20/12/2017

O vírus da febre amarela foi detectado, em seu ciclo silvestre, na região norte da cidade de São Paulo. Exames laboratoriais  confirmaram a presença do vírus em áreas dos parques estaduais da Cantareira e Alberto Löfgren (Horto Florestal).

Por esse motivo, as secretarias estaduais do Meio Ambiente e da Saúde estão desenvolvendo ações para evitar que a doença atinja o chamado ciclo urbano, colocando em risco a saúde da população. A primeira medida adotada foi a campanha de vacinação contra a febre amarela na Zona Norte, que já vacinou mais de 1 milhão de pessoas.

 A Secretaria do Meio Ambiente, ao mesmo tempo, está desenvolvendo a campanha “O Macaco não é o Vilão” para conscientizar a população de que os macacos não são transmissores do vírus, constituindo na verdade um indicador da presença da febre amarela na região. São, por esse motivo, apelidados de “anjos da guarda” ou “sentinelas”, pois é monitorando a presença do vírus nesses primatas que se estabelece a área onde a doença circula, permitindo o planejamento adequado de campanhas de prevenção e vacinação.

Por meio da campanha #MacacoNãoÉVilão nas redes sociais, é possível obter mais informações sobre a febre amarela, a forma de infecção nos primatas humanos e não-humanos, enfatizando que não devemos agredir, ameaçar ou matar os macacos para afastar os riscos da doença.

Caso constate agressões a animais ou depredação das áreas de conservação, você pode realizar e acompanhar a sua denúncia pelo nosso aplicativo “Denúncia Ambiente”, disponível gratuitamente para Android e IOS.

 A campanha aborda ainda vários aspectos da etiologia da febre amarela nos macacos:

 – Ao contrário do que se pensa, os vetores da febre amarela não são os macacos, mas os mosquitos dos gêneros “Sabethes” e “Haemagogus” que, no ambiente das matas, se alimentam do sangue de primatas.

 – O bugio é a espécie de primata mais sensível ao vírus da febre amarela, que ao infectá-lo leva geralmente a óbito.

 – Não existe, hoje, vacina para a febre amarela em macacos.

 Além dessas ações, a Secretaria do Meio Ambiente, por intermédio dos técnicos do Instituto Florestal e da Fundação Florestal, realizam o monitoramento diário nas áreas dos parques da Cantareira e Alberto Löfgren para averiguar a ocorrência de óbitos de macacos para encaminhá-los para exames laboratoriais.