
11/12/2018
O Estado de São Paulo novamente participou e apresentou seus programas ambientais
Promovida pela The Nature Conservancy (TNC), dentro da programação da COP24 (24ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que acontece na Polônia, uma sessão em 10/12 contou com uma apresentação sobre as práticas de São Paulo e da Califórnia (EUA), assim como o financiamento de ações pelo Governo da Noruega. O Estado de São Paulo participa da COP, por meio de representantes da SMA e CETESB.
Moderado por Michele Passero, diretora da TNC, o encontro contou com as presenças do governador de Yucatan (México) e de representantes de Jalisco (México), do Havaí (EUA), do Governo Federal dos Estados Unidos, da Alemanha, Noruega, Reino Unido e China.
Também presente esteve representante da Província de Santa Fé (Argentina), que atualmente ocupa a Secretaria Executiva da Coalizão Under2, promovida pelo Climate Group, do qual São Paulo faz parte, bem como organizações como Environmental Defense Fund, International Climate Initiative, ClimateWorks, Banco Mundial, Green Climate Fund e Planet Lab.
Pela Califórnia, Ken Alex, assessor do governador, relatou que o Estado foi atingido por uma série de incêndios florestais “que emitiram em CO2 o equivalente à produção de energia estadual”. Segundo ele, uma das prioridades é desenvolver o combate ao fogo através de melhores ações, tanto de emergência quanto de planejamento, dada a importância que agora tem o uso da terra. “Por conta desses desastres, a meta legal da Califórnia para reduzir as emissões poderá não ser atingida”, comentou.
Por São Paulo, o secretário-adjunto da SMA, Marcelo Elias, apresentou os programas Etanol Mais Verde e Nascentes-Restaura SP. No primeiro caso, lembrou do sucesso do processo de eliminação da prática da queima da palha de cana-de-açúcar, restauração e conservação de nascentes, uso racional de água e zoneamento, para nortear o uso do solo. Falou da certificação aos produtores e da autogeração de energia a partir do bagaço de cana.
Quanto ao segundo item, questionado sobre o que motivou o Programa Nascentes , o secretário-adjunto explicou que a crise hídrica de 2015 foi o grande impulsionador “deste projeto tão inovador, que integra tantas vertentes, como clima, biodiversidade e recursos hídricos, e tantos parceiros do setor público e privado”.
Na segunda rodada da apresentação, o vice-ministro do Meio Ambiente da Noruega, Sveinung Rotevatn, falou a respeito de mecanismos de financiamento para a recuperação de florestas. Marcelo Elias citou os exemplos do Pagamento por Serviços Ambientais no Programa Nascentes, da compensação ambiental em licenciamentos e do incentivo à restauração privada no bojo do Protocolo Etanol Mais Verde.
Jussara Carvalho, assessora internacional da SMA, comemorou: “Esta mesa foi muito importante e São Paulo teve um papel de destaque, devido aos programas e iniciativas apresentados, e experiências demonstradas, que integram restauração florestal com adaptação climática, com co-benefícios à mitigação de emissões. Os demais participantes da mesa demonstraram muito interesse, com comentários e perguntas ao secretário-adjunto”. E finalizou: “Cabe também ressaltar que esta foi a primeira vez que esta agenda verde foi trazida à Conferência de Mudanças Climáticas e que teve uma excelente repercussão. Esta agenda foi trabalhada durante o ano com todos os membros do GT-Clima da AInt/SMA, que representam todos os entes do Sistema Ambiental Paulista”.