13/09/2017

(Atualizado 11h30)
Foto Destaque: Estação Experimental de Mogi-Guaçu (Divulgação SMA)

Unidades de conservação do Estado de São Paulo enfrentam, desde terça-feira (12), incêndios em suas áreas florestais. Os incêndios que atingem a Estação Experimental, a Estação Ecológica e a Reserva Biológica de Mogi-Guaçu, do Instituto Florestal e do Instituto de Botânica, e o Parque Estadual de Campos do Jordão, ainda não foram controlados. No Parque Estadual de Itapetinga, em Bom Jesus dos Perdões, também administrado pela Fundação Florestal, o fogo chegou a ser controlado ontem, porém novos focos foram identificados, hoje.

Mais de 80 homens dos órgãos de governo integrantes da Operação Corta-Fogo, formada em 2011 para prevenir e combater incêndios nas matas e florestas estaduais, com apoio do helicóptero Águia da Polícia Ambiental, trabalham 24 horas para debelar as chamas. Integram a linha de frente equipes dos Institutos Florestal e de Botânica, Corpo de Bombeiros, Defesas Civis e da Fundação Florestal, com apoio da sociedade civil.

Ainda não foi possível estimar o tamanho da área atingida pelo fogo nas três unidades. As causas também estão sendo investigadas. As áreas em Mogi-Guaçu são formadas por vegetação de cerrado, rica em fauna. O fogo não atingiu as casas da unidade e nem a sede administrativa. No Parque de Campos do Jordão, o incêndio começou na zona de amortecimento, região do paiol, e se alastrou para a área de mata. O local é isolado e a vegetação predominante é de pínus e de campos de altitude, ambos de fácil combustão.

O Parque Estadual Itapetinga, que já havia sido castigado por um grande incêndio na semana passada e ainda estava sendo monitorado, teve um novo foco na tarde de ontem. Esse incêndio, segundo os técnicos, não tem ligação com o da semana passada e as causas estão sendo investigadas. Cerca de 15 pessoas entre gestores de diversas unidades de conservação da região metropolitana se uniram a voluntários e bombeiros numa força-tarefa para combater o fogo, que, hoje, pela manhã, mostrou novos focos de incêndio.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que coordena a operação, alerta para o fato de que a conservação e proteção desses espaços florestais não dependem somente das ações de combate aos incêndios, mas também da atitude responsável e ações preventivas de visitantes e moradores do entorno. Por isso, pede à população para não queimar lixo, entulhos ou até mesmo folhas e resto de troncos caídos no chão, não jogar pontas de cigarro na beira das estradas, não utilizar o fogo para manejo de pasto e denunciar, pelo telefone 190 da Polícia Ambiental, a soltura de balões.

Ao avistar o fogo às margens de rodovia, a população deve ligar para a concessionária e, ao verificar em vegetação, entrar em contato com o Corpo de Bombeiros.

O número de incêndios florestais nas áreas protegidas do estado diminuiu neste ano em comparação ao mesmo período em 2016. Em 2017, aconteceram 31 ocorrências até a primeira semana de setembro, abrangendo 658 hectares. No mesmo período de 2016, foram registradas 69 ocorrências, atingindo uma área de 2.210 hectares.


Estação Experimental Mogi-Guaçu


Parque Estadual de Itapetinga


Parque Estadual de Campos do Jordão