01/09/2017

Por conta do tempo favorável, a época de reprodução de flamingos no Zoo de São Paulo chegou mais cedo. Em julho, os casais começaram a apresentar comportamento reprodutivo com a montagem dos ninhos de lama confeccionados por eles e as cópulas entre os parceiros. Foram 15 ovos postos até meados de agosto e este número deve aumentar nos próximos meses com a chegada da época chuvosa, fator estimulante para a espécie.

Os ovos foram levados para incubação artificial, porém, nem todos estavam fecundados. Os primeiros filhotes deste ano nasceram entre 19 e 25 de agosto e estão sendo criados pelos técnicos do setor de aves. A alimentação é feita com uma fórmula composta por ração para flamingo, ração para filhotes, gema de ovo, pró-biótico, vitaminas, peixe e camarão. Atualmente, os pequenos flamingos são alimentados com uma seringa a cada 3 horas, mas quando atingirem cerca de dois meses eles já irão se alimentar sozinhos, tornando-se mais independentes.

O flamingo-chileno (Phoenicopterus chilensis) é originário do Peru, Chile, Bolívia e Argentina até a Terra do Fogo. No Brasil, é encontrado no sul e sudeste. Mede aproximadamente 100 cm e pesa em torno de 2,3 kg, sendo a fêmea um pouco menor que o macho. Vive em grandes bandos em lagos e lagoas salinas. A postura de um único ovo por casal é feita em ninho de lama perto ou sobre água rasa e o período de incubação é de 27 a 31 dias. Na natureza, se alimentam de invertebrados aquáticos, sementes e algas.

Fred foi o primeiro flamingo-chileno nascido no Zoo. Nasceu em dezembro de 2016. Sua chegada foi motivo de muita comemoração, justamente porque a Fundação, que trabalha com a espécie há mais de 40 anos, nunca havia tido sucesso em sua reprodução.

Quais são as aves mais “velhinhas” do Zoológico de São Paulo?

Se por um lado, o Zoo ganha novos animais, existem aqueles que habitam o local há décadas. Nos desenhos animados, o pelicano aparece carregando diversos objetos em seu bico, como carteiras, ferramentas e brinquedos. Mas a “bolsa” formada por causa da pele extensível sob o bico tem outra função: apanhar os peixes dos quais se alimenta, servindo como uma espécie de “rede de pesca” quando o pelicano mergulha atrás de um cardume. Os três exemplares dessa espécie mostram toda a sua beleza nadando no lago principal do parque. São os bichos mais longevos da Fundação. Chegaram bem jovens ao Zoo e já ultrapassaram os 50 anos de vida.

No grupo das aves idosas que vivem no Parque, há também três flamingos-chilenos com idade estimada em 48 anos, um abutre-de-cabeça-branca com 43 anos e um calau, com 42 anos.