A Subsecretaria de Logística e Transportes (SLT) é responsável pelo planejamento da logística e infraestrutura dos meios de transportes no estado de São Paulo. Também faz parte da sua atuação a organização e prestação de serviços de transporte aquaviário, como a administração da Hidrovia Tietê-Paraná (no trecho do Rio Tietê) e os sistemas de travessias litorâneas e da represa de Paraibuna.
Em parceria com os órgãos vinculados, a Subsecretaria desempenha um papel importante no aprimoramento da infraestrutura viária do Estado e no acompanhamento dos serviços prestados no Porto de São Sebastião.
A atuação tem como premissa subsidiar as tomadas de decisões do Governo do Estado de São Paulo, baseadas nos princípios da sustentabilidade, para fornecer à população um sistema de transporte de cargas e passageiros eficiente, seguro, equitativo, acessível, resiliente e com menores emissões atmosféricas, a partir de uma visão territorial, integrada e dinâmica. Para tanto, estabelece as estratégias institucionais, de investimento e gestão, de forma transparente à sociedade, indicando as ações prioritárias das políticas públicas para o setor logístico do Estado de São Paulo, mediante o diagnóstico do sistema, com a identificação dos seus gargalos e pontos críticos.
Está subordinado à esta Subsecretaria o Departamento Hidroviário, que foi criado em 22 de abril de 1966 para administrar as Hidrovias Paulistas, sendo a maior delas a Hidrovia Tietê-Paraná. O DH também é responsável pela fiscalização, manutenção, e operação do Sistema de Travessias Litorâneas do Estado de São Paulo, e pelo Sistema de Travessias do reservatório da UHR Paraibuna.
PLANOS E PROJETOS
O Plano Estadual de Logística e Investimentos para São Paulo, que será conduzido pela Subsecretaria de Logística e Transportes, identificará as necessidades de investimentos na infraestrutura, propondo projetos e ações do Estado, em sintonia com a sustentabilidade ambiental, social e econômica dos projetos.
O estudo abordará questões como a otimização da matriz modal, buscando maior participação dos modos hidroviário e ferroviário, a equidade no acesso ao transporte como forma de redução das desigualdades regionais dentro do estado de SP, a melhoria do bem estar da população, por meio da redução de emissões, tempos e custos de viagem, e da competividade econômica, por meio da redução dos custos logísticos do transporte de carga.
O plano tem previsão de ser concluído em 2025 e terá como insumos os resultados de dois estudos finalizados recentemente na Subsecretaria de Logística e Transportes: o Projeto Big Data e o Inventário de Emissões do Transporte Regional.
Apresentação da proposta do Plano.
Acesse aqui a apresentação ao público realizada na SEMIL em 13/04/2023 para discussão do Plano de Logística e Investimento de São Paulo.
Lançado em 2021, o Plano de Ação de Transporte e Logística para a Macrometrópole Paulista (PAM-TL) foi desenvolvido pela necessidade da elaboração de uma solução multidisciplinar e integrada para as questões críticas de transporte e logística de passageiros e de carga na Macrometrópole Paulista, delimitada pela Região Metropolitana de São Paulo e as quatro outras regiões metropolitanas que a circundam: Campinas, Sorocaba, Baixada Santista e São José dos Campos.
Um dos principais objetivos do PAM-TL, conforme declarado em seu Termo de Referência, é “propiciar aumento da eficiência socioeconômica e ambiental da ação governamental nos campos afins do transporte de passageiros e da logística de cargas na Macrometrópole Paulista e a racionalização do uso dos recursos públicos correspondentes”. Esse objetivo, somado à impossibilidade de ampliação da infraestrutura rodoviária indefinidamente, leva à convicção de que caberá a outros modos de transporte a missão de gerar capacidade suficiente para atender ao adicional da demanda futura.
Em 2022, foi concluído o projeto denominado Big Data, que teve como objetivo a estimativa de matrizes de viagens rodoviárias regionais no Estado de São Paulo, usando como informação principal os dados de rastreamento de telefonia celular.
As matrizes de viagem, que identificam e quantificam as origens e destinos dos deslocamentos por tipo de veículo, representam um dos principais dados sobre a demanda por transportes, sendo uma informação fundamental para qualquer estudo na área de planejamento de transportes.
De forma abrangente para todo o Estado de SP, a última vez em que se fez esse tipo de mapeamento de viagens rodoviárias foi em 2005, quando a SLT – Secretaria de Logística e Transportes, em conjunto com a DERSA e a ARTESP, realizou levantamentos em campo do tipo origem-destino e de preferência declarada em 128 pontos da malha rodoviária do Estado de SP, envolvendo um total de 130 mil entrevistas com motoristas de automóveis e caminhões.
A atualização concluída recentemente das matrizes de viagens rodoviárias regionais no Estado de SP utilizou-se, desta vez, do rastreamento dos deslocamentos de telefones celulares. Para tanto, foi utilizada uma base de telefonia que compreendeu o processamento de mais de 3 bilhões registros de deslocamentos, devidamente anonimizados, no período de março de 2019 a fevereiro de 2020. Foram também utilizados extensos bancos de dados de contagens de tráfego, mensageria (rastreamento de rotas por identificação de veículos nas praças de pedágio) e pesquisas origem-destino existentes.
Como principal produto foram estimadas nove matrizes de viagens rodoviárias regionais considerando o tipo do veículo (passeio, comercial leve e comercial pesado) e o tipo de data (dia útil, final de semana e feriado).
Acesse aqui o documento final.
“Os arquivos com as matrizes estimadas no projeto poderão ser obtidos mediante solicitação a ser enviada para o email: semil.lt@sp.gov.br“
Concluído em 2023, o projeto teve como objetivo a montagem de uma base de ferramentas na área de emissões veiculares associadas a um modelo de transporte, permitindo que a Subsecretaria de Logística e Transportes realize estimativas do total de emissões de gases estufa e poluentes pelo transporte regional e quantifique de forma precisa os benefícios e impactos que novos projetos irão proporcionar em termos de emissões.
O conhecimento gerado no projeto permitirá que as avaliações econômicas de projetos de transporte na SEMIL – Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística sejam padronizadas e respaldadas em bases sólidas e atuais, com relação a indicadores como:
- Padrões de emissão de poluentes e de gases estufa por km rodado, por tipo de veículo e por modo de transporte, e em função da velocidade desenvolvida.
- Valores para monetarização dos benefícios e impactos em variações de emissões proporcionados por cada projeto.
O projeto tem grande integração com o projeto Big Data, finalizado em outubro de 2022. As matrizes de viagens que foram estimadas para o Estado de são Paulo consistem na base para a aplicação dos padrões de emissão obtidos neste projeto. Com o uso de modelos de simulação de redes de transportes será possível se estimar com precisão e com respaldo em padrões internacionais e atualizados qual o benefício de projetos em análise pela SEMIL.
DADOS SETORIAIS
A malha viária pavimentada do Estado de São Paulo tem um total de 35 mil quilômetros – sendo 22 mil estaduais, 1.050 federais e mais de 12 mil de estradas vicinais pavimentadas.
Esse sistema possibilita que mais de 90% da população do Estado esteja a menos de 5 km de uma rodovia pavimentada. De toda a carga movimentada no Estado, 93% é transportada por esse modal.
Acesse aqui a página do DER – Departamento Estadual de Rodagem
Hidrovia Tietê-Paraná
A Hidrovia Tietê-Paraná é o principal sistema de transporte de carga hidroviário do Estado. A Hidrovia integra um grande sistema de transporte multimodal, abrangendo os Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, onde é gerada grande parte do produto interno bruto brasileiro, conectando áreas de produção aos portos marítimos.
A Hidrovia Tietê-Paraná possui um total de 2.400 quilômetros de vias navegáveis, sendo 800 quilômetros localizados no trecho paulista.
Em seu trecho paulista, a Hidrovia Tietê-Paraná possui 800 quilômetros de vias navegáveis, dez eclusas, dez barragens, 23 pontes, 19 estaleiros e 30 terminais intermodais de cargas.
Acesse aqui a página do DH – Departamento Hidroviário.
Travessias Litorâneas
O Sistema de Travessias Litorâneas é um dos mais importantes serviços de mobilidade urbana da costa paulista. São oito Travessias ao longo do litoral paulista, que juntas transportam mais de 26 mil veículos e 20 mil pedestres por dia.
Acesse aqui a página do DH – Departamento Hidroviário.
Travessia Do Reservatório De Paraibuna
O serviço de balsa no reservatório de Paraibuna é realizado em 3 travessias localizadas nos municípios de Paraibuna e Natividade da Serra, na região do Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo:
- Porto Paraitinga (Paraibuna)
- Porto Natividade da Serra (Natividade da Serra)
- Porto Varginha (Paraibuna e Natividade da Serra)
Em 2023, as Travessias de Paraibuna, até então sob responsabilidade da CESP (Companhia Energética de São Paulo), passaram a ser responsabilidade do Departamento Hidroviário (DH). O serviço é gratuito, opera 24 horas por dia e transporta cerca de 10 mil usuários por mês.
Porto de São Sebastião
O Cais do Porto Público de São Sebastião conta com 1 berço principal (101) com 150m de extensão complementados por três dolfins de amarração, totalizando 275 m. Além deste, possui 02 berços internos (202) e (203) com 75 m e 85 m respectivamente utilizados por embarcações de apoio marítimo e apoio portuário.
Seu acesso marítimo oferece duas barras de entrada demarcadas pelos faróis, respectivamente, da Ponta das Canas, no norte, e da Ponta das Selas, no sudoeste da ilha de São Sebastião. A primeira, barra norte, possui 550m de largura e profundidade de 18m; e a segunda, barra sul, largura de 300m, com profundidade de 25m. Os canais de acesso correspondentes dispõem, respectivamente, de largura e profundidade de 500m e 18m (norte) e 300m e 25m (sul), num total de 22,8km de extensão.
Entre as instalações de armazenagem, possui 4 pátios:
- Pátio 1: Área alfandegada com aproximadamente 31.000m², é utilizado para armazenagem de carga geral, carga de projeto e produtos siderúrgicos.
- Pátio 2: Área alfandegada com aproximadamente 35.000m² e é dedicado ao armazenamento e movimentação de veículos.
- Pátio 3: Área não alfandegada com aproximadamente 110.000m², abriga 3 armazéns alfandegados destinados à movimentação de granéis sólidos, com capacidade de armazenagem de 5.000 toneladas cada.
- Pátio 4: Área não alfandegada com aproximadamente 95.000m².
Acesse aqui a página da Companhia Docas de São Sebastião
COMITÊS
O Ciclo Comitê Paulista tem o objetivo de subsidiar tecnicamente e definir ações estaduais relacionadas à implementação de procedimentos e estruturas para veículos não motorizados (transporte ativo).