
11/06/2018
Não foi por acaso que o município de Mogi das Cruzes foi o escolhido para receber mais uma edição do programa Ambiente Móvel, da Secretaria do Meio Ambiente, na sexta-feira (8/6), durante a Semana do Meio Ambiente. A cidade criou o programa Junho Verde com o lema: um mês inteiro de conscientização, um ano inteiro de ação. O Sistema Ambiental Paulista fez parte dessa ação, que tem por objetivo conscientizar sua população para a importância do tema.
Como nas edições anteriores, os órgãos que integram o Sistema Ambiental Paulista – Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Coordenadoria de Fiscalização Ambiental (CFA), Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA), Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN), Fundação Florestal (FF), Instituto Florestal (IF), Instituto Geológico (IG), Fundação Zoológico (Zoo) e Programa Município VerdeAzul (PMVA), mais a Polícia Ambiental – disponibilizaram especialistas para atender a comunidade nas diversas questões ambientais.
Antes de chegar ao evento, os secretários Maurício Brusadin, do Meio Ambiente, e Romildo Campello, da Cultura, ao lado do prefeito Marcus Melo, participaram de um bate-papo com a jornalista Marilei Schiavi na Rádio Metropolitana de Mogi das Cruzes durante uma hora e meia, onde foram debatidos problemas ambientais do município, do estado de São Paulo, do Brasil e do planeta.
Dos estúdios, Maurício Brusadin seguiu para a Universidade Braz Cubas, que cedeu seu espaço para a realização do Ambiente Móvel. Lá, reiterou os assuntos tratados na emissora, fazendo um resumo sobre como foi a Semana do Meio Ambiente no Estado. Falou também sobre o Dia dos Oceanos: “Nesse ano, a ONU definiu como tema prioritário na Semana do Meio Ambiente o plástico nos oceanos. Portanto, quero chamar a todos para uma reflexão: se nós queremos preservar a biodiversidade marinha, que os oceanos continuem fazendo seu papel que é limpar o ar que respiramos, nós precisamos reduzir nosso consumo de plástico. Não dá mais para jogarmos canudos, garrafas PETs, usar os microplásticos e poluir os nossos oceanos”.
O secretário também falou sobre resíduos sólidos, tema para o qual dispensa atenção especial em sua gestão. “É preciso que os municípios se juntem em consórcios para que deixemos definitivamente de aterrar energia. Tenho repetido que os aterros do século 21 têm que gerar energia para que os municípios possam investir mais em saúde e educação. Temos que reciclar tudo o que é possível, pois não podemos mais retirar matérias-primas da natureza numa velocidade bem maior que sua capacidade de reposição”.
Brusadin também elogiou o trabalho de reciclagem do município. Quem conta é Daniel Teixeira de Lima, secretário do Verde e Meio Ambiente de Mogi da Cruzes. “Aqui em Mogi remuneramos os catadores com contrato oficial da prefeitura para fazer a triagem do material reciclável do município. Eles têm um centro de triagem que eles mesmos administram, além dos três ecopontos que criamos. Lá eles recolhem o material e orientam a população. Nós, reconhecendo esse serviço ambiental que eles prestam, remuneramos mensalmente a cooperativa. O material é vendido e o resultado também fica com a cooperativa, que conta atualmente com 40 pessoas”.
Lima conta também que “em 2013, Mogi das Cruzes reciclava apenas 05,% dos resíduos. Hoje, chegamos a 7% do lixo triado e reciclado. A meta estipulada pelo prefeito Marcus Melo é chegar a 20%. Aterrar apenas 15% dos resíduos gerados aqui seria o melhor dos mundos”.

Daniel Teixeira de Lima, secretário do Verde e Meio Ambiente de Mogi da Cruzes