
07/12/2018
Apresentação foi durante mesa-redonda sobre governos subnacionais
O assessor em Mudanças Climáticas da SMA, Oswaldo Lucon, participou, em 07/12, da mesa-redonda sobre governos subnacionais, em evento promovido pelo Centro Basco, na COP 24 (24ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que acontece na Polônia.
Em sua apresentação, expôs um perfil das emissões em São Paulo e no Brasil, mostrando como as políticas climáticas estadual e nacional se interrelacionam e como os exemplos paulistas podem ser disseminados em outras regiões do mundo. Conforme o especialista, o aumento das emissões nos dois territórios pode ser revertido com políticas de descarbonização da matriz energética, aumento da eficiência na economia e geração de empregos em áreas consideradas mais limpas e sustentáveis.
“Para tal, o Acordo de Paris oferece a flexibilidade necessária e é um importante fator para o livre comércio, a transferência de tecnologia, a capacitação da mão-de-obra e o progresso econômico”, diz. “São Paulo já tem uma matriz bastante renovável e experiência na área de conservação, que pode ser replicada em outras regiões ao redor do globo”.
Segundo Lucon, o Estado também busca articular-se com os municípios, oferecendo-lhes capacitação, informação e recursos. Na esfera nacional, São Paulo colabora sugerindo importantes marcos no controle de emissões de gases poluentes. Com cerca de 160 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalentes emitidos ao ano, São Paulo representa pouco mais de 10% do país, que, por sua vez, é responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa. “Fica claro, assim, que os esforços devem ser coordenados em todos os níveis, inclusive o internacional multilateral, cujas regras estão sendo detalhadas nesta conferência”, afirmou.
O painel foi coordenado pelo Dr. Edoardo Croci, da Universidade de Milão. Nele, Emanuelle Pinoult apresentou os esforços das cidades que compõem o grupo C40, que inclui a capital paulista. Em seguida, Tadashi Matsumoto falou sobre estudos de financiamento realizados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, grupo dos países industrializados do qual o Brasil pode vir a se tornar parte.
Fotos: Divulgação