais sustentável nesta rotina de modelo consumista. E gostaria que vocês comentassem um pouco sobre obsolescência programada, que são algumas práticas de certas empresas.

    Obrigado pela atenção.

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Victor!

      Várias ações são importantes neste contexto, como por exemplo repensar toda a lógica do ciclo de vida de um produto e sua embalagem, fortalecer a atuação da Educação Ambiental para o consumo e descarte conscientes, entre outros. Adicionalmente, o combate à obsolescência programada é também fundamental para a redução da geração de resíduos, uma vez que torna a vida útil dos produtos mais longa.

      Obrigada pela sua participação!

  16. sabrina freire disse:

    Bom dia, a todos!?
    Sou aluna do Samuel de Castro Neves, estou fazendo um tcc sobre esse assunto, queria saber sobre a lixeira sustentável que foi criada para limpar os oceanos, ela realmente é eficaz ??? Existe algum produto ou algo do gênero, que possa substituir o plástico???

  17. sabrina freire disse:

    Existe algum produto ou algo do gênero, que possa substituir o plástico???

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Sabrina!
      Não conhecemos a iniciativa da lixeira sustentável que você mencionou.
      Existem sim materiais que podem substituir o plástico, mas a substituição depende muito da finalidade de utilização de determinado produto. Por exemplo, os copos de plástico descartáveis podem ser substituídos por copos feitos de silicone; canudos de plásticos podem ser substituídos por canudos de inox, ou ainda por canudos feitos de material orgânico e biodegradável.
      Obrigada pela sua participação!

  18. Miguel Angel Saldaña Serrano disse:

    Parabenizar este tipo de eventos ao vivo on-line e parabenizar aos pesquisadores pelo tempo que estão dedicando para nos ensinar sobre a problemática do lixo no mar. Sou biólogo (do Peru), estudante de doutorado e meu projeto esta orientado a trabalhar com os microplásticos. Gostaria de saber se já se tem conhecimento ou informações dos efeitos que poderiam estar gerando os microplásticos sobre os organismos aquáticos, talvez efeitos a nível bioquímico ou fisiológico? Como detectar a presença dos microplásticos nos diferentes ambientes (aquáticos, solo, organismos)? Que grupos de pesquisa se tem no Brasil que estejam trabalhando com essa linha de pesquisa? e quais são as perspectivas do Brasil em relação a pesquisa com o microplásticos? vocês tem algum plano de trabalho a nível municipal ou estadual ou a nível nacional para o tratamento destes tipo de lixo?
    Obrigado pela atenção.
    Miguel

    1. Equipe do Instituto Oceanográfico - IO/USP disse:

      Olá, Miguel!
      Existem diferentes possíveis impactos dos microplásticos nos organismos marinhos, inclusive para os pequenos seres do zooplâncton. Dentre os impactos que vêm sendo estudados mundialmente temos: estresse, impactos no crescimento, reprodução, algumas mutações de expressão genética, inflamações ou mesmo formação de tumores. Para saber informações mais detalhadas dê uma olhada neste documento (em inglês) publicado por um grupo internacional de especialistas especificamente sobre a questão do microplástico nos oceanos em 2017. Nesse mesmo documento existem informações sobre a detecção do material no ambiente, as metodologias variam e estão em constante melhoria.
      http://www.gesamp.org/site/assets/files/1275/sources-fate-and-effects-of-microplastics-in-the-marine-environment-part-2-of-a-global-assessment-en.pdf
      Com relação às pesquisas no Brasil, existem diferentes grupos de pesquisa em universidades que focam nesse assunto, por exemplo, grupos no IO-USP, UNIFESP, FURG, e UFPE. Em breve a ABRELPE lançará um relatório com a listagem de pesquisadores que trabalham com a questão de lixo no mar no Brasil, assim você poderá ter uma noção mais abrangente. Com relação às perspectivas, temos grupos fortes se formando, mas, como toda a pesquisa, depende de investimento. Essa linha de pesquisa em particular, destaca-se por ser uma pesquisa com trabalho laboratorial minucioso, metodologias sendo elaboradas e com procedimentos e equipamentos de alto custo.
      Obrigado pela sua participação!

  19. Marina disse:

    Considerando que apenas 13% dos resíduos produzidos são reciclados que opção temos para diminuir a quantidade de lixo que acaba no mar?

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Marina!

      Além da reciclagem, é preciso investir em ações voltadas à não geração e à redução da geração dos resíduos sólidos. Para tanto, é fundamental a Educação Ambiental para a mobilização e engajamento de toda a sociedade.

      Obrigada pela sua participação!

  20. Vania Aparecida dos Santos disse:

    Pensando como planejador urbano, acredito que se introduzirmos um sistema subterrâneo para o descarte do resíduo orgânico, semelhante ao implantado por Barcelona em 1990 que, apesar de ser um sistema caro, ao longo do tempo o próprio sistema se pagará, pois haverá uma redução de tempo e recursos gastos com combustível e transporte com caminhões, evitando o risco de acidentes que acabem em contaminação do solo e das águas. Já referente a coleta seletiva que permanecerá com o sistema de coleta com caminhões, podemos pensar num sistema de contêiner suspensos nas vias públicas de modo que não cheguem ao contato com águas em situações de chuvas extremas e inundações.

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      Olá, Vania!

      Obrigada por compartilhar outras experiências sobre a gestão dos resíduos sólidos urbanos e contribuir com as nossas discussões!!

  21. Priscila disse:

    No Parque Estadual Ilha Anchieta já encontramos três televisões.

    1. Sandra - Portal de Educação Ambiental disse:

      Nossa, três televisões!! Vocês chegaram a fazer algo com elas? Um pouco diferente, mas já vi prefeituras que montam “mini museus” com materiais retirados de rios…

  22. Vania Aparecida dos Santos disse:

    Referente a bituca de cigarro, acredito que devemos desenvolver um projeto de educação ambiental para fumantes, utilizando as próprias embalagens de cigarro, porque infelizmente a maioria dos fumantes não tem o hábito de jogar aas bitucas no lixo. O prazer dos fumantes é jogar as bitucas no chão.
    Ser fumante não precisa ser mal educado ou sugismundo… é possível ser fumante e manter hábitos sustentáveis!

    1. Maria Fernanda Romanelli disse:

      É isso aí, Vania!
      Assim como os demais resíduos, as bitucas de cigarro devem ser descartadas corretamente.
      Obrigada pela sua participação!

  23. Lorena Dobre disse:

    Bom dia!! Aqui é a Lorena, estagiária da ABRELPE. Parabéns pelo debate! Só como observação: o link do formulário disponibilizado no portal não está funcionando!

    1. Sandra - Portal de Educação Ambiental disse:

      Oi, Lorena! Obrigada pelo recado, vou arrumar!

      1. Lorena Dobre disse:

        Por nada! Abraço!

        1. Sandra - Portal de Educação Ambiental disse:

          Oi, Lorena, ele está funcionando aqui… vc poderia ver por outro computador? Esse é o link https://smastr16.blob.core.windows.net/portaleducacaoambiental/2019/03/ficha-sistematizacao-oficina-5.pdf

  24. Vania Aparecida dos Santos disse:

    Como slogam de uma campanha para conter a poluição do mar sugiro algo assim:

    Se e vou ao mar eu preciso o amar!

    1. Sandra - Portal de Educação Ambiental disse:

      Oi, Vania! Acho que o professor Turra vai adorar esse slogam rs. Ele adora criar alguns também, vamos mostrar pra ele!

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