30/03/2021

Nesta terça-feira, 30 de março, o Corredor Cantareira-Mantiqueira, que reúne os parques Itaberaba, Itapetinga, Floresta Estadual de Guarulhos e o Monumento Natural Estadual da Pedra Grande, comemora 11 anos da sua criação. Situado ao norte-nordeste da Região Metropolitana de São Paulo, o corredor  soma cerca de 30 mil hectares de áreas de proteção integral e conservam um importante patrimônio natural, abrigando diversas espécies da fauna e flora, algumas ameaçadas de extinção e até endêmicas. Por conta do relevo montanhoso também há nascentes e córregos que abastecem três bacias hidrográficas diferentes d o Sistema Cantareira.

As áreas protegidas estão inseridas no território da APA Sistema Cantareira, unidade de uso sustentável que tem o objetivo de conservar os recursos hídricos da região, especialmente os reservatórios Jaguari-Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro, além dos remanescentes de Mata Atlântica e fauna associada que compõem as sub-bacias desses reservatórios.

Nestes 11 anos, para garantir a conservação desses espaços e conciliar com o uso adequado, foram implantadas políticas de gestão territorial  que avançaram com a criação, a partir de 2017, dos Planos de Manejo das UCs do Corredor, e dos Planos de Uso Público, específicos das UCs Estaduais da Serra do Itapetinga.

As parcerias junto a órgãos públicos e sociedade civil também foram importantes para a implantação dos programas institucionais da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), como a Operação Corta Fogo e o Sistema Integrado de Monitoramento (SIM). Outra conquista foi a instalação do Grupo Integrado de Fiscalização do Alto Juquery (GFI), que conta com a participação de diversos órgãos, sendo mais uma ferramenta para proteger e coibir usos irregulares, inerentes da dinâmica territorial enfrentada pela proximidade dos grandes centros urbanos.

“A experiência na administração do Corredor Cantareira-Mantiqueira demonstra que a gestão compartilhada do território, as parcerias e articulações junto a diversos órgãos municipais, estaduais e federais e a participação da sociedade civil, forma um modelo que tem apresentado resultados práticos para a conservação e o ordenamento territorial”, destacou a diretora Metropolitana e Interior da Fundação Florestal Lucila Manzatti.

A gestão tem como base a participação em fóruns regionais, criados e utilizados para as articulações e planejamento das mais diversas soluções e estratégias para o avanço nas políticas públicas como os Comitês de Bacias Hidrográficas, os Conselhos municipais de meio ambiente, turismo e segurança.