O Grupo de Fiscalização Integrada – Alto Juquery (GFI) promoveu nesta quinta-feira, 4 de março, uma vistoria no interior do Parque Estadual Itapetinga, no município de Mairiporã, para coibir invasão ilegal em 21 hectares em área de manancial.

A operação faz parte do plano de ação do GFI Alto Juquery e durante a ação foi constatado o loteamento de uma área de aproximadamente 210 mil metros quadrados, com a construção de moradias e supressão de vegetação, em desacordo com a legislação ambiental vigente.

A Polícia Militar Ambiental elaborou 13 Boletins de Ocorrência e lavrou 19 infrações administrativas, que totalizaram R$ 23 mil em multas, além do embargo de  11 mil metros quadrados de áreas. Ainda foi lavrado um auto de animais silvestres em cativeiro.

“O impacto dessas invasões em área de manancial em uma unidade de conservação de proteção integral é muito relevante. O GFI está atuando para impedir o avanço dessas irregularidades e recuperar a área”, destacou o coordenador de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) Sérgio Marçon.

Participaram da operação conjunta cerca de 25 profissionais da Polícia Militar Ambiental, técnicos da CFB, Fundação Florestal (FF), Cetesb, Sabesp, Secretaria de Meio Ambiente e Setor de Obras da Prefeitura de Mairiporã e Prefeitura de Caieiras.

Para a especialista ambiental da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) Lígia Muniz Barbosa, que coordena a ação do GFI Alto Juquery, a área tem sido alvo de autuação desde 2016. Os infratores serão notificados e obrigados a promover a recuperação ambiental das áreas degradadas.

Operação conjunta 

A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) instalou os GIF em outubro de 2020 para reforçar a preservação das Áreas de Proteção e Recuperação de Mananciais (APRM), incrementando as ações de proteção nas áreas de mananciais, responsáveis pela produção e conservação de água para o abastecimento humano.

São três grupos: a APRM do Alto Juquery (APRM-AJ), que abrange os municípios de São Paulo, Caieiras, Franco da Rocha, Mairiporã e Nazaré Paulista; do Alto Tietê Cabeceiras (APRM-ATC), com Biritiba-Mirim, Mogi das Cruzes, Paraibuna, Ribeirão Pires, Salesópolis e Suzano; e da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga (APRM-G/Sudoeste), que inclui Cotia, Embu das Artes, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba e São Lourenço da Serra.

Todos os grupos possuem representantes da SIMA, da Cetesb, da Sabesp, da Polícia Militar Ambiental e dos municípios. E têm como finalidade estabelecer metodologia de atuação integrada entre os órgãos estaduais e municipais, a fim de otimizar os esforços de fiscalização.