
15/05/2015
Os empreendimentos de infraestrutura, usualmente de grande porte, são os que reúnem potencial de impacto ambiental mais significativo. Por esse motivo, o licenciamento demanda maior atenção, tanto por parte dos empreendedores quanto dos órgãos licenciadores.
Isso explica o interesse pelo 4º Fórum de Licenciamento e Gestão Socioambiental para Infraestrutura, que reuniu em São Paulo, durante dois dias, representantes dos setores de energia, transportes terrestre e hidroviário, portos e rodovias, além de especialistas em direito ambiental e consultorias.
Não à toa, o encontro foi encerrado ontem (14) por um representante da Secretaria do Meio Ambiente. A Cetesb, órgão vinculado à SMA, realiza o licenciamento ambiental elaborando os pareceres técnicos sobre os grandes empreendimentos para deliberação do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).
O palestrante Eduardo Trani, coordenador de Planejamento Ambiental, representou a secretária do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias. Segundo afirmou, o licenciamento ambiental está entre as prioridades da atual gestão, e estabeleceu como meta a busca da eficiência nos processos que envolvem a avaliação de impacto ambiental.
“O projeto Sala de Cenários é uma das ferramentas que vão trazer mais agilidade ao processo de licenciamento, com a criação de infraestrutura de dados a ser colocada à disposição dos empreendedores”, disse Trani.
Os prazos de licenciamento, acrescentou, caíram em relação há alguns anos. Com adoção de novas ferramentas, esses prazos devem diminuir ainda mais.
“A nossa disposição é de diálogo com os setores produtivos. Vamos discutir a elaboração do zoneamento econômico-ecológico de todo o estado, produzindo um documento para orientar a implantação de novos empreendimentos”.
Trani mencionou também outras diretrizes da Secretaria do Meio Ambiente, que contemplam a conservação ambiental e a restauração ecológica com programas de restauração de matas ciliares, plantio de florestas e consolidação das unidades de conservação.
E ainda: redução da pegada ambiental, com programas nas áreas de resíduos sólidos, logística reversa, educação ambiental para produção e consumo sustentáveis; vulnerabilidade ambiental e mudanças climáticas, com ações no mapeamento de riscos, prevenção de desastres naturais, inventários de emissão de gases de efeito estufa, zoneamento econômico-ecológico, e gestão e conservação da fauna silvestre.