25/03/2015

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A forte estiagem que atinge o estado de São Paulo – a maior já registrada – intensificou as ações de uso racional da água nas instituições que compõem o Sistema Ambiental Paulista: a Secretaria do Meio Ambiente (SMA), Cetesb, Fundação Parque Zoológico de São Paulo (Zoológico), Fundação Florestal (FF), Instituto Florestal (IF), Instituto de Botânica (IBt); Instituto Geológico (IG).

Entre as medidas adotadas estão a substituição de equipamentos, o reparo de vazamentos e a comunicação mais ativa sobre o uso da água.

SMA e Cetesb

Em 2000, foi implantado o Pura (Programa de Uso Racional da Água) na sede da SMA e Cetesb, com o principal objetivo – combater o desperdício.

De lá até fim de 2014, as medidas adotadas ano a ano já permitiram uma redução de 73% no consumo de água, mesmo com aumento de 25% no número de usuários. Em 2000, o consumo anual era de 73.829 m³ contra 19.364 m³ em 2014.

Os resultados foram obtidos graças à reforma de tubulações oxidadas, ao combate de vazamentos e adequação de torneiras e registros, às campanhas para uso consciente da água por parte dos funcionários e à instalação de medidores em pontos estratégicos, para monitorar possíveis vazamentos.

Há ainda um sistema de água de reúso, que atende aos serviços de limpeza, lavagem das instalações, jardinagem e ar condicionado. Também foi criado um sistema de captação de água da chuva.

Atualmente, o reservatório de águas pluviais comporta 5 mil litros, mas a meta é aumentar a capacidade de armazenamento até o fim de 2015, para reservar entre 2 mil e 3 mil m³ de água, equivalente a três milhões de litros.

Zoológico

O Zoológico de São Paulo possui uma Estação de Tratamento de Água (ETA) e Esgoto (ETE) desde 2007, que utiliza água de reúso para abastecimento dos tanques e limpeza dos recintos dos animais.

Em média, o sistema de tratamento gera 3 mil m³ de água mensalmente e atende de forma satisfatória às atividades tanto do Zoológico quanto do Zoo Safári.

A conscientização dos funcionários para uso racional da água na limpeza, vestiários e demais atividades, além da renovação da comunicação visual para economia de água, também faz parte das medidas.

O processo de economia de água também inclui uso de torneiras com misturador de ar e temporizador, e gatilhos nas mangueiras utilizadas para limpeza.

Vale lembrar que o Zoológico de São de Paulo dispõe na sua política ambiental o princípio de melhoria contínua no uso do recurso hídrico, constante do seu Sistema de Gestão Ambiental, proporcionando, desde 2006, a certificação de suas atividades pela normativa ABNT NBR ISO 14.001.

Instituto de Botânica

O uso racional da água também é uma ação constante no Instituto de Botânica, com adoção de estratégias para racionalização do consumo de água há vários anos. As medidas surtiram bons resultados.

Em 2008, o Instituto de Botânica reduziu o consumo de água, por meio do Pura (Programa de Uso Racional da Água). Ao longo desse período, houve substituição de equipamentos hidráulicos, busca de vazamentos, goteiras em torneiras, chuveiros e válvulas hídricas.

Outra medida foi a utilização da água dos lagos, com caminhão-pipa, para irrigação de plantas nas estufas, nas casas de vegetação e áreas ajardinadas. A redução no consumo de água chegou a 40%.

O IBt promove ainda a reutilização da água usada nos laboratórios e dispõe de sistema de captação de águas da chuva em cisternas, além de um poço artesiano.

Campanhas de conscientização dos funcionários, empresas terceirizadas e estudantes com relação a medidas de economia e redução no uso da água, também fazem parte do dia a dia da instituição.

Instituto Florestal

O IF segue na mesma linha com economia e uso racional da água em suas dependências. A partir de 2014, passou a fazer parte da rotina da entidade a verificação de problemas – e substituição quando necessário – em torneiras, válvulas e encanamentos.

O fechamento diário dos hidrômetros, entre as 16h e 6h da manhã, é outra prática para evitar desperdício.

Além dessas ações, o IF também elaborou uma cartilha com dicas de economia de água para os funcionários.

Todas essas medidas resultaram em queda de 30,5% no consumo de água. Ainda pensando em economia, está nos planos do IF implantar o Programa de Uso Racional de Água (Pura). Para isso, é necessária a adequação da rede de abastecimento, o que deve ocorrer nos próximos meses.

Os percentuais referem-se ao IF e também à Fundação Florestal, pois dividem o mesmo espaço físico.

Fundação Florestal

Em 2012, a FF aderiu ao Programa Melhoria do Gasto Público, do governo do Estado, não só com economia de água, mas também de telefone, energia e papel na sede administrativa e nas 96 unidades de conservação. Na época, o consumo era de 20.305 m3 de água.

Com as medidas, como utilização de torneiras com temporizadores, vasos sanitários com caixas acopladas, verificação de vazamentos e reutilização de água da chuva para limpeza dos banheiros e áreas externas, o consumo teve redução de 30,27% em 2013. E em 2014, foi registrada queda de 19,01%.

Instituto Geológico

Em 2014, o IG mudou de sede, que ainda passa por reformas. Aproveitando as mudanças, algumas medidas foram concretizadas para otimizar o consumo de água.

Entre elas, uso de arejadores nas torneiras. Todos os banheiros possuem torneiras com temporizadores e vasos sanitários com caixas acopladas, que contribuem para economia de água.

A limpeza das áreas externas é feita com varrição e nunca com lavagem. Já as áreas internas são limpas com panos úmidos. E nos quadros informativos e áreas comuns do prédio há comunicação alertando para os eventuais desperdícios.

Estão previstas a substituição do acionamento das caixas acopladas, hoje simples, por acionamento duplo; instalação do sistema de captação de água da chuva e reaproveitamento para reúso em áreas comuns como lavagem de ambientes externos e jardinagem.

Os laboratórios também deverão dimensionar os procedimentos de reúso da água.

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