01/03/2017

Cris Leite

Quando acaba o carnaval, o folião volta “só o pó”. Essa expressão, que remete à ideia de cansaço, vem a calhar com a data que vem logo depois da folia: a quarta-feira de cinzas, dia que marca o início do que os cristãos chamam de Quaresma.

É também neste período que as ruas ganham um colorido especial: o do roxo e do rosa vindos das copas de algumas árvores. O nome delas: Tibouchina granulosa, ou popularmente conhecidas como quaresmeiras.

E não por acaso. O período de maior floração, entre fevereiro e abril, intensificado pela cor roxa, símbolo de espiritualidade, sempre coincide com o tempo da quaresma.

Nativa da Mata Atlântica, a árvore é das primeiras espécies a serem plantadas em áreas degradadas, pois elas criam condições de solo e ambiente que permitem o crescimento de várias outras, além de ajudarem na restauração das áreas.

Ela é resistente. Floresce mesmo plantada em solo pobre e sob clima seco e quente. De fácil cultivo, é uma das preferidas para a arborização urbana.

Apesar dessas características, ela tem uma beleza singular. Sua copa verde-escura e suas flores roxas ou rosas geralmente acabam chamando bastante a atenção.