Texto e fotos: Dirceu Rodrigues

A história do Instituto de Botânica (IBt) começa há 89 anos com a criação do Jardim Botânico de São Paulo pelo naturalista Frederico Carlos Hoehne, em 6 de novembro de 1928. Uma década depois, o Instituto de Botânica (IBt) entraria na cena ambiental paulista para ficar.

Essas duas datas significativas para o meio ambiente paulista estão sendo comemoradas com a realização do VII Simpósio de Restauração Ecológica. O objetivo do encontro é promover a discussão e congregar profissionais e estudantes dos diversos setores envolvidos com a restauração ecológica, especialmente, sobre a temática desta edição, que trata dos avanços e da tecnologia.

Durante o evento, realizado entre 6 e 10 de novembro, foi lançado o livro Lista de espécies indicadas para restauração ecológica para diversas regiões do estado de São Paulo. A publicação, organizada por Luiz Mauro Barbosa, diretor do IBt, faz um minucioso levantamento sobre as espécies vegetais passíveis de serem utilizadas nos processos de restauração ecológica, tanto no plantios em área total quanto no enriquecimento de áreas em processo de revitalização.

Com impressão e acabamento da Imprensa Oficial do Estado (Imesp), o livro menciona 939 espécies arbóreas, 175 arvoretas, 448 arbustos, 218 subarbustos, 484 ervas, 167 lianas, 242 epífitas, 145 aquáticas e paludosas e 133 pteridófitas, totalizando 2.951 espécies indicadas para a restauração ecológica de diversas regiões do Estado de São Paulo. Também nessa edição estão destacadas as espécies da flora ameaçada de extinção no território paulista.

Ao participar da mesa de abertura do simpósio, o secretário do Meio Ambiente, Maurício Brusadin, elogiou a publicação: “Temos aqui uma lista com mais de três mil espécies das quais mil são arbóreas. Este é um guia para todos aqueles que trabalham com restauração ecológica em todas as regiões do estado. Queria parabenizar a equipe que participou de sua elaboração que, sei, foi um esforço de muitas mãos”.

Outra agenda do secretário Maurício Brusadin foi a assinatura de convênios com a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus Ilha Solteira, Fundação Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul e Fundação Centro Otávio de Bastos. Esses convênios são fruto do comprometimento do Instituto de Botânica para colocar em prática seu Programa de Formação e Capacitação de Recursos Humanos na Área de Botânica e Meio Ambiente.

Os convênios abrem novas oportunidades de estágios para alunos das três instituições de ensino e pesquisa, que poderão cumprir suas horas curriculares e extracurriculares de estágio, contribuindo para suas formações profissionais.

Esses três convênios se juntam ao convênio já estabelecido e vigente há dois anos com a Universidade São Camilo. Assim o Instituto de Botânica passa a ter quatro convênios dedicados à recepção de alunos, colaborando com esta demanda social de formação e capacitação de pessoal de alto nível nas diferentes áreas da Botânica, Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente.