Patrícia Iglecias faz pronunciamento em Fórum de Sustentabilidade

A questão da vulnerabilidade ambiental e das mudanças climáticas é uma das cinco diretrizes do Sistema Ambiental Paulista, com programas e ações balizados por metas, indicadores e prazos. Segundo a secretária do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, o objetivo é amenizar “a interface mais tangível das mudanças climáticas para o cidadão, que é o impacto imediatamente provocado por elas”.

Esse foi o ponto principal tratado por ela, ao participar, terça-feira (12), do VII Fórum de Sustentabilidade, promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo, que teve como tema “Clima e Sociedade”. O encontro foi aberto pelo presidente da Câmara, Roland de Bonadona, e pelo cônsul-geral da França em São Paulo, Damien Loras. Ambos mencionaram a importância do debate para levantar subsídios para a Conferência das Partes (COP), prevista para dezembro, em Paris, quando deve ser firmado novo protocolo internacional.

De acordo com Patrícia Iglecias, “embora os conceitos apresentados possam parecer muito distantes, estamos testemunhando no estado de São Paulo a intensificação dos eventos hidrometeorológicos, que afetam toda a sociedade, particularmente as pessoas em áreas de risco, expostas a deslizamentos, erosões e inundações provocadas por chuvas intensas”.

Segundo ela, a opção foi tratar os dois temas em conjunto, trabalhando, por um lado, na mitigação da emissão de gases de efeito estufa, e de outro, com ações para diminuir a vulnerabilidade ambiental, como o mapeamento de áreas de risco e os atendimentos de emergência. Isso além de ações piloto como o Programa Serra do Mar, com foco na prevenção e eliminação do risco, prevendo inclusive a retirada de pessoas.

“Essas atividades integram a Política Estadual de Mudanças Climáticas e o Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geológicos, implementados por órgãos vinculados à Secretaria do Meio Ambiente”, disse Patrícia Iglecias. A secretária enfatizou o envolvimento da pasta nas discussões internacionais sobre clima e desastres, buscando constante atualização técnica e divulgação do trabalho realizado no estado, bem como o intercâmbio de informações para o aperfeiçoamento das políticas do setor.

“Uma das atividades é a cooperação técnica com outros atores”, disse, mencionando, entre outras, um protocolo de intenções assinado com autoridades da região de Provence, Alpes e Côte d’Azur, na França, com o objetivo de ampliar os projetos conjuntos para o enfrentamento das mudanças climáticas.

Ela lembrou que a Secretaria do Meio Ambiente, em sua gestão, vai atuar com outras quatro diretrizes: conservação ambiental e restauração ecológica; redução da pegada ambiental: da produção e consumo sustentáveis à gestão eficiente de resíduos; gestão e conservação da fauna silvestre e licenciamento ambiental. O fórum teve ainda debate sobre “Mudanças Climáticas, com a participação dos ambientalistas Caco de Paula e Fábio Feldmann, o representante do Ministério das Relações Exteriores Guilherme do Prado Lima e o jurista Fernando Tabet.