Compartilhar a água foi um dos temas do 8º Fórum Mundial da Água a ganhar presença massiva de visitantes ao incluir acesso gratuito em uma feira de entidades, criar um Fórum Cidadão e uma Vila Cidadã, observou Walter Tesch, da Operação Defesa das Águas da Secretaria do Meio Ambiente. “Ao ser realizado em Brasília, capital federal, em plena crise hídrica, o evento permitiu projetar o tema de forma pedagógica para as grandes massas”.

Tesch também esteve no Espaço São Paulo, que permitiu maior estreitamento entre os responsáveis do meio ambiente e dos recursos hídricos. O especialista argumento que “a tônica de diversas apresentações apontou para queda na crise que envolve o tema água em razão das mudanças climáticas, que impõem a necessidade de ajustar os modelos de organização pública e privada para enfrentar os desafios exigindo efetiva integração e coordenação de ações”.

Tesch diz que ficou evidente, nas diversas apresentações, que a tecnologia é importante para a gestão racional da água, mas é insuficiente para enfrentamento das crises sem participação de usuários. “As tecnologias de comunicações estão permitindo uma integração em rede nos processos decisórios. Fica a diretriz da necessidade de se fundir os conhecimentos científicos com os saberes das comunidades para se chegar ao bom termo de soluções com metodologia da cultura da paz e não do conflito”.

Outro tema importante do Fórum foi o papel das florestas na produção de água e na conservação do solo. Essa questão requer um diálogo propositivo entre recursos hídricos, meio ambiente e agricultura, especialmente no exame da ampliação da irrigação. “Este tipo de discussão permite nivelar posições entre produtores, sociedade civil e órgãos governamentais”.