
23/08/2017
Texto: Luciana Reis
Fotos: Dirceu Rodrigues
O secretário adjunto do Meio Ambiente, Antônio Velloso, destacou, na terça-feira, 22/8, os riscos econômicos da perda da biodiversidade. “A perda da biodiversidade é muito cara para o Brasil. Precisamos encarar a gestão ambiental como fator econômico”, afirmou, durante a abertura do IX Encontro Paulista de Biodiversidade (EPBio), realizado na sede da secretaria, na zona oeste da capital.
O primeiro debate do dia foi dedicado à apresentação dos resultados do estudo Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB – The Economics of Ecosystems and Biodiversity), que pesquisou a porção paulista da Bacia do Paraíba do Sul. Com foco em conservação da biodiversidade e da produção de água, – os chamados serviços ecossistêmicos (SE), – o estudo desenha um panorama para uma gestão mais eficiente dos recursos naturais e que fomente o desenvolvimento regional e local sustentável.

Carlos Alberto Scaramuzza, do Depto. de Conservação de Ecossistemas, do Ministério do Meio Ambiente
“Os serviços ecossistêmicos contribuem diretamente para o bem-estar humano e para as economias regionais. Para garantir o desenvolvimento econômico e social é preciso integrar valor de biodiversidade e de serviços ecossistêmicos”, afirmou Carlos Alberto Scaramuzza, diretor do Departamento de Conservação de Ecossistemas, do Ministério do Meio Ambiente.
Com intuito de sugerir políticas públicas, o Instituto Internacional de Sustentabilidade (IIS), responsável pelo TEEB São Paulo, fez também um levantamento em que constatou a existência de 355 iniciativas _ entre projetos, leis, programas estaduais e municipais _ em prol da conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.
O estudo aponta políticas públicas capazes de contribuir com a produção de água e conservação ambiental, como o incentivo à restauração ecológica e o incremento dos sistemas produtivos sustentáveis. O Pagamento por Serviços Ambientais, a criação de bancos de áreas de restauração e de reserva legal, as linhas de crédito voltadas para práticas produtivas sustentáveis consorciadas com restauração, e o fortalecimento dos mercados locais são programas fundamentais para os serviços ecossistêmicos.
A Secretaria do Meio Ambiente já desenvolve diversas ações voltadas para preservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, como por exemplo, o Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS) e Sistemas Agroflorestais (SAFs). Também utiliza um instrumento de ordenamento e gestão territorial, o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), que estabelece regras de disciplinamento para o uso e ocupação do solo de acordo com algumas diretrizes, como a salvaguarda da biodiversidade.

Secretário adjunto da SMA, Antônio Velloso (ao centro), participou da abertura do IX Encontro Paulista de Biodiversidade (EPBio)