
28/10/2015
A preocupação com a restauração ecológica em áreas degradadas não é nova para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA). O tema ocupa o centro de discussões importantes há tempos. O Sistema Ambiental Paulista (AmbienteSP), por meio de seus institutos, tem se dedicado muito às pesquisas envolvendo a recuperação de áreas degradadas, recursos hídricos, mudanças climáticas e conservação da biodiversidade. Na atualidade, notadamente em razão da crise hídrica por que passa a Região Sudeste do país, esses assuntos estão na pauta do dia.
Atentos a tudo isso, o Instituto de Botânica e a SMA, mais uma vez, realizam o Simpósio de Restauração Ecológica, em 2015, em sua 6ª edição bianual, entre os dias 11 e 13 de novembro, visando debater os “Novos Rumos e Perspectivas” dessa matéria tão essencial. Por isso mesmo, haverá a participação e apresentação de diversos especialistas inclusive estrangeiros, como a Dr.ª Margaret Palmer, da Universidade de Maryland (EUA), que vai fazer a palestra de abertura, com o tema “Restoration for Water Ecosystem Services” (Restauração para Serviços Ecossistêmicos de Água), no dia 11/11, às 10h. O evento será realizado no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center (Centro de Convenções e Exposições Imigrantes).
Também da Universidade de Maryland, no dia 13, às 14h, falará a Dr.ª Solange Filoso, sobre “Restauração de riachos e qualidade da água”. Entre os especialistas de todo o Brasil, estão representantes da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Desenvolvimento Rodoviário S/A (DERSA) e ECOSAFE/Grupo Tetraquímica, além de diversos especialistas do Sistema Ambiental Paulista (AmbienteSP). A programação completa, confira no link: www.infobibos.com/rad/
De acordo com o Dr. Luiz Mauro Barbosa, diretor-geral do IBt, reflorestamentos têm sido implantados com espécies nativas regionais, para diferentes objetivos, como a proteção de mananciais, estabilização de encostas, recuperação de habitat para fauna, entre outros. Ele ressalta que com o desenvolvimento da Ecologia da Restauração como ciência, o termo “restauração ecológica” passou a ser mais bem definido. A SER – Society for Ecological Restoration (2004) – definiu a restauração ecológica como a prática deliberada que visa iniciar ou acelerar a recuperação da saúde, integridade e sustentabilidade de um ecossistema degradado, danificado ou destruído, seja por ações diretas, ou mesmo indiretas do homem. Desta forma, um ecossistema restaurado não necessita retornar às suas condições originais.
Conforme o especialista, a necessidade da SMA de produzir e sistematizar conhecimentos sobre repovoamento vegetal para proteção de sistemas hídricos e a promoção da conservação de espécies vegetais, especialmente as arbóreas de ocorrência regional, utilizando modelos mais adequados a cada situação nas áreas degradadas a serem recuperadas, nos diferentes biomas do Estado de São Paulo, levou o Instituto de Botânica a desenvolver projetos diretamente voltados às políticas públicas neste tema.
“Neste contexto, se considerarmos a premissa de que conservar a biodiversidade significa reconhecer, inventariar e atuar, respeitando ao máximo essas diferenças, ou seja, mantendo a maior variabilidade possível de organismos vivos, de comunidades e de ecossistemas, e que uma floresta tropical bem conservada chega a ter mais de 100 espécies nativas de estratos arbustivos e arbóreos, em um único hectare, entende-se que a dinâmica florestal só entra em equilíbrio pelas estratégias de evolução, desenvolvidas pelas espécies ao longo de centenas e milhares de anos, ou seja, a existência de poucos indivíduos de muitas espécies acaba sendo um mecanismo de autopreservação das mesmas e, consequentemente, das florestas tropicais”, diz o diretor-geral do IBt.
Para o Dr. Luiz Mauro, tal premissa, seguramente, vem resolver os problemas com plantios ou reflorestamentos com muitos indivíduos de poucas espécies, em que é possível que um provável ataque de pragas, ou ocorrência de doenças em uma determinada espécie nativa multiplique-se rapidamente pela proximidade de “indivíduos irmãos”.
“É com essa visão de manter a restauração ecológica como tema atual e relevante nas políticas públicas do meio ambiente, fornecendo informações e ferramentas sempre respaldadas no método científico e buscando o sucesso das ações e projetos de restauração de áreas degradadas, que se realiza este VI Simpósio, tendo como tema os novos rumos e perspectivas da restauração ecológica’, conclui, chamando toda a população para participar. No âmbito do evento, há uma proposta que convida ao envolvimento de todos os segmentos da sociedade, intitulada “Carta da comunidade científica de São Paulo, envolvida com a organização do evento, à população” (acesse pelo link www.infobibos.com/rad/).
Serviço:
São Paulo Expo Exhibition & Convention Center
Sala de Convenções do Centro de Exposições Imigrantes
Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – Água Funda – São Paulo – SP

28/10/2015
A preocupação com a restauração ecológica em áreas degradadas não é nova para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA). O tema ocupa o centro de discussões importantes há tempos. O Sistema Ambiental Paulista (AmbienteSP), por meio de seus institutos, tem se dedicado muito às pesquisas envolvendo a recuperação de áreas degradadas, recursos hídricos, mudanças climáticas e conservação da biodiversidade. Na atualidade, notadamente em razão da crise hídrica por que passa a Região Sudeste do país, esses assuntos estão na pauta do dia.
Atentos a tudo isso, o Instituto de Botânica e a SMA, mais uma vez, realizam o Simpósio de Restauração Ecológica, em 2015, em sua 6ª edição bianual, entre os dias 11 e 13 de novembro, visando debater os “Novos Rumos e Perspectivas” dessa matéria tão essencial. Por isso mesmo, haverá a participação e apresentação de diversos especialistas inclusive estrangeiros, como a Dr.ª Margaret Palmer, da Universidade de Maryland (EUA), que vai fazer a palestra de abertura, com o tema “Restoration for Water Ecosystem Services” (Restauração para Serviços Ecossistêmicos de Água), no dia 11/11, às 10h. O evento será realizado no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center (Centro de Convenções e Exposições Imigrantes).
Também da Universidade de Maryland, no dia 13, às 14h, falará a Dr.ª Solange Filoso, sobre “Restauração de riachos e qualidade da água”. Entre os especialistas de todo o Brasil, estão representantes da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Desenvolvimento Rodoviário S/A (DERSA) e ECOSAFE/Grupo Tetraquímica, além de diversos especialistas do Sistema Ambiental Paulista (AmbienteSP). A programação completa, confira no link: www.infobibos.com/rad/
De acordo com o Dr. Luiz Mauro Barbosa, diretor-geral do IBt, reflorestamentos têm sido implantados com espécies nativas regionais, para diferentes objetivos, como a proteção de mananciais, estabilização de encostas, recuperação de habitat para fauna, entre outros. Ele ressalta que com o desenvolvimento da Ecologia da Restauração como ciência, o termo “restauração ecológica” passou a ser mais bem definido. A SER – Society for Ecological Restoration (2004) – definiu a restauração ecológica como a prática deliberada que visa iniciar ou acelerar a recuperação da saúde, integridade e sustentabilidade de um ecossistema degradado, danificado ou destruído, seja por ações diretas, ou mesmo indiretas do homem. Desta forma, um ecossistema restaurado não necessita retornar às suas condições originais.
Conforme o especialista, a necessidade da SMA de produzir e sistematizar conhecimentos sobre repovoamento vegetal para proteção de sistemas hídricos e a promoção da conservação de espécies vegetais, especialmente as arbóreas de ocorrência regional, utilizando modelos mais adequados a cada situação nas áreas degradadas a serem recuperadas, nos diferentes biomas do Estado de São Paulo, levou o Instituto de Botânica a desenvolver projetos diretamente voltados às políticas públicas neste tema.
“Neste contexto, se considerarmos a premissa de que conservar a biodiversidade significa reconhecer, inventariar e atuar, respeitando ao máximo essas diferenças, ou seja, mantendo a maior variabilidade possível de organismos vivos, de comunidades e de ecossistemas, e que uma floresta tropical bem conservada chega a ter mais de 100 espécies nativas de estratos arbustivos e arbóreos, em um único hectare, entende-se que a dinâmica florestal só entra em equilíbrio pelas estratégias de evolução, desenvolvidas pelas espécies ao longo de centenas e milhares de anos, ou seja, a existência de poucos indivíduos de muitas espécies acaba sendo um mecanismo de autopreservação das mesmas e, consequentemente, das florestas tropicais”, diz o diretor-geral do IBt.
Para o Dr. Luiz Mauro, tal premissa, seguramente, vem resolver os problemas com plantios ou reflorestamentos com muitos indivíduos de poucas espécies, em que é possível que um provável ataque de pragas, ou ocorrência de doenças em uma determinada espécie nativa multiplique-se rapidamente pela proximidade de “indivíduos irmãos”.
“É com essa visão de manter a restauração ecológica como tema atual e relevante nas políticas públicas do meio ambiente, fornecendo informações e ferramentas sempre respaldadas no método científico e buscando o sucesso das ações e projetos de restauração de áreas degradadas, que se realiza este VI Simpósio, tendo como tema os novos rumos e perspectivas da restauração ecológica’, conclui, chamando toda a população para participar. No âmbito do evento, há uma proposta que convida ao envolvimento de todos os segmentos da sociedade, intitulada “Carta da comunidade científica de São Paulo, envolvida com a organização do evento, à população” (acesse pelo link www.infobibos.com/rad/).
Serviço:
São Paulo Expo Exhibition & Convention Center
Sala de Convenções do Centro de Exposições Imigrantes
Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – Água Funda – São Paulo – SP