11/11/2015
Luiz Mauro Barbosa, especialista em ecologia de ecossistemas, está pela terceira vez à frente da direção do Instituto de Botânica. Às vésperas do VI Simpósio de Restauração Ecológica, Luiz Mauro concedeu uma rápida entrevista falando um pouco sobre restauração ecológica e expectativas do evento.
AmbienteSP: Considerando os últimos 30 anos, entre eles, aqueles em que o senhor participou direta e ativamente de diversos trabalhos em torno do tema da restauração ecológica, quais foram os fatos mais marcantes que o senhor destacaria?
LM : Foram muitos momentos e eventos marcantes, mas destaco os seguintes: 1º Simpósio sobre Matas Ciliares, em 1989; os cinco simpósios (anteriores) sobre restauração ecológica no Instituto de Botânica; o Programa Políticas Públicas FAPESP em 2001 e as diversas resoluções orientativas a partir de então; a geração de lista espécies nativas indicadas para restauração em diferentes regiões, e outras ferramentas (número de viveiros etc.); e a ampliação da produção de mudas em São Paulo, de 12 milhões, para aproximadamente 42 milhões de mudas por ano (mais de 800 espécies arbóreas e mais de 2.000 ao todo).
AmbienteSP: A partir de qual momento, o assunto restauração ecológica em áreas degradadas se tornou parte das políticas públicas no Estado de São Paulo? E, especificamente, a restauração ecológica em áreas ciliares degradadas?
LM: A partir de 2001, com a realização do simpósio simultaneamente ao desenvolvimento do Projeto de Políticas Públicas com a FAPESP.
AmbienteSP: Qual a contribuição que o Estado de São Paulo já tem dado, ou pode oferecer, para o Brasil e para o mundo, com relação ao tema?
LM: O desenvolvimento de políticas públicas eficazes, fornecendo informações e “ferramentas” sempre respaldadas no método científico, entre outras consequências, viabilizando os programas de restauração ecológica.
AmbienteSP: Qual a sua expectativa para este VI Simpósio de Restauração Ecológica?
LM: A melhor possível. O tema está mais em pauta do que nunca e vamos justamente apresentar e debater os novos rumos e perspectivas deste assunto tão essencial. Vários especialistas de renome estarão presentes, inclusive internacionais. Teremos novidades importantes, que estaremos divulgando durante o evento. E estamos chamando a sociedade civil a se envolver, por meio da divulgação da “Carta da comunidade científica de São Paulo, envolvida com a organização do evento, à população”. Não percam!
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