
30/05/2018
Na sexta-feira, 25/5, outro filme da Mostra Ecofalante foi exibido para o Sistema Ambiental Paulista e convidados. Dessa vez, o escolhido Stink! Cheirando Mal, do diretor Jon Whelan, discute o que há por trás da indústria química.
Semelhante aos anteriores, – Oceano de plástico, O custo do transporte global e O espólio da terra, – ele nos faz perceber o que está “acontecendo no mundo, mostrando mais do que notícias, mostrando a nossa responsabilidade com os problemas ligados aos temas e seus impactos globais”, nas palavras de Natasha Keber, diretora de mídias da SMA.
Um pijama novo infantil com um cheiro horrível (stink), leva um pai solteiro a procurar qual a origem de odor tão desagradável. É o começo de uma jornada, das prateleiras de lojas até lugares não mencionados (ocultos) da indústria química. Nessa caminhada, percebe-se quantas substâncias químicas, não constante de rótulos, algumas cancerígenas, estão presentes em diversos produtos colocando em risco à saúde de adultos e crianças.
O desconforto causado pelo filme pode, em um primeiro momento, provocar a sensação de “paralisia, de que nada é possível fazer”. Vanessa Barbosa, jornalista do site Exame, mediadora- do debate pós-exibição, afirma que, passado o impacto inicial, podemos observar dois pontos: o progresso científico está ligado à produção de soluções, químicas, que promovem bem-estar social; por outro lado, essas soluções estão associadas a riscos químicos. “Assim, hoje, inevitavelmente, a produção de bens materiais gera produção de riscos”, conclui.
O filme abre discussão sobre questões de consumo, e todos somos consumidores, de coisas, e também de riscos, que poderão afetar não apenas as gerações atuais, mas as futuras.
Lady Virgínia Meneses, gerente de acordos multilaterais da CETESB, e Júlio Carreiro, especialista em gestão ambiental e mestre em química orgânica, compuseram a mesa de debates.
Fique atento, próximo filme dia 26 de junho.
Texto: Cris Leite