
01/07/2020
O governo do Estado de São Paulo recebeu manifestação favorável do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Consema) para seguir com o Projeto de Concessão de uso de bem público para a exploração do Zoológico, do Jardim Botânico e da Fazenda. A aprovação foi na 389ª Reunião Ordinária, realizada na terça-feira, 30 de junho, por vídeo conferência, devido a pandemia da Covid-19.
O projeto visa repassar à iniciativa privada a administração e modernização das áreas e serviços dos complexos localizados no Parque Estadual Fontes do Ipiranga (PEFI), onde ficam o Jardim Botânico e Zoológico, compreendendo as atividades de Manejo, Educação Ambiental, Recreação, Lazer, Cultura e Ecoturismo. A modalidade é de concorrência internacional e o prazo de concessão é de 30 anos.
Mas, nesse período, o governo paulista continua responsável pelas pesquisas e a proteção das espécies ameaçadas de extinção.
“Podemos ter a concessão, uma mudança na gestão de um bem que continua público, de maneira a desonerar o estado e manter a qualidade dos serviços já prestados, trazendo maior atratividade e melhor aproveitamento pela sociedade paulista”, destacou o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente e presidente do Consema Marcos Penido.
Monumento Natural Mantiqueira Paulista
Também na pauta, a Proposta de Criação do Monumento Natural Mantiqueira Paulista. Os conselheiros votaram favorável a proposta da Fundação Florestal (FF).
Monumento Natural (MoNa) é uma Unidade de Conservação (UC) que não gera nenhum tipo de desapropriação assegurando aos proprietários a continuidade do uso atual de suas terras.
O MoNa Mantiqueira Paulista, na Serra da Mantiqueira, entre os municípios de Cruzeiro e Piquete, contempla cerca de 100 propriedades privadas já existentes no local, que representam 3,5% da área total. As ações visam complementar às já desenvolvidas por estes proprietários, além das esferas federal e municipal, em proteção à biodiversidade, recursos hídricos e das centenas de espécies da fauna e da flora, muitas ameaçadas de extinção.
A UC está sobreposta a outras unidades de conservação, entre elas, a Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Mantiqueira, formando um contínuo de proteção integral. É 96,5% coberto por vegetação nativa, sem interferência nas áreas cultivadas da região.
De acordo com o diretor executivo da Fundação Florestal Rodrigo Levkovicz, o Mona tem uma rica biodiversidade e grande potencial turístico. “Nossa proposta é de uma gestão integrada. Podemos implantar a Operação Corta Fogo, auxiliar no ordenamento do turismo e fazer a interlocução com os proprietários rurais, por meio de Conselho Consultivo, para que ambas as comunidades de Cruzeiro e Piquete possam incrementar a renda”, ressaltou.
Os principais atrativos do MoNa são o Maciço Marins-Itaguaré, formado por alguns dos pontos mais altos do estado de São Paulo, são eles: Pico dos Marins (2.427m), Pico do Itaguaré (2.308m) e Pico do Marinzinho (2.432m); a Travessia Marins-Itaguaré, o Túnel da Mantiqueira, e diversas cachoeiras, sendo o Complexo do Curiaco (Poço do Curiaco e Cachoeira do Amor), a Cachoeira do Alemão, a Cachoeira do Jaracatiá e a Cachoeira das Andorinhas as principais.
Esta será a terceira UC na categoria Monumento Natural gerida pela Fundação Florestal. As demais são o MoNa Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí, e o MoNa Pedra Grande, em Atibaia e Bom Jesus dos Perdões.